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ECONOMIA & FINANÇAS

DETECTADAS IRREGULARIDADES EM APOIOS COMUNITÁRIOS

O Tribunal de Contas (TdC) detetou várias irregularidades na execução, gestão e controlo dos apoios comunitários concedidos no âmbito da Iniciativa Emprego Jovem (IEJ) entre 2014 e 2016 ao IEFP e à AICEP, revela uma auditoria publicada hoje.

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O Tribunal de Contas (TdC) detetou várias irregularidades na execução, gestão e controlo dos apoios comunitários concedidos no âmbito da Iniciativa Emprego Jovem (IEJ) entre 2014 e 2016 ao IEFP e à AICEP, revela uma auditoria publicada hoje.

A IEJ integra uma parte das medidas previstas no âmbito da Garantia Jovem e constitui o Eixo 2 do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE), com financiamento público previsto de cerca de 350 milhões de euros, lembra o tribunal.

A medida destina-se às regiões com uma taxa de desemprego jovem igual ou superior a 25% e visa aumentar a qualificação e integração no mercado de trabalho dos NEET, ou seja, jovens que não trabalham, não estudam, nem seguem uma formação.

O TdC começa por sublinhar que o cargo de “Curador do Beneficiário”, criado com o objectivo de receber e apreciar as queixas dos beneficiários, está vago desde fevereiro de 2016, mantendo-se a estrutura de apoio técnico com dois elementos “sem condições para exercer a sua missão, por ausência do titular do órgão”.

“Face à sua inoperacionalidade, a manutenção da estrutura de apoio técnico com os custos inerentes, na ordem de milhares de euros, revela má gestão dos dinheiros públicos”, afirma a instituição presidida por Vítor Caldeira.

Sobre o “Curador do Beneficiário, o TdC recomenda ao ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, que tem a tutela dos fundos comunitários, que reveja o modelo de governação instituído para o Portugal 2020 ou que proceda à nomeação do titular do cargo.

O tribunal refere ainda atrasos na implementação do programa e ausência de regulamentos, adiantando que “apenas se verificou o lançamento de 18 concursos para apresentação de candidaturas no âmbito da IEJ, 16 em 2015 e 2 em 2017”.

No final de 2016 “existiam 349 candidaturas aprovadas para 15 das 16 tipologias do Eixo 2, abrangendo 293 beneficiários”, lê-se no relatório.

Segundo o TdC, a maioria dos concursos para apresentação de candidaturas dirigiam-se a apenas uma entidade beneficiária dos apoios “configurando, assim, tratar-se de convites específicos às entidades em causa e não de concursos”.

As operações em execução envolveram 29.376 jovens NEET, em estágios profissionais, e 13.799, em apoios à contratação, representando, respetivamente, 68% e 42%, das metas definidas para 2018.

Já o montante da despesa validada até dezembro de 2016 foi de 176,3 milhões de euros “reportando-se a 3 das 10 tipologias com operações contratualizadas”, avança ainda o documento, segundo o qual os pagamentos do Fundo Social Europeu (FSE) e a dotação específica IEJ totalizaram 217,3 milhões “devido aos adiantamentos aos beneficiários”.

“Registou-se uma situação de ‘overbooking’ em virtude do valor aprovado (FSE/IEJ) exceder em cerca de 19,6 milhões de euros o valor programado (mais 6,1%)”, acrescenta o tribunal.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) é o beneficiário com maior peso nos apoios, com 77,3% da despesa pública aprovada, sendo que as operações dos “Estágios Iniciativa Emprego Jovem”, representam mais de metade do total dos gastos (54,2%).

“Todos os estágios analisados terminaram antes da submissão da candidatura, com a exceção de um que terminou 14 dias depois, o que inviabilizou a possibilidade de as entidades competentes […] procederem à verificação da sua realização no local”, lê-se no documento.

Apenas o IEFP poderia ter realizado esse controlo, “mas sendo simultaneamente beneficiário dos apoios, não fica totalmente garantida a necessária imparcialidade”, considera a instituição liderada por Vítor Caldeira.

Outra situação “pouco comum”, diz o TdC, verificou-se em julho de 2017, um ano e meio após o encerramento físico da operação, quando o IEFP apresentou um pedido de alteração que levou à redução do número de participantes e ao aumento do financiamento.

A utilização da dotação específica do orçamento da União Europeia para a IEJ pelo IEFP não demonstra, por si só “que existiu um acréscimo do volume de financiamento disponível para um maior número de estágios destinados aos NEET”.

O tribunal recomenda ao IEFP que assegure que os sistemas de informação de apoio à gestão contenham “a evidência necessária de todo o processo até ao pagamento ao destinatário final”.

Também os estágios INOV Contacto, apoiados pela Agência para o Investimento e Comércio Externo (AICEP), revelaram irregularidades, pois “já existiam em anteriores quadros comunitários, apresentando-se, assim, como uma continuidade e não como um apoio complementar ao já existente, como se pretendia com essa dotação específica do orçamento europeu”.

“A operação analisada da responsabilidade da AICEP, ao ter sido enquadrada no Eixo 2 do POISE, coloca várias questões de difícil compatibilização com este eixo, designadamente quanto ao cofinanciamento de despesas com natureza de suporte e assistência técnica e ao público-alvo do programa”, sublinha o tribunal.

Nesse sentido, o TdC recomenda à Autoridade de Gestão do POISE que pondere o enquadramento e financiamento das despesas da AICEP no âmbito da gestão e controlo do INOV Contacto.

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CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.

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Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.

Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.

Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.

“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.

Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.

Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.

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RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL

A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.

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A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.

Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.

Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.

Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.

Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.

No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.

Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.

No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.

No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.

Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.

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