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NACIONAL

SÓ 15 MIL “PRECÁRIOS” PEDIRAM REGULARIZAÇÃO

O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) mostrou-se hoje preocupado por apenas 15 mil trabalhadores precários do Estado terem pedido a regularização da sua situação, abaixo dos 100 mil estimados pelo Governo.

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O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) mostrou-se hoje preocupado por apenas 15 mil trabalhadores precários do Estado terem pedido a regularização da sua situação, abaixo dos 100 mil estimados pelo Governo.

A informação foi dada aos jornalistas pelo dirigente da federação sindical afeta à UGT, após reunião no Ministério das Finanças com a secretária de Estado da Administração Pública, Carolina Ferra, e o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, em que a FESAP e os governantes falaram sobre o que deve constar do decreto-lei da regularização dos precários do Estado.

“Dissemos da nossa preocupação pelo número baixo de requerimentos que entraram, serão cerca de 15 mil, e temos alguma dificuldade em perceber ao que se deve”, disse José Abraão, adiantando que uma das justificações para a discrepância face aos 100 mil precários do levantamento feito pelo Governo se deverá ao que foi considerou vínculos que entretanto foram excluídos da possível regularização.

Em causa estão contratos emprego-inserção (para os desempregados), bolseiros (dependendo das funções) e contratos de prestação de serviços(recibos verdes)e ainda estágios remunerados que não estarão abrangidos por este processo.

O coordenador da FESAP afirmou que, mesmo assim, espera que até final de junho mais trabalhadores façam chegar os seus requerimentos. Depois disso, no mês de julho, serão os dirigentes dos serviços públicos que darão a indicação dos trabalhadores precários que consideram que deveriam ter um contrato permanente de trabalho com o Estado.

José Abraão afirmou esperar que, no final de julho, haja cerca de 40 a 50 mil trabalhadores com indicação para terem um contrato permanente com o Estado.

Quanto aos 15 mil que até agora apresentaram os seus requerimentos, cerca de 5.000 são profissionais de saúde (enfermeiros, auxiliares e técnicos) e 4.000 da educação (excluindo professores, que têm um processo autónomo), sendo também fortes os pedidos vindos dos Ministérios do Trabalho e Segurança Social e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

A FESAP aguarda que, na próxima reunião nas Finanças, dia 19 de junho, o Governo já apresente um esboço do diploma da regularização dos precários, tendo os secretários de Estado afirmando que esse deverá ser muito semelhante ao 81-A que, em 1997, integrou 35 mil precários no estado por concurso e tribunais arbitrais.

“Um concurso simplificado poderá ser [agora] a forma de resolver este problema”, afirmou o dirigente da FESAP.

Questionado se ficaria satisfeito se com esta regularização se atingisse um valor semelhante há 20 anos, José Abraão disse que isso “depende do que o Governo quiser resolver” quanto a precários.

O processo de integração dos precários que preencham os requisitos do PREVPAP deverá iniciar-se no final de outubro e decorrerá até ao final de 2018.

Desde 11 de maio que os trabalhadores na administração pública e no setor empresarial do Estado podem pedir a análise da sua situação laboral, para que, caso se conclua que estão a suprimir necessidades permanentes, possam entrar nos quadros.

Este processo de regularização dos precários está a ser acompanhado por comissões de avaliação bipartida (uma em cada ministério) com representantes dos ministros das Finanças e do Trabalho, outro do dirigente do serviço e ainda dos três sindicatos da Função Pública.

De fora deste processo de regularização de precários ficam os professores, por estarem abrangidos por um concurso de vinculação próprio, e os trabalhadores da administração local, que o Governo indicou que terá um processo autónomo, mas há zonas-cinzentas, como trabalhadores de escolas públicas cuja responsabilidade de gestão é das autarquias.

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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