NACIONAL
REGRESSO DO CINEMA TROUXE 4600 ESPETADORES ÀS SALAS ENTRE 1 E 15 DE JUNHO
As salas portuguesas de cinema, que reabriram a 01 de junho, tiveram, em duas semanas, cerca de 4.600 espectadores, algumas sessões vazias e outras com lotação completa, segundo dados do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).
As salas portuguesas de cinema, que reabriram a 01 de junho, tiveram, em duas semanas, cerca de 4.600 espectadores, algumas sessões vazias e outras com lotação completa, segundo dados do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).
Por causa das medidas de contenção da covid-19, as salas de cinema em Portugal encerraram em março e só puderam reabrir a 01 de junho, mas apenas algumas o fizeram, como foram os casos das salas independentes Cinema Ideal e Nimas em Lisboa, ou cinema Trindade, no Porto, as salas UCI Arrábida, em Vila Nova de Gaia, ou as da exibidora Castello Lopes, em Guimarães e Torres Novas.
O ICA retomou os dados estatísticos de assistência e revela que, entre 01 e 15 de junho, foram exibidos 48 filmes em sala, vistos por 4.644 espectadores, que deram origem a cerca de 22 mil euros de resultado de bilheteira.
O filme mais visto naquela quinzena foi a produção francesa “Retrato de Uma Rapariga em Chamas”, de Céline Sciamma, com 1.457 espectadores, seguindo-se “Family Romance, LLC”, de Werner Herzog, com 272 espectadores, e “2001: Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick, exibido na reabertura do Nimas, com 200 espectadores.
Antes da covid-19, a média mensal de assistência nas salas de cinema rondava um milhão de espectadores.
Quando as salas de cinema encerraram em março, o filme mais visto pelos portugueses até essa altura foi “1917”, de Sam Mendes, acumulando mais de 328 mil espectadores. Reposto agora, em sala, o filme teve duas sessões e foi visto por apenas uma pessoa.
O premiado “Parasitas”, de Bong Joon Ho, teve apenas uma sessão nesta quinzena, e foi visto por 60 pessoas, e a animação “A Ovelha Choné: A Quinta Contra-ataca”, de Will Becher, teve 18 sessões e quatro espectadores.
De acordo com os dados mais recentes do ICA, a rede de exibição cinematográfica em Portugal dispõe de 150 recintos, 537 salas e mais de 99 mil lugares.
A NOS Cinemas é a maior exibidora nacional, com 219 salas, o que representa 40,9% do total de ecrãs. Seguem-se Cineplace (85 salas), NLC Cinema City (46 salas), UCI (45 salas) e Castello Lopes/Socorama (31 salas).
Destas exibidoras, a UCI reabriu 11 salas, a Castello Lopes fez uma reabertura faseada, porque algumas das salas estão em centros comerciais da região de Lisboa e Vale do Tejo, e a Cineplace reabre hoje apenas o recinto na Guarda.
Dos contactos feitos pela agência Lusa, nem a NOS Cinemas nem a LNC revelaram qualquer data oficial de reabertura das salas.
Em março, a Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas (APEC) pedia ao Governo medidas específicas que compensassem o encerramento temporário das salas, por causa da perda de receitas e dos encargos com trabalhadores, rendas e manutenção.
Em 2019, a exibição comercial de cinema gerou 83,1 milhões de euros de receita de bilheteira, dos quais 50,9 milhões de euros (61,3%) foram registados nas 219 salas exploradas pela NOS Cinemas.
Desse total de receitas, a exibidora UCI obteve 9,3 milhões de euros, a Cineplace 9,1 milhões de euros, a Cinema City 6,1 milhões de euros e, a Castello Lopes/Socorama, 3,8 milhões de euros.
Segundo a APEC, as empresas de exibição de cinema empregam cerca de 2000 trabalhadores.
NACIONAL
25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL
A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.
A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.
O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.
O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.
De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.
A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.
O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.
Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.
No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.
Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.
Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.
“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.
Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).
A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.
NACIONAL
25 DE ABRIL: A HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO
O dia 25 de Abril de 1974 será para sempre o “Dia da Liberdade”. Afinal o que se passou exactamente nesse dia ? Para compreenderes temos aqui um resumo do que realmente se passou nesse dia e da importância que representa para Portugal e para os Portugueses. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
A Revolução de 25 de Abril, também referida como Revolução dos Cravos, refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de Abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de Abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.
Esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por atingir o regime político em vigor. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa pelas balas da DGS.
O movimento confiou a direção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado. A 15 de Maio de 1974, o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Adelino da Palma Carlos. Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares que, terminaram com o 25 de Novembro de 1975.
Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de Abril, denominado como “Dia da Liberdade”.
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