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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

UM EM CADA SEIS PORTUGUESES TÊM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E 90% NÃO SABEM

Um em cada seis portugueses com mais de 50 anos tem insuficiência cardíaca, um número que quase duplicou face às estimativas de há duas décadas, e cerca de 90% nem sequer sabe, indica um estudo que é hoje divulgado.

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Um em cada seis portugueses com mais de 50 anos tem insuficiência cardíaca, um número que quase duplicou face às estimativas de há duas décadas, e cerca de 90% nem sequer sabe, indica um estudo que é hoje divulgado.

“Já imaginávamos que íamos ter uma percentagem de doentes com insuficiência cardíaca muito superior àquilo que há 20 anos se tinha diagnosticado, até porque a forma de diagnosticar mudou, os critérios mudaram (…) e a população mudou muito. Mas esta magnitude de resultados confesso que não estávamos efetivamente à espera”, disse à Lusa a investigadora principal, Cristina Gavina.

A responsável considerou ainda que estes dados mostram “um problema de saúde pública com uma dimensão muito considerável”, que terá de mudar a forma como se olha para a insuficiência cardíaca em Portugal.

O estudo Porthos, da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, em parceria com a NOVA Medical School, abrangeu mais de 6.000 pessoas acima dos 50 anos registadas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portugal continental e atualizou as estimativas de 1998, que apontavam para uma prevalência que rondava os 400 mil portugueses com insuficiência cardíaca e que hoje chega aos 700 mil.

Sublinhando que a população agora está muito mais envelhecida — com cada vez mais doenças associadas que estão diretamente relacionadas com a insuficiência cardíaca, como a diabetes, a hipertensão e a obesidade -, a responsável apela a uma tomada de medidas urgentes para um diagnóstico mais precoce.

Mostrando surpresa com a incidência da doença apurada neste estudo — que decorreu entre dezembro de 2021 e setembro de 2023 -, a especialista disse que os resultados deixaram os investigadores preocupados: “os portugueses não sabem porque também não estamos a diagnosticá-los”.

“Os próprios médicos de família (…), muitas vezes, também não sabem que estas pessoas podem ter insuficiência cardíaca e não as podem referenciar para outros sítios mais diferenciados, onde se possam fazer os diagnósticos”, admitiu a investigadora, sublinhando que estes médicos estão “muito limitados” nas ferramentas que podem usar para diagnosticar.

Segundo disse, a ferramenta usada neste estudo para perceber se a pessoa poderia ter insuficiência cardíaca — no caso, uma análise a um marcador do sangue — não é comparticipada pelo SNS.

“Numa prática comum, um médico de família em Portugal não tem acesso a este tipo de exames, o que faz, obviamente, com que ele esteja mais limitado naquilo que é a sua capacidade de identificar estas pessoas”, explicou Cristina Gavina.

Lembrou que as próprias sociedades científicas já tinham identificado há anos este exame como sendo uma necessidade, mas até agora não foi considerado uma prioridade.

Com os dados agora revelados, “a coisa muda de figura”: “É mais do que óbvio que estas pessoas precisam [de fazer este exame] quando apresentam os tais sintomas sugestivos, que passam por cansaço com esforço, começar a ter falta de ar durante a noite ou incharem as pernas”, disse.

A especialista recordou que a maior parte dos custos ligados à insuficiência cardíaca em Portugal estão relacionados com os internamentos e que, neste momento, a doença é diagnosticada já numa fase em que se torna mais cara para o sistema.

“Aqui a palavra-chave é prevenção, a dois níveis: um é apostar no controlo dos fatores de risco que podem conduzir à insuficiência cardíaca (..) e outro é poder diagnosticar precocemente os que já têm insuficiência cardíaca”.

Reconhece que muitos destes doentes “são os que já hoje enchem as enfermarias” e que isto representa “uma carga inacreditável no sistema de saúde”.

Um trabalho publicado em 2020 na Revista Portuguesa de Cardiologia estimava que os custos totais da insuficiência cardíaca, por efeitos da evolução demográfica, atingiriam os 503 milhões de euros em 2036. Contudo, na altura a estimativa apontava para a existência de 400 mil portugueses com esta síndrome e os dados hoje revelados quase duplicam este valor (700 mil).

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

CIENTISTAS CRIAM CÉLULAS PARA TRATAMENTO DA DOENÇA DE MACHADO-JOSEPH

Uma equipa de cientistas liderada pela Universidade de Coimbra conseguiu criar células estaminais humanas, a partir de células da pele, que têm potencial para o tratamento de longa duração da doença de Machado-Joseph, segundo um estudo hoje divulgado.

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Uma equipa de cientistas liderada pela Universidade de Coimbra conseguiu criar células estaminais humanas, a partir de células da pele, que têm potencial para o tratamento de longa duração da doença de Machado-Joseph, segundo um estudo hoje divulgado.

A Universidade de Coimbra referiu que esta investigação abre caminho para o desenvolvimento de células que possam vir a ser usadas no tratamento desta doença neurodegenerativa que afeta, nomeadamente, os movimentos e a articulação verbal, e que tem grande incidência em Portugal.

A líder do estudo, Liliana Mendonça, explicou que a descoberta feita pela equipa de investigação demonstra a viabilidade da aplicação de terapias personalizadas a pessoas portadoras desta doença, através da criação de células estaminais dos doentes que se pretendem tratar.

Isto irá traduzir-se numa maior aceitação do transplante, frisou a investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB).

Consideradas muito versáteis, as células estaminais permitem dar origem a células especializadas de vários tecidos e órgãos do corpo humano.

A doença de Machado-Joseph ainda não tem tratamento. O cerebelo é uma das regiões do cérebro mais afetadas, levando a extensa morte neuronal, dificuldades de coordenação motora, de deglutição e de articulação do discurso.

“Tem uma grande prevalência nos Açores, especialmente na ilha das Flores, que regista a maior incidência da doença a nível mundial”, contou a investigadora.

A equipa de investigação criou células que demonstraram ter capacidade de originar neurónios em culturas celulares (conjunto de técnicas para testar o comportamento de células num ambiente artificial) e também em organóides cerebrais (tecidos gerados ‘in vitro’, ou seja, fora de organismos vivos).

Segundo Liliana Mendonça, simultaneamente, os investigadores observaram que as células estaminais humanas sobreviveram até seis meses após transplante no cerebelo do modelo animal, tendo-se diferenciado em células da glia (células do sistema nervoso central que desempenham diversas funções) e neurónios, o que significa que revelaram ter potencial para atuar positivamente no controlo de doenças neurodegenerativas.

“Existe uma elevada necessidade de desenvolver estratégias terapêuticas que possam tratar doenças neurodegenerativas, que, de forma robusta, melhorem a qualidade de vida dos doentes, contribuindo, assim, para reduzir os encargos de saúde dos sistemas de saúde e das famílias destes doentes”, alertou.

Este trabalho, que foi desenvolvido pela equipa do Grupo de Investigação de Terapias Génicas e Estaminais para o Cérebro do CNC-UC, encontra-se a ser aprofundado.

Um dos objetivos é estudar de que forma é que estas células conseguem melhorar os problemas de coordenação motora da doença, com recurso a um modelo animal.

A coordenadora da investigação avançou que os cientistas vão também desenvolver estratégias para melhorar a migração das células e, seguidamente, a sua diferenciação em neurónios cerebelares, após o seu transplante para o cérebro, algo que pode aumentar significativamente os efeitos terapêuticos destas células.

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IDENTIFICADAS CÉLULAS-CHAVE PARA PREVENIR A ATEROSCLEROSE NO SÍNDROME DA PROGÉRIA

Uma equipa internacional de investigadores identificou as células-chave para prevenir a aterosclerose em pessoas que sofrem do síndrome de progéria, uma doença muito rara que causa envelhecimento prematuro e acelerado de quem a sofre.

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Uma equipa internacional de investigadores identificou as células-chave para prevenir a aterosclerose em pessoas que sofrem do síndrome de progéria, uma doença muito rara que causa envelhecimento prematuro e acelerado de quem a sofre.

A síndrome de Progéria é uma doença genética extremamente rara que afeta 1 em 20 milhões de pessoas, e estima-se que afete cerca de 400 crianças em todo o mundo. A doença é caracterizada por induzir envelhecimento acelerado, aterosclerose grave e morte prematura em idade média de aproximadamente 15 anos.

Os resultados da nova investigação foram publicados esta segunda-feira no The Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e participaram no estudo cientistas do Centro Nacional de Investigação Cardiovascular (CNIC) do Instituto de Saúde Carlos III, do Centro de Investigação em Rede de Doenças Cardiovasculares, do Centro de Investigação Biológica Margarita Salas do Conselho Superior de Investigação Científica, da Universidade de Oviedo (todos em Espanha) e da Universidade Queen Mary de Londres (Reino Unido).

As doenças raras representam um grande problema social e de saúde, uma vez que se estima que existam perto de 7.000 e que afetem sete por cento da população mundial, recordou o CNIC, citado pela agência Efe.

Embora os pacientes com este síndrome normalmente não apresentem os fatores de risco cardiovasculares típicos (hipercolesterolemia, obesidade ou tabagismo), a sua principal causa de morte são as complicações da aterosclerose, como enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral ou insuficiência cardíaca.

Atualmente não há cura para a progéria, observou o CNIC, e enfatizou a urgência do desenvolvimento de novas terapias que previnam a aterosclerose e outras alterações vasculares associadas à doença para aumentar a expectativa de vida dos pacientes.

A causa genética da doença é uma mutação num gene (LMNA) que provoca a expressão da progerina, uma versão mutante da proteína nuclear “lamina A” que induz numerosos efeitos nocivos a nível celular e do organismo, explicou o CNIC, em comunicado.

Estudos recentes desta síndrome realizados em modelos animais mostraram que é possível corrigir esta mutação através da edição genética, e que a consequente eliminação da progerina e recuperação da expressão da “lâmina A” melhora as alterações características do doenças e prolonga a expectativa de vida.

Para otimizar a terapia genética para o potencial tratamento de pacientes com progéria, é importante identificar os tipos de células nos quais a deleção da progerina produz mais benefícios.

Para responder a esta questão, o laboratório do investigador Vicente Andrés (CNIC) gerou ratos com esta síndrome e os investigadores apontaram as células musculares lisas vasculares como um possível alvo terapêutico para combater a aterosclerose prematura na progéria.

No novo trabalho publicado pela PNAS e utilizando os mesmos tipos de ratos, os investigadores estudaram se a aterosclerose associada a esta síndrome pode ser evitada suprimindo a progerina e restaurando a “lâmina A” nas células “endoteliais” ou em células musculares lisas vasculares.

Os cientistas descobriram assim que a eliminação da progerina nas células endoteliais não trazia nenhum benefício, mas trazia quando era eliminada nas células musculares lisas vasculares.

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