REGIÕES
UM MADEIREIRO “INCENDIÁRIO”
Homem de 43 anos ensinou o filho, de apenas 13, a atear incêndios em zonas florestais com recurso a um isqueiro. Tudo aconteceu em Vila-Meã, concelho de Amarante. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
Aliciado com dinheiro por intermediários ligados ao negócio das madeiras, o homem de 43 anos não hesitou quando o contrataram para incendiar matas, no concelho de Amarante. Por saber que o filho, menor de 13 anos, não poderia ser detido pelas autoridades, resolveu ensiná-lo a atear fogos com recurso a um isqueiro. Em poucas semanas, foram 10 os incêndios provocados pelo adolescente, e que colocaram casas em risco, obrigando à rápida intervenção de bombeiros.
Em causa estava o negócio de compra e venda de madeira. Para depois poderem adquirir lenha das florestas a preços mais reduzidos, empresários do sector mandataram intermediários para darem indicações ao homem, que exerce funções de madeireiro e maquinista, sobre os terrenos que deveriam ser incendiados.
O objectivo final era de que a madeira de pinheiro, carvalho e eucalipto queimada pudesse ser depois comprada pelo suspeito – e por outros empresários do ramo – por preços muito mais reduzidos. “A lenha queimada rende menos aos donos das terras. O valor quase que é reduzido para metade”, conforme disse ao um vizinho do incendiário. “Ele é um homem que vive com muita inveja e ciúmes no que diz respeito ao comércio de madeira. O negócio era do pai, mas ele agora é o responsável e não se entende com a restante família. Há vários processos em tribunal”, disse outra vizinha.
A única vez que o homem ajudou o filho a incendiar a floresta foi no dia em que o ensinou. Depois, o menor actuou sempre sozinho, sob indicação do pai, e lançou fogo na zona de Vila Meã – cuja freguesia chegou a estar rodeada pelas chamas.
O madeireiro usou o filho por ser menor, mas não ponderou que o adolescente, no âmbito do processo tutelar, pode agora, em limite, ser colocado numa instituição e afastado dos pais.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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