NACIONAL
PSD RESPONSABILIZA COSTA
O presidente do PSD considera que o Governo “atirou a confiança pela janela fora”, fazendo com que “a credibilidade” tenha “desaparecido” e o país seja ameaçado com sanções europeias. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
O presidente do PSD considera que o Governo “atirou a confiança pela janela fora”, fazendo com que “a credibilidade” tenha “desaparecido” e o país seja ameaçado com sanções europeias.
“A desconfiança que se instalou, dentro e fora do país, envolvendo cidadãos, investidores, instituições e parceiros resulta da nova abordagem e da nova orientação política seguidas pelos socialistas e seus aliados”, escreve o anterior primeiro-ministro, num artigo de opinião publicado hoje no Diário de Notícias a poucos dias do “primeiro debate do estado da Nação com a nova maioria”.
“Movido pelo lema de virar a página da austeridade, o novo Governo o que virou foi a página da credibilidade e atirou a confiança pela janela fora”, acrescenta.
Passos Coelho considera haver um “contraste impressionante”, “para pior”, entre a situação actual e aquela que existia há um ano, que deixava “antever um resultado para o défice” abaixo dos 3% e quando “Portugal era encarado como um país determinado em sair da crise e em cumprir os seus compromissos”.
Dada a situação actual da economia e das finanças, para o presidente do PSD “não espanta” que “a credibilidade e a confiança tenham desaparecido da conversa externa sobre Portugal e que as recriminações em torno de eventuais sanções ocupem hoje o essencial das referências no relacionamento” entre Lisboa e Bruxelas.
Passos Coelho acusa ainda o Executivo de António Costa de “tentativa desesperada para rescrever a história” e querer “justificar sanções e instabilidade financeira com os resultados que lhe foram legados pelo Governo anterior”.
Sobre as sanções, o líder do PSD diz que o Governo “não conseguiu convencer a Comissão Europeia nem o Eurogrupo da bondade e da viabilidade das suas intenções” e, por isso, “desde cedo apareceu a conversa sobre as medidas adicionais”.
“Triste situação esta em que Portugal pode ficar associado a uma primeira decisão de aplicação de sanções a qualquer país depois de ter sido, durante quatro anos, um caso entre os melhores em matéria de redução do défice”, escreve.
Sobre os bancos, diz que “o Governo só tem piorado as perspectivas”, considerando que “depois de ter tratado da pior maneira a situação do Banif, que acabou por custar demasiado aos bolsos dos contribuintes, o Governo alimenta ou deixa alimentar as maiores especulações sobre a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco”.
“Como, entretanto, a desconfiança regressou ao mercado, torna-se cada vez mais difícil gerir a situação financeira, com os bancos tendencialmente a perderem dinheiro com a dívida pública portuguesa e o Estado sem credibilidade para atrair investidores externos”, afirma.
Passos Coelho diz ainda que o Governo não pode desculpar-se com com “algumas contingências” externas.
“Este resultado não tem nada de inesperado. É apenas a consequência natural da falta de prudência e da visão fanfarrona daqueles que nos governam”, considera.
NACIONAL
LISTA OFICIAL DOS 17 MINISTROS DO GOVERNO DE LUÍS MONTENEGRO
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
A posse dos ministros do XXIV Governo Constitucional está prevista para terça-feira e a dos secretários de Estado para dois dias depois.
A lista de nomes propostos por Luís Montenegro para ministros do XXIII Governo Constitucional é a seguinte:
Primeiro-ministro
Luís Montenegro
Ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros
Paulo Rangel
Ministro de Estado e das Finanças
Joaquim Miranda Sarmento
Ministro da Presidência
António Leitão Amaro
Ministro Adjunto e da Coesão Territorial
Manuel Castro Alemida
Ministro dos Assuntos Parlamentares
Pedro Duarte
Ministro da Defesa Nacional
Nuno Melo
Ministra da Justiça
Rita Júdice
Ministra da Administração Interna
Margarida Blasco
Ministro da Educação, Ciência e Inovação
Fernando Alexandre
Ministra da Saúde
Ana Paula Martins
Ministra das Infraestruturas e Habitação
Miguel Pinto Luz
Ministro da Economia
Pedro Reis
Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Maria do Rosário Palma Ramalho
Ministra do Ambiente e Energia
Maria da Graça Carvalho
Ministra da Juventude e Modernização
Margarida Balseiro Lopes
Ministro da Agricultura e Pescas
José Manuel Fernandes
Ministra da Cultura
Dalila Rodrigues
NACIONAL
LUÍS MONTENEGRO APRESENTA HOJE COMPOSIÇÃO DO NOVO GOVERNO
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresenta hoje ao Presidente da República a composição do seu Governo minoritário, antes de tomar posse na próxima terça-feira no Palácio Nacional da Ajuda.
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresenta hoje ao Presidente da República a composição do seu Governo minoritário, antes de tomar posse na próxima terça-feira no Palácio Nacional da Ajuda.
Este calendário foi anunciado pelo próprio presidente do PSD, após a audiência com Marcelo Rebelo de Sousa na qual foi indigitado como primeiro-ministro, na sequência das eleições legislativas antecipadas de 10 de março que deram a vitória à Aliança Democrática (coligação PSD, CDS-PP e PPM).
Nessa altura, Luís Montenegro disse ter expectativa de formar Governo com base na maioria “constituída pelos deputados do PSD e do CDS-PP”, uma vez que não dispõe do apoio de uma maioria absoluta no parlamento.
Montenegro e os ministros do XXIV Governo Constitucional tomam posse na terça-feira e os secretários de Estado dois dias depois.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro cessante, António Costa, depois de um mandato de cerca de oito anos, recebeu Luís Montenegro na residência oficial de São Bento, uma espécie de passagem de testemunho na liderança do executivo.
Já no dia anterior, o PSD e a Iniciativa Liberal informaram que não vão avançar “nesta altura para a celebração de entendimentos alargados”, incluindo os que diziam respeito à formação do novo Governo.
Depois da tomada de posse na próxima semana, o passo seguinte será a apresentação do programa do Governo.
Segundo a Constituição, esse documento com as linhas orientadoras da governação para os próximos quatro anos é submetido à apreciação da Assembleia da República no prazo máximo de dez dias após a sua nomeação, o que deverá acontecer nos primeiros 12 dias de abril.
A Constituição determina também que um Governo só entra em plenitude de funções após a apreciação do seu programa pelo parlamento, se não for rejeitado.
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