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NACIONAL

PROVEDORA DA JUSTIÇA RECEBEU 31 MIL QUEIXAS EM 2017

A provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, recebeu quase 31.500 queixas em 2017, que resultaram na abertura de 7.789 procedimentos, a maioria relativas a segurança social, emprego público ou fiscalidade, apresentadas por pessoas singulares.

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A provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, recebeu quase 31.500 queixas em 2017, que resultaram na abertura de 7.789 procedimentos, a maioria relativas a segurança social, emprego público ou fiscalidade, apresentadas por pessoas singulares.

De acordo com o relatório de atividade de 2017 deste órgão de Estado, a provedora de Justiça recebeu 40.939 solicitações, divididas entre 31.491 queixas e outras comunicações, 3.609 chamadas telefónicas para as Linhas da Criança (502), do Cidadão Idoso (2.465) e da Pessoa com Deficiência (642), além de 5.839 atendimentos.

“Foram abertos 7.789 procedimentos, dos quais 7.788 por apresentação de queixa e um por iniciativa do Provedor de Justiça. Em termos relativos, tal significa um crescimento de 913 (13%) procedimentos abertos por apresentação de queixa face ao ano anterior”, lê-se no relatório.

Por outro lado, houve 1.545 queixas indeferidas liminarmente sobretudo por não ser matéria da competência da provedora de Justiça, por ser prematura a sua intervenção ou haver processo judicial em curso.

Entre os 7.789 procedimentos, e além do que foi aberto pela própria provedora de Justiça, 7.520 são da responsabilidade de cidadãos singulares, enquanto os outros 268 foram apresentados por pessoas coletivas, entre sindicatos, sociedades ou associações, entre outros.

As matérias que motivaram a abertura destes procedimentos tiveram sobretudo a ver com a segurança social (27%), relação de emprego público (14%) ou fiscalidade (13%), mas também administração da justiça (4%), assuntos penitenciários (2%) ou saúde (3%).

“Em termos absolutos, tomando por referência o número de queixas registadas nos anos de 2016 e 2017, há a registar a quase duplicação do número de queixas em matéria de Serviços Públicos Essenciais, o aumento em 56% das queixas em matéria de Relação de Emprego Público e o aumento em 41% das relativas à Segurança Social. Em sentido contrário, registe-se a quebra de 36% na Administração da Justiça e de 21% na Fiscalidade”, lê-se no relatório.

No que diz respeito às entidades mais visadas, a lista é encabeçada pela administração interna e autónoma (3.433), seguida da administração central (2.500). Se for por ministérios, a lista começa com o Ministério das Finanças (727), seguindo-se o Ministério da Educação (706).

Em relação a estes dois ministérios, a provedora de Justiça refere que houve “uma grande descida” no número de queixas contra o ministério de Mário Centeno (de 41% para 28%), contrariamente ao de Tiago Brandão Rodrigues que viu as queixas quase duplicarem (de 15% para 28%).

“Os procedimentos visando municípios continuaram a tendência de crescimento, passando do número de 658 em 2016 para 826 em 2017. (…) Este reforço é particularmente sentido no caso do município de Lisboa (que passa de 92 procedimentos abertos para 152), mantendo-se na situação de mais visados os municípios de Sintra, Cascais e Porto”, refere a provedora.

Por outro lado, o ranking das zonas do país com mais queixosos traz Viana do Castelo para o primeiro lugar, com uma média de 15,40 queixas por cada 10 mil habitantes, seguindo-se Lisboa (9,79) e Setúbal (7).

No fim da lista, aparecem os distritos da Guarda (3,48), Vila Real (3,34), Região Autónoma dos Açores (3,32), Castelo Branco (3,16) e Portalegre (2,87).

Em relação às pessoas singulares que recorreram à provedora, 2.182 eram homens, 1.784 queixavam-se pela primeira vez e entre os 2.225 que indicaram a idade a maioria (47%) está entre os 40 e os 59 anos.

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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