Ligue-se a nós

ECONOMIA & FINANÇAS

UNIÃO EUROPEIA ‘PREOCUPADA’ COM O PREÇO DAS CASAS E ENDIVIDAMENTO EM PORTUGAL

A Comissão Europeia destacou esta terça-feira “preocupações” sobre Portugal relacionadas com o aumento dos preços das casas, com “sinais de sobrevalorização”, e os níveis de endividamento público e privado, apontando a “persistência de desequilíbrios” macroeconómicos.

Online há

em

nbsp| RÁDIO REGIONAL

A Comissão Europeia destacou esta terça-feira “preocupações” sobre Portugal relacionadas com o aumento dos preços das casas, com “sinais de sobrevalorização”, e os níveis de endividamento público e privado, apontando a “persistência de desequilíbrios” macroeconómicos.

Num relatório relativo ao Mecanismo de Alerta, o exercício de rastreio de riscos de potenciais desequilíbrios macroeconómicos, o executivo comunitário assinala que, “em Portugal, as preocupações relacionadas com os rácios da dívida das famílias e das empresas não financeiras, do Governo e da dívida externa em relação ao PIB [Produto Interno Bruto] mantêm-se, embora os rácios da dívida tenham retomado a sua trajetória decrescente após a crise da Covid-19”.

“O crescimento nominal dos preços das casas está a acelerar e surgiram sinais de sobrevalorização dos preços das casas”, acrescenta.

No Relatório do Mecanismo de Alerta deste ano, Bruxelas conclui então que são necessárias revisões profundas em Portugal e outros 16 Estados-membros, sendo que, no caso português, “persistem desequilíbrios” macroeconómicos, alguns já detetados anteriormente.

Numa altura em que a economia da UE está a passar de uma recuperação da pandemia da Covid-19 para um forte abrandamento do crescimento sujeito a pressões inflacionistas, Bruxelas destaca desde logo que, em Portugal, “as preocupações relacionadas com a evolução dos preços das casas estão a aumentar”.

Publicidade

“O crescimento nominal do preço da casa acelerou de 8,8% para 9,4% em 2021. O crescimento homólogo nominal dos preços da habitação acelerou para 13,2% no segundo trimestre de 2022. Os preços da casa foram estimados em 23% sobrevalorizados em 2021. Mais de dois terços das hipotecas têm taxas de juro fixadas por apenas até um ano”, elenca a instituição.

Outras “preocupações significativas” estão relacionadas com a dívida pública, de acordo com a Comissão Europeia, que alerta que “os riscos de sustentabilidade orçamental são elevados a médio prazo e médios a longo prazo”.

No que toca ao endividamento privado, “as vulnerabilidades relacionadas com o rácio da dívida das empresas não financeiras em relação ao PIB mantêm-se, embora se encontre numa trajetória decrescente”, indica o executivo comunitário.

Ainda assim, “existem fatores de risco associados ao ambiente macroeconómico”, salienta.

No que toca à dívida das famílias em relação ao PIB, “permanece acima tanto dos parâmetros de referência prudenciais como dos fundamentais, embora tenha diminuído em 2021 e tenha continuado a baixar na primeira metade de 2022”.

Publicidade

Em trajetória decrescente estão também “as preocupações relacionadas com o setor bancário”, apesar de se manterem “alguns pontos fracos”, segundo Bruxelas, que destaca que “o rácio de empréstimos não rentáveis [o chamado crédito malparado] continuou a sua trajetória descendente, mas permanece acima da média da UE”.

Neste exercício anual, com o Relatório do Mecanismo de Alerta, Bruxelas identifica os Estados-membros para os quais são necessárias análises aprofundadas para avaliar se são afetados por desequilíbrios que exigem uma ação política.

Também esta terça-feira, a Comissão Europeia instou o Governo português a “tomar as medidas necessárias” para que o Orçamento do Estado para 2023 seja “coerente” com prudência orçamental, alertando para “riscos” no défice e dívida por apoios às famílias.

O executivo comunitário publicou esta terça-feira o ciclo semestral europeu de coordenação das políticas económicas de 2023, que se baseia nas previsões económicas de outono, divulgadas em meados de novembro.

Publicidade
Publicidade
DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

ECONOMIA & FINANÇAS

MERCADO DE BENS TECNOLÓGICOS DE CONSUMO CRESCEU 2,5% EM 2022 – ESTUDO

O mercado de bens tecnológicos de consumo cresceu 2,5% no ano passado em Portugal, atingindo uma faturação de 3,3 mil milhões de euros, “o valor mais alto de sempre”, de acordo com um estudo hoje apresentado pela GfK.

Online há

em

nbsp| RÁDIO REGIONAL

O mercado de bens tecnológicos de consumo cresceu 2,5% no ano passado em Portugal, atingindo uma faturação de 3,3 mil milhões de euros, “o valor mais alto de sempre”, de acordo com um estudo hoje apresentado pela GfK.

Segundo a tecnológica, no ano passado, em Portugal, o mercado de bens tecnológicos de consumo atingiu “o valor mais alto de sempre”, com uma faturação total de 3,336 mil milhões, “mais 2,5% do que no período homólogo”.

Assim, “foi na área das telecomunicações e dos eletrodomésticos que se registou o maior crescimento, tendo estes bens sido adquiridos sobretudo em lojas físicas”, referiu.

De acordo com a GfK, “as marcas próprias recuperaram representatividade, com um preço de venda médio em crescimento em todas as áreas de negócio”, sendo que, em relação aos preços médios, aumentaram em todas as áreas, “com especial destaque para eletrodomésticos de consumo e grandes domésticos (+18%) e ainda os pequenos domésticos (+17%)”.

Segundo a consultora, em termos globais, este mercado, em 2023, “depois do pico de vendas em 2021, encaminha-se para uma desaceleração da procura, sendo a tendência para estabilização, ainda que se possa ter algum crescimento em determinados meses do segundo semestre”, destacou.

Publicidade

“Apesar dos sinais de sensibilidade ao preço serem percetíveis”, indicou a GfK, “o consumidor vai contribuir para a estabilização do mercado”.

Assim, “as estratégias promocionais vão continuar a orientar os níveis de saturação e a pressão dos preços e o comportamento dos consumidores em ‘esperar para comprar’ vai progredir”, estimou.

A GfK adiantou ainda que, “apesar da evolução do mercado global se apresentar negativa em 2022 (-6%), a previsão é que este se situe entre os 0 e os 2%, em 2023”, sendo que “no caso de Portugal, estima-se uma estabilização dos valores de evolução, entre os 0 e os 3%, à semelhança do valor registado em 2022”.

Os dados deste estudo referentes a Portugal são provenientes de mais de 2.000 lojas de um painel retalhista, segundo a consultora.

Publicidade
LER MAIS

ECONOMIA & FINANÇAS

UE VAI PROIBIR VENDAS DE NOVOS CARROS A COMBUSTÃO A PARTIR DE 2035

O Conselho da União Europeia (UE) decidiu hoje proibir, a partir de 2035, a venda de automóveis ligeiros novos com motor a combustão, sendo só permitidos os de emissões zero de dióxido de carbono (CO2).

Online há

em

nbsp| RÁDIO REGIONAL

O Conselho da União Europeia (UE) decidiu hoje proibir, a partir de 2035, a venda de automóveis ligeiros novos com motor a combustão, sendo só permitidos os de emissões zero de dióxido de carbono (CO2).

Os ministros do Ambiente da UE, reunidos em conselho, em Bruxelas, acordaram ainda que, entre 2030 e 2034, as emissões de CO2 por carros novos deve ser reduzida em 55%, comparado com níveis de 2021.

O texto aprovado prevê ainda, segundo um comunicado, “um mecanismo de incentivo regulamentar para veículos com emissões zero e baixas, que estará em vigor a partir de 2025 até ao final de 2029”.

Como parte deste mecanismo, integrado no pacote ‘Fit for 55’ (Objetivo 55), se um fabricante cumprir determinados padrões de referência para as vendas de veículos com emissões zero e baixas, poderá ser recompensado com objetivos menos rigorosos de emissões de CO2, sendo o valor de referência fixado em 25% para automóveis e 17% para furgonetas.

O documento aborda ainda o tema dos combustíveis ecológicos, prevendo que a Comissão Europeia apresente uma “proposta de registo de veículos que funcionem exclusivamente com combustíveis neutros em termos de CO2, após 2035, em conformidade com a legislação da UE, fora do âmbito das normas da frota, e em conformidade com o objetivo de neutralidade climática da UE”.

Publicidade

O pacote Objetivo 55 é um conjunto de propostas destinadas a rever e atualizar a legislação da UE e a criar novas iniciativas com o objetivo de assegurar que as políticas da UE estejam em consonância com os objetivos climáticos acordados pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu.

LER MAIS

JORNAL ONLINE


RÁDIO ONLINE


LINHA CANCRO


DESPORTO DIRETO


RÁDIO REGIONAL: SD | HD





RÁDIO REGIONAL VILA REAL




RÁDIO REGIONAL CHAVES




RÁDIO REGIONAL BRAGANÇA




RÁDIO REGIONAL MIRANDELA



MUSICBOX


WEBRADIO 100% PORTUGAL




WEBRADIO 100% POP-ROCK




WEBRADIO 100% OLDIES




WEBRADIO 100% LOVE SONGS




WEBRADIO 100% DANCE


PAGAMENTO PONTUAL






KEYWORDS

PAGAMENTO PONTUAL

MAIS LIDAS