ECONOMIA & FINANÇAS
FMI ALERTA “MAIS UMA VEZ” PORTUGAL
Excedente externo da economia nacional, conseguido durante o programa da ‘troika’, terá sido sol de pouca dura. Desequilíbrio volta em 2017. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
Excedente externo da economia nacional, conseguido durante o programa da “troika”, terá sido sol de pouca dura. Desequilíbrio volta em 2017.
Depois de um curto período em que a economia nacional foi credora do exterior, o saldo da balança corrente vai voltar a entrar em terreno negativo no próximo ano. De acordo com as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgadas hoje, Portugal vai apresentar um défice externo 0,7% do PIB no próximo ano, pela primeira vez desde 2012.
Há, no entanto, uma chamada de atenção a fazer. As contas do FMI não apanham as transferências de capital que, segundo a AMECO, rondam 1,2% do PIB. Ou seja, na prática, juntando às contas do FMI para a balança corrente um saldo positivo de 1,2% nas transferências de capital, Portugal continuará a conseguir um saldo externo positivo.
O que muda de sinal é a conta corrente. Em 2013, ainda com a ‘troika’ em solo nacional, a economia portuguesa conseguiu algo inédito em democracia: um excedente externo, ou seja, tornar-se credora face ao exterior. Na altura, impulsionada pelo saldo da balança corrente, que chegou a 1,5% do PIB.
O excedente cairia a pique no ano seguinte, em que as autoridades internacionais deixaram o país, com o saldo de conta corrente a chegar a 0,1% do PIB. Foi aí que o FMI começou a alertar, a cada relatório sobre Portugal, para o facto de o excedente externo da economia não se prever duradouro, porque tinha sido alcançado mais à conta de uma diminuição abrupta das importações – fruto da quebra no consumo e investimento -, do que pelo aumento das exportações.
O tema deu pano para mangas e até o Banco de Portugal contrariou a tese, notando que Portugal ganhou quota de mercado significativa nos últimos anos, que lhe permitiria manter o excedente comercial e, por essa via, o excedente externo.
Agora, segundo o FMI, depois de uma ligeira subida para 0,4% do PIB no ano passado, o saldo da balança corrente será nulo este ano, caindo para -0,7% do PIB em 2017. Um regresso aos défices que, segundo o FMI, terá vindo para ficar: para 2021, a previsão é de um défice de 1,6% do PIB.
LUSA
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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