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NACIONAL

PARTIDO SOCIALISTA QUER A SAÍDA DE JOANA MARQUES VIDAL

Presidente do PS defende que mandato da PGR não deve ser renovado, e diz ainda que no lugar da ministra da Justiça, “teria respondido de outra forma” às perguntas dos jornalistas.

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O presidente do PS defendeu esta quarta-feira que o mandato de seis anos do cargo de procurador-geral da República (PGR) não deve ser renovado para assegurar independência e considerou “uma pena” que a Constituição não fixe um mandato único.

Estas posições foram assumidas por Carlos César no programa de debate semanal que tem com o ex-líder parlamentar do PSD Luís Montenegro, denominado “Almoço TSF”, e que foi conduzido pelo jornalista Anselmo Crespo.

Carlos César admitiu que a Constituição permite de facto a renovação do mandato de seis anos da actual PGR, Joana Marques Vidal, tal como acontece com o lugar de presidente do Tribunal de Contas.

Mas, do ponto de vista político, o líder parlamentar socialista desaconselhou essa prática, sobretudo por motivos de salvaguarda da autonomia e da independência do exercício das funções de PGR.

“Aquilo que posso e devo dizer – e digo-o como sendo a minha opinião, não deixando de ser presidente do PS – é que é razoável entender que a independência do cargo [de PGR] aconselha a que o titular o exerça sem qualquer pressão em relação a uma renovação do seu mandato. Um mandato deve ser a regra preferencial que melhor acautela a autonomia e a independência do cargo”, defendeu o presidente do PS.

Logo a seguir, Carlos César deixou um lamento sobre a forma como foi concluída a revisão constitucional de 1997 no que toca ao mandato do PGR.

“Foi uma pena que a Constituição da República não fixasse o mandato do PGR como não renovável. Mas, tal não impede que ele de facto não seja renovado”, afirmou.

Sobre a controvérsia política em torno das declarações da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, que defendeu também na TSF que o mandato da PGR não seria renovável, o presidente da bancada socialista considerou que essa posição refletiu “uma opinião à margem do desconhecimento de um acordo firmado entre o PS e o PSD há 20 anos”.

“São declarações proferidas inequivocamente com boa-fé e até com algum fundamento no contexto em que analisou. Mas, se me fizessem a mesma pergunta, não teria respondido da mesma forma”, demarcou-se o presidente do PS.

Segundo Carlos César, se tivesse sido confrontado com essa mesma pergunta relativamente ao mandato da PGR, em vez da resposta dada por Francisca Van Dunem, teria antes dito: “a seu tempo veremos e o Governo dará conta da sua posição sobre a matéria”.

“Essa teria sido a resposta adequada, o que significa que a resposta com o grau de concretização que agora teve foi inoportuna”, disse.

Já sobre a polémica jurídica em torno da possibilidade de o mandato da PGR ser ou não renovado, o presidente do Grupo Parlamentar do PS defendeu que, numa primeira aproximação a esse tema, conclui-se que, “não havendo um prazo de mandato até à revisão constitucional 1997 e, a partir dessa altura passando a existir, há pelo menos uma presunção, ou uma opção tendencial, para desaconselhar quer a exoneração antes do tempo do PGR, quer a sua recondução após o período de mandato fixado”.

“Esse é no fundo o espírito que pode presidir à fixação de um prazo, que antes não existia para esse mandato. Porém, é certo que a Constituição não estipula que não há renovação. Pelo contrário, no que toca ao acordo PSD/PS e no caso do presidente do Tribunal de Contas, prevê-se também o mesmo. e foi já renovado o mandato de quatro anos. Há indiscutivelmente essa possibilidade”, admitiu.

Nas declarações que fez à TSF, o presidente do PS elogiou a ação de Joana Marques Vidal e frisou que a autonomia do Ministério Público deve ser “sagradamente acautelada”.

Carlos César procurou por outro lado desdramatizar as consequências da posição assumida por Francisca Van Dunem em relação à duração do mandato da PGR.

Mas, a ministra da Justiça, pelos vistos, não está nem esteve sozinha na avaliação de que o mandato da PGR seria único e de seis anos. Ainda hoje foram colocadas na imprensa declarações escritas e ponderadas da própria PGR [Joana Marques Vidal], em março de 2016, em Cuba, onde refere expressamente que se trata de um mandato único e de seis anos. Essa interpretação não caiu do céu e nem sei se a ministra da Justiça não se terá inspirado nas palavras da própria PGR”, referiu Carlos César.

NACIONAL

GOVERNO APROVA NOVO REGIME DE CIBERSEGURANÇA

O Conselho de Ministros aprovou hoje a proposta de lei do novo regime de cibersegurança que vai ser enviada para o parlamento, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que a classificou de “reforma profunda”.

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O Conselho de Ministros aprovou hoje a proposta de lei do novo regime de cibersegurança que vai ser enviada para o parlamento, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que a classificou de “reforma profunda”.

“Esta proposta de lei para enviar para o parlamento (…) reforça muito a capacidade e robustez dos sistemas informáticos e digitais e das defesas de empresa e das entidades públicas em Portugal, por um lado”, afirmou o ministro, na conferência de imprensa.

O novo regime “robustece o nível de segurança, aumenta os poderes de supervisão, alarga as obrigações e os deveres que as empresas e as entidades públicas têm para proteger a sua atividade” e os seus sistemas no espaço digital.

Por outro lado, uma “opção típica deste Governo, diferente de muitos governos europeus, queremos fazê-lo reduzindo ao máximo os custos de contexto, simplificando a legislação, facilitando a vida às empresas e aos cidadãos”, acrescentou.

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MÁRIO MACHADO: JUSTIÇA REJEITA MAIS UM RECUSO E PODERÁ SER PRESO

O Tribunal Constitucional (TC) rejeitou o recurso do militante neonazi Mário Machado contra a condenação por incitamento ao ódio e à violência, e se não houver novo recurso terá que se apresentar para cumprir pena até ao fim do mês.

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O Tribunal Constitucional (TC) rejeitou o recurso do militante neonazi Mário Machado contra a condenação por incitamento ao ódio e à violência, e se não houver novo recurso terá que se apresentar para cumprir pena até ao fim do mês.

O TC notificou hoje a defesa de Mário Machado sobre a rejeição do recurso, que não foi admitido para apreciação.

O advogado José Manuel Castro, que representa Mário Machado, disse à Lusa que ainda está a estudar com o seu cliente a hipótese de recurso para o plenário do TC para exigir a sua apreciação, mas se tal não acontecer, no prazo de 10 dias Mário Machado terá que se apresentar para cumprir a pena.

Mário Machado foi condenado a uma pena de prisão efetiva de dois anos e 10 meses por um crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência.

Em causa está o processo em que Mário Machado e Ricardo Pais, o outro arguido no caso, foram condenados por crimes de discriminação e incitamento ao ódio e à violência por publicações em redes sociais, nas quais o tribunal de julgamento deu como provado terem apelado ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda que visaram em particular a professora e então dirigente do Movimento Alternativa Socialista (MAS) Renata Cambra.

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