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PORTO: HÁ UM ‘SISTEMA’ QUE MONITORIZA QUASE 400 MIL AUTOMÓVEIS

O Centro de Gestão Integrada do Porto “continua à espera” da decisão judicial para poder investir cerca de 10 milhões de euros no sistema de gestão de mobilidade, que monitoriza diariamente quase 400 mil veículos devido ao turismo.

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O Centro de Gestão Integrada do Porto “continua à espera” da decisão judicial para poder investir cerca de 10 milhões de euros no sistema de gestão de mobilidade, que monitoriza diariamente quase 400 mil veículos devido ao turismo.

Em entrevista à agência Lusa, o diretor municipal de mobilidade e transportes da Câmara do Porto, entidade responsável pelo Centro de Gestão Integrada (CGI), Manuel Paulo Teixeira, afirmou hoje que um dos “grandes desafios”, no que ao controlo de tráfego da cidade do Porto diz respeito, se prende com “a logística urbana”.

“O turismo trouxe mais peões e outros modos de transporte. Hoje há mais autocarros turísticos, mais veículos de passeio (‘tuck tuck’), táxis e veículos de transporte de pessoas. E, associado ao turismo e ao crescimento da cidade, existe uma maior atividade económica, portanto, mais veículos a entrarem e saírem para fazerem entregas”, afirmou.

Na cidade do Porto entram e saem diariamente cerca de 350 mil veículos, aos quais acrescem 40 mil dos que “cá residem”, contudo, Manuel Paulo Teixeira afirmou que o sistema de gestão e regulação do tráfego “permanece obsoleto”.

“Hoje temos 300 instalações luminosas (controladores de semáforos), das quais apenas 60 conseguimos controlar remotamente e 149 câmaras de vídeo. No entanto, o cérebro central destes semáforos ainda é o mesmo sistema dos anos 80 e essa é a nossa maior dificuldade”, referiu o responsável.

Segundo o diretor municipal de mobilidade, apesar de “alguma parte” da rede comunicações já ser suportada por fibra ótica, a “maioria” permanece suportada por cobre, material que, por sua vez, é mais “sensível” a trovoadas e descargas elétricas.

“Conseguimos controlar 60 instalações diretamente, mas das restantes 240 apenas conseguimos obter alguma informação do que está a acontecer, muitas das vezes não sabemos qual é a avaria, daí o nosso sistema de câmaras ser importante, porque ajuda a perceber se o semáforo está completamente avariado ou se ficou intermitente”, explicou.

Apesar das câmaras de videovigilância ajudarem a perceber remotamente o que aconteceu ao equipamento, nenhum elemento do CGI consegue “resolver o problema”, uma vez que na maioria dos casos é necessária “intervenção humana”.

À Lusa, Manuel Paulo Teixeira admitiu ainda que, em determinadas situações de avaria no sistema, os operadores do CGI têm de recorrer “ao ‘eBay’ para adquirir o material necessário” para a reparação do equipamento, uma vez que o material está “descontinuado no mercado”.

“É um bocado caricato, mas é assim”, sublinhou, lembrando ainda que as avarias no sistema de regulação do tráfego põem em causa “situações de risco e de salvaguarda da segurança das pessoas”.

No final de 2016, a Câmara Municipal do Porto lançou um concurso público internacional para substituir todo o equipamento por um “sistema geral que integrasse a componente de semáforos e a rede de comunicações” num investimento de cerca de 10 milhões de euros.

Contudo, após a adjudicação, o segundo concorrente do concurso público internacional impugnou a decisão e em março de 2019, o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto proferiu sentença que impossibilitou o município de dar continuidade ao contrato.

Desde então, decorre o processo judicial, sendo que “desde março se aguarda um desfecho” e os 10 milhões de euros estão cativos no orçamento do município.

“A cidade não pode aguardar (…) esta é uma necessidade absoluta, uma vez que o novo sistema ia ser muito mais resistente a alterações climatéricas e intempéries”, concluiu Manuel Paulo Teixeira.

O Centro de Gestão Integrada está, desde 2016, em funcionamento no quartel do Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto e congrega no mesmo espaço operadores da direção de mobilidade e transporte, bombeiros, Polícia Municipal, Proteção Civil, PSP e a empresa municipal do ambiente.

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AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

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O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.

Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.

O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.

Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.

Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.

Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.

Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.

“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.

O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.

Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.

No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.

Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.

Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.

Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.

“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.

Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.

“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.

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MATOSINHOS: QUARTAS-FEIRAS SÃO DIAS DO “COMBOIO DE BICICLETAS”

As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

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As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

Eram perto das 09:00 quando, já próximo da Escola Básica da Ermida, em São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, se avistou a chegada de um comboio, não de um comboio sobre carris e movido a eletricidade, mas um comboio de 27 crianças de bicicletas acompanhadas de maquinistas, igualmente de bicicletas, que têm como função não verificar se os passageiros têm bilhete, porque é gratuito, mas se chegam à escola em segurança.

O comboio de bicicletas, projeto que está a ser implementado em Matosinhos, tem, à semelhança dos comboios tradicionais hora de saída e chegada, assim como alguns atrasos, e paragens.

Para o apanhar não é preciso ser portador de qualquer bilhete, mas sim ser criança, frequentar as escolas do concelho, ter bicicleta e capacete e, às quartas-feiras, estar na paragem indicada para não perder o comboio e, assim, chegar quando soar o toque de entrada.

Os alunos chegaram a horas, em segurança, divertidos, muito contentes e sob o olhar curioso e atento dos colegas que, já no interior da escola e encostados aos gradeamentos, atiravam um “yeah” ou um simples olá.

“Andar de bicicleta é muito fixe, gosto muito”, confessou à Lusa Leonardo Cavalcante, de 6 anos, que, juntamente com o irmão, apanhou o comboio por volta das 08:05 no qual percorreu cerca de quatro quilómetros até chegar ao destino onde estava a avó com a mochila, porque vir com ela “era pesado”.

A mãe, Laura Cavalcante, que acha este comboio uma excelente iniciativa, afirmou que andar de bicicleta é algo que toda a gente deveria fazer, porque é um excelente meio de transporte, uma boa alternativa ao carro e ótimo para o ambiente.

Com três filhos, dois dos quais já utilizadores deste comboio, Laura Cavalcante, que anda de bicicleta desde os tempos de faculdade, quer que os filhos entendam que a bicicleta é um meio de transporte e tem muitas vantagens.

E que o diga Alice Ribeiro, de 9 anos, que disse que os “carros causam poluição”, por isso, sempre que puder, vai apanhar o comboio de bicicletas.

E acrescentou: “É muito fixe e não é muito perigoso, temos só de ter cuidado a andar”.

E, por falar em cuidados, o colega, João Teixeira, também com 9 anos, enumerou-os todos: usar capacete, parar nos semáforos, não passar à frente do maquinista e dar espaço a quem vai à frente.

E, se cumprirem estes requisitos, chegam em segurança e ajudam o ambiente, comentou.

“As portas das escolas são, provavelmente nas horas de ponta, os sítios mais poluídos das cidades, devido à grande concentração de carros”, afirmou João Araújo, impulsionador deste projeto em Matosinhos e pai de um dos alunos utilizadores do comboio.

Além de ser bom para o ambiente, esta iniciativa é benéfica para as crianças, porque lhes dá autonomia, autoestima, responsabilidade e divertimento, salientou, reforçando que “é seguro pedalar até à escola”.

O percurso demora cerca de 25 a 30 minutos, tem perto de 10 paragens, as crianças têm seguro e os maquinistas são pais ou apaixonados pelas bicicletas, por isso, tem tudo para correr bem, sublinhou João Araújo.

Este comboio de bicicletas ainda está numa fase piloto, sendo objetivo da autarquia estendê-lo a todas as escolas do concelho, referiu o vice-presidente e responsável pelo pelouro da mobilidade, Carlos Mouta.

“Estamos a falar de crianças muito pequeninas, do primeiro ciclo, e a ideia é que elas depois transportem isto para o secundário e mantenham este hábito de usar a bicicleta como meio de transporte”, concluiu.

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