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NACIONAL

SINDICATO DOS JUÍZES ESTIMA 90% DE ADESÃO À GREVE

A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) estimou hoje que o nível de adesão dos magistrados judiciais à greve geral hoje realizada, em protesto contra o processo de revisão do Estatuto, rondou os 90%.

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A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) estimou hoje que o nível de adesão dos magistrados judiciais à greve geral hoje realizada, em protesto contra o processo de revisão do Estatuto, rondou os 90%.

Em conferência de imprensa em Lisboa, Vânia Magalhães, da direção da ASJP, referiu que a associação recebeu até às 17:00 de hoje 1.200 comunicações diretas de colegas que aderiram à greve, havendo a juntar o “elevado número de juízes que enviaram diretamente a comunicação aos conselhos superiores e aos juízes presidentes e que só os comunicarão nos próximos dias”.

“Estimamos que o número total, quando se fizer o apuramento final, rondará os 2.000, que corresponde a cerca de 90% de todos os juízes”, afirmou.

Foram enviadas comunicações de adesão à greve por juízes dos supremos tribunais, Tribunal Constitucional, Tribunal de Contas, tribunais da relação e tribunais centrais administrativos, tribunais de primeira instância e juízes presidentes de tribunais superiores e de primeira instância.

“Estes dados confirmam totalmente as informações que recolhemos ao longo do dia, diretamente nos tribunais, que apontam para uma adesão nacional a rondar os 90%”, declarou a dirigente da ASJP.

Segundo a ASJP, verificou-se uma tendência geral de adesão mais significativa nos “tribunais com mais juízes, com variação entre os 100% em tribunais como Seixal, Braga, Portimão e administrativos e fiscais de Coimbra e Aveiro”.

As médias mais baixas de adesão ocorreram em Beja (52%), em Bragança (60%) e Évora (64%).

O apuramento final, comarca a comarca, só poderá ser finalizado nos próximos dias, quando se contabilizarem todas as comunicações enviadas para efeitos de desconto no processamento do vencimento, indicou a ASJP.

Da lista de médias provisórias de adesão à greve em tribunais de primeira instância constam, entre outras, Açores (88%), Aveiro (75%), Castelo Branco (70%), Faro (87%), Lisboa (87%), Lisboa Norte (90%), Madeira (82%), Porto (91%), Santarém (60%), Setúbal (92%) e Vila Real (78%).

Confrontada com opiniões de que os juízes não deviam fazer greve por serem titulares de um órgão de soberania, Vânia Magalhães contrapôs que estes profissionais lutam há muito pelo cumprimento de acordos celebrados em 2003 com o Governo e que nunca foram cumpridos, bem como pela revisão completa do Estatuto, incluindo questões remuneratórias e o fim do teto salarial.

Ao ser questionado hoje de manhã sobre que leitura deve o Governo fazer da elevada adesão à greve dos magistrados judiciais, o presidente da ASJP, Manuel Soares, considerou que o executivo deu já sinais de aproximação à posição da ASJP, mas que “não é razoável” pedir que os juízes suspendam o protesto sem haver garantias de cumprimento das reivindicações.

Antes, o primeiro-ministro disse, em entrevista à Lusa, que considera que a greve dos juízes não é a reação adequada a quem é titular de órgão de soberania e lamentou que a paralisação ocorra quando o estatuto dos magistrados está em apreciação no parlamento.

O presidente da ASJP salientou que os juízes estão “disponíveis”, como “sempre estiveram”, para chegar a um entendimento sobre o Estatuto, mas que não aceitam um novo e longo processo negocial, que, nos últimos anos, levou ao arrastamento de negociações sem que houvesse uma revisão completa do Estatuto.

Os juízes estão contra a revisão “incompleta” do Estatuto, por não contemplar reivindicações remuneratórias e de carreira.

O protesto dos juízes vai prosseguir com mais 20 dias de greve parcial, que se prolongam até outubro do próximo ano.

A ASJP, que convocou esta maratona de greves, conta atualmente com 2.300 associados.

LUSA

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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