NACIONAL
UM TERÇO DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS JÁ SOFREU ASSÉDIO SEXUAL – ESTUDO
Um estudo coordenado por uma investigadora da Universidade de Évora (UÉ) concluiu que mais de um terço dos estudantes do ensino superior já sofreu assédio sexual e cerca de metade foi alvo de assédio moral.
Um estudo coordenado por uma investigadora da Universidade de Évora (UÉ) concluiu que mais de um terço dos estudantes do ensino superior já sofreu assédio sexual e cerca de metade foi alvo de assédio moral.
Estas são algumas das conclusões do estudo coordenado por Lara Guedes de Pinho, professora do Departamento de Enfermagem da UÉ e investigadora do Comprehensive Health Research Centre (CHRC) da academia alentejana.
“Há uma elevada percentagem de estudantes que refere que sofreram assédio moral e sexual” e estes casos estão relacionados com “um maior número de sintomas depressivos e ansiosos”, destacou hoje à agência Lusa Lara Guedes de Pinho.
Em comunicado enviado à Lusa, a UÉ indicou que o estudo concluiu que 34,8% dos estudantes do ensino superior consideram que já sofreram de assédio sexual e que 50,2% dos alunos dizem que foram alvo de assédio moral.
O estudo, com uma amostra de 3.399 estudantes, foi realizado em sete instituições de ensino superior do país, nomeadamente a UÉ, as universidades da Madeira, dos Açores, Atlântica e Fernando Pessoa e os politécnicos de Beja e Portalegre.
Metade dos estudantes inquiridos para este trabalho tem no máximo 20 anos, 80,5% menos de 23 anos e 7,2% mais de 30 anos, com o sexo feminino a representar 68% da amostra.
No estudo, foi considerado assédio sexual “qualquer comportamento ou revelação, por palavras ou ações, de natureza sexual, não pretendido pela pessoa a que se destina e que se revela ofensivo”.
Observando que “quem sofre de assédio moral e sexual tem uma pior saúde mental”, a investigadora do CHRC salientou que os casos relatados pelos alunos “acontecem mais fora” das instituições de ensino superior.
Segundo os resultados, dos estudantes que indicaram já ter sido assediados sexualmente, 91,9% dizem ter sido fora da universidade, 2,2% no espaço da instituição e 5,6% alegam que foram assediados em ambas as situações.
O trabalho mostra que os agressores mais identificados foram o pessoal não docente da universidade (14%), seguido do parceiro amoroso (10,5%), colegas de trabalho (8,1%) ou colegas da universidade (7,3%).
Já os familiares representam 6,4% e os professores surgem com 2,9%, havendo, numa análise a outros agressores, “um grande destaque” para os desconhecidos, com 33%.
De acordo com o mesmo estudo, dos alunos universitários que indicaram já ter sido assediados moralmente, 77,4% referem que o foram fora da universidade, 6,6% no espaço da instituição e 15,5% dizem que foram assediados em ambas as situações.
O estudo mostra que os agressores mais identificados foram familiares (26,7%), seguido de colegas da universidade (25,1%), colegas de trabalho (22,3%), parceiro amoroso (14,9%), com os professores a surgirem com 11%.
Neste trabalho, entende-se por assédio moral “qualquer conduta abusiva de natureza psicológica, frequente e intencional, através de atitudes, gestos, palavras ou escrita que fere a integridade física ou psíquica”.
Nas declarações à Lusa, a coordenadora do estudo explicou que este trabalho teve como foco a saúde mental dos estudantes do ensino superior, sustentando que “após a pandemia [da covid-19] a saúde mental dos estudantes agravou-se”.
O estudo “incluiu também algumas variáveis como estas do assédio moral e sexual para percebermos se afetava ou não a saúde mental dos estudantes de forma significativa”, acrescentou.
NACIONAL
LISTA OFICIAL DOS 17 MINISTROS DO GOVERNO DE LUÍS MONTENEGRO
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
A posse dos ministros do XXIV Governo Constitucional está prevista para terça-feira e a dos secretários de Estado para dois dias depois.
A lista de nomes propostos por Luís Montenegro para ministros do XXIII Governo Constitucional é a seguinte:
Primeiro-ministro
Luís Montenegro
Ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros
Paulo Rangel
Ministro de Estado e das Finanças
Joaquim Miranda Sarmento
Ministro da Presidência
António Leitão Amaro
Ministro Adjunto e da Coesão Territorial
Manuel Castro Alemida
Ministro dos Assuntos Parlamentares
Pedro Duarte
Ministro da Defesa Nacional
Nuno Melo
Ministra da Justiça
Rita Júdice
Ministra da Administração Interna
Margarida Blasco
Ministro da Educação, Ciência e Inovação
Fernando Alexandre
Ministra da Saúde
Ana Paula Martins
Ministra das Infraestruturas e Habitação
Miguel Pinto Luz
Ministro da Economia
Pedro Reis
Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Maria do Rosário Palma Ramalho
Ministra do Ambiente e Energia
Maria da Graça Carvalho
Ministra da Juventude e Modernização
Margarida Balseiro Lopes
Ministro da Agricultura e Pescas
José Manuel Fernandes
Ministra da Cultura
Dalila Rodrigues
NACIONAL
LUÍS MONTENEGRO APRESENTA HOJE COMPOSIÇÃO DO NOVO GOVERNO
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresenta hoje ao Presidente da República a composição do seu Governo minoritário, antes de tomar posse na próxima terça-feira no Palácio Nacional da Ajuda.
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresenta hoje ao Presidente da República a composição do seu Governo minoritário, antes de tomar posse na próxima terça-feira no Palácio Nacional da Ajuda.
Este calendário foi anunciado pelo próprio presidente do PSD, após a audiência com Marcelo Rebelo de Sousa na qual foi indigitado como primeiro-ministro, na sequência das eleições legislativas antecipadas de 10 de março que deram a vitória à Aliança Democrática (coligação PSD, CDS-PP e PPM).
Nessa altura, Luís Montenegro disse ter expectativa de formar Governo com base na maioria “constituída pelos deputados do PSD e do CDS-PP”, uma vez que não dispõe do apoio de uma maioria absoluta no parlamento.
Montenegro e os ministros do XXIV Governo Constitucional tomam posse na terça-feira e os secretários de Estado dois dias depois.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro cessante, António Costa, depois de um mandato de cerca de oito anos, recebeu Luís Montenegro na residência oficial de São Bento, uma espécie de passagem de testemunho na liderança do executivo.
Já no dia anterior, o PSD e a Iniciativa Liberal informaram que não vão avançar “nesta altura para a celebração de entendimentos alargados”, incluindo os que diziam respeito à formação do novo Governo.
Depois da tomada de posse na próxima semana, o passo seguinte será a apresentação do programa do Governo.
Segundo a Constituição, esse documento com as linhas orientadoras da governação para os próximos quatro anos é submetido à apreciação da Assembleia da República no prazo máximo de dez dias após a sua nomeação, o que deverá acontecer nos primeiros 12 dias de abril.
A Constituição determina também que um Governo só entra em plenitude de funções após a apreciação do seu programa pelo parlamento, se não for rejeitado.
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