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INTERNACIONAL

ONDAS DE CALOR MAIS FREQUENTES E MAIS INTENSAS PELO MENOS ATÉ 2060 – OMM

Ondas de calor como a que afeta a Europa ocidental, e que atingiu Portugal na semana passada, serão cada vez mais frequentes e intensas pelo menos até 2060, advertiu esta terça-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

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Ondas de calor como a que afeta a Europa ocidental, e que atingiu Portugal na semana passada, serão cada vez mais frequentes e intensas pelo menos até 2060, advertiu esta terça-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Em conferência de imprensa, o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, disse que este tipo de ondas de calor “serão normais e, inclusive, mais fortes“.

De acordo com Taalas, “a maior frequência destas tendências negativas continuará pelo menos até 2060, independentemente do sucesso ou não na mitigação das alterações climáticas“.

A atual onda de calor na Europa ocidental refletiu-se em vários países, nomeadamente no Reino Unido, onde a temperatura máxima superou esta terça-feira os 40ºC, um valor nunca antes alcançado desde que há registos sistematizados, e em França, que bateu vários recordes de temperatura. Em Espanha e em Itália, o calor extremo levou à propagação de incêndios florestais.

Em Portugal, que viveu na semana passada a segunda onda de calor do ano, depois da de maio, os termómetros registaram na quarta-feira 46,3ºC na Lousã, o sítio mais quente do país nesse dia.

Na quarta-feira, o dia mais quente de 2022, em que deflagraram vários incêndios florestais, mais de 50 estações meteorológicas assinalaram temperaturas máximas entre os 40ºC e os 45ºC.

Em declarações à Lusa, o investigador Pedro Matos Soares, especialista em física da atmosfera, disse, com base em modelizações, que Portugal poderá vir a ter, no cenário mais grave, oito a dez ondas de calor anuais nos últimos 30 anos do século XXI.

A Direção-Geral da Saúde atribuiu às temperaturas extremas verificadas no continente o excesso de mortalidade entre 7 e 18 de julho, o correspondente a 1.063 óbitos.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, os primeiros 17 dias de julho foram os mais quentes deste século, com uma temperatura média do ar de 25,7ºC, sendo que, neste período, o valor mais elevado da temperatura máxima do ar, 47°C, ocorreu na estação meteorológica do Pinhão e é um novo extremo em Portugal continental para o mês de julho.

INTERNACIONAL

INVESTIGAÇÃO SUECA DESCARTA SABOTAGEM AOS CABOS SUBMARINOS

O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

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O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

“Foi estabelecido que uma combinação de condições climatéricas, falhas de equipamento e erros de navegação contribuíram” para os danos, afirmou Mats Ljungqvist em comunicado.

A Suécia tinha abordado um navio búlgaro, o “Vezhen”, no âmbito da investigação de “sabotagem agravada”.

O diretor executivo da empresa de navegação búlgara NaviBulgar negou qualquer irregularidade.

“A investigação mostra agora claramente que não se tratou de sabotagem”, graças ‘aos interrogatórios, às apreensões efetuadas e analisadas e aos exames do local do incidente’, acrescentou Ljungqvist.

O navio apreendido foi, no entanto, a causa dos danos no cabo, segundo o procurador. A investigação prossegue para determinar se foram cometidas outras infrações relacionadas com este incidente.

Na madrugada de 26 de janeiro, foi danificado um cabo de fibra ótica pertencente ao Centro Nacional de Rádio e Televisão da Letónia (LVRTC), que liga a ilha sueca de Gotland à cidade letã de Ventspils.

O LVRTC afirmou que as avaliações preliminares sugeriam “fatores externos”.

Num contexto de vigilância reforçada face às ameaças de “guerra híbrida”, a Noruega abordou brevemente, entre quinta e sexta-feira, um navio norueguês com tripulação russa por suspeita de envolvimento nos danos, antes de o deixar regressar ao mar por falta de provas.

Vários cabos submarinos foram danificados ou quebrados nos últimos meses no Mar Báltico.

Em resposta à natureza repetida destes acontecimentos, a organização do Tratyado do Atlântico Norte (NATO) anunciou em janeiro o lançamento de uma missão de patrulha para proteger esta infraestrutura submarina sensível.

Aeronaves, navios e ‘drones’ estão agora a ser destacados de forma mais frequente e regular para o Mar Báltico, no âmbito de uma nova operação designada “Baltic Sentinel” (“Sentinela do Báltico”).

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INTERNACIONAL

WHATSAPP DENUNCIA CIBERESPIONAGEM A JORNALISTAS COM “SOFTWARE” ISRAELITA

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

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Imagem ilustrativa gerada por AI.

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

O WhatsApp (que pertence à empresa norte-americana Meta) disse que a campanha usou ‘spyware’ da empresa israelita Paragon Solutions e teve como alvo cerca de 90 jornalistas e ativistas de 20 países, a maioria da Europa.

Os alvos foram notificados e a operação foi interrompida em dezembro de 2024, segundo noticiou a NBC News.

O WhatsApp disse que a Paragon usou um ‘vetor’ — um método de acesso ilegal a uma rede, possivelmente através de grupos de conversação e do envio de um ficheiro malicioso — mas não sabe quem perpetrou o ataque.

O WhatsApp, que não respondeu às perguntas da agência de notícias EFE sobre o ataque e a nacionalidade dos afetados, enviou uma carta à Paragon a pedir que cesse as suas atividades e não descartou ações legais, segundo a edição norte-americana do The Guardian.

O jornalista italiano Francesco Cancellato, que conduz o jornal ‘online’ de investigação Fanpage, disse na sexta-feira que foi notificado pelo WhatsApp como uma das vítimas da campanha de ciberespionagem.

“As nossas investigações indicam que pode ter recebido um ficheiro malicioso via WhatsApp e que o ‘spyware’ pode ter levado a que acedessem aos seus dados, incluindo mensagens guardadas no dispositivo”, refere a notificação da rede social.

A Paragon é a criadora do programa de espionagem Graphite, tem como clientes agências governamentais e foi recentemente adquirida pelo grupo de investimento norte-americano AE Industrial Partners.

Segundo o seu ‘site’, a Paragon define-se como uma empresa de ciberdefesa e oferece soluções “baseadas na ética” para “localizar e analisar dados digitais”, formar trabalhadores digitais ou “mitigar ameaças”.

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