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CCPJ ABRE INQUÉRITO A ALEXANDRA BORGES E SÉRGIO FIGUEIREDO – IURD

A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) abriu um processo disciplinar à jornalista Alexandra Borges e ao diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo, por causa da reportagem “O Segredo dos Deuses”, segundo duas notificações enviadas pelo organismo.

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A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) abriu um processo disciplinar à jornalista Alexandra Borges e ao diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo, por causa da reportagem “O Segredo dos Deuses”, segundo duas notificações enviadas pelo organismo.

Os documentos, a que a agência Lusa teve acesso, têm data de 08 de novembro, sendo que os visados tinham um prazo de dez dias para se pronunciar.

Nas notificações, a CCPJ explica que, “na sequência de participação apresentada pela Igreja Universal do Reino de Deus [IURD], o Secretariado da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista procedeu ao visionamento dos episódios ou partes da reportagem intitulada ‘O Segredo dos Deuses’ nos canais TVI e TVI24, com início em 10 de dezembro de 2017 e término em 27 de abril de 2018 e com reportagens extra até 09 de julho de 2019”.

A CCPJ continua, afirmando que “sendo claro e evidente o caráter sensacionalista da referida reportagem e, de igual modo, contendo esta acusações sem provas e sem respeito pela presunção de inocência da ora participante e incluindo encenações de situações com o intuito de abusar da boa-fé do telespetador”, o secretariado deste órgão decidiu “pela abertura de procedimento disciplinar contra os jornalistas Alexandra Borges e Sérgio Figueiredo, por sérios indícios de violação dos deveres deontológicos” previstos no estatuto do jornalista.

A Lusa contactou a TVI e a IURD, que não quiseram comentar esta informação.

A CCPJ, igualmente questionada pela Lusa, disse apenas que “a matéria em causa está sujeita a sigilo, pelo que nada há a informar”.

No início de julho, a IURD adiantou que, “face às gravíssimas acusações de uma das mães biológicas, tornadas públicas pelo jornal Expresso” na edição de 29 de junho, iria “requerer formalmente junto do Sindicato dos Jornalistas, da Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas e da ERC que avaliem a idoneidade profissional da direção editorial da TVI, bem como da jornalista responsável pelos programas ‘O Segredo dos Deuses'”.

No dia 16 de julho, de acordo com fonte oficial da IURD, deram entrada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), no Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas e na CCPJ queixas contra Sérgio Figueiredo e Alexandra Borges.

No processo que entrou na ERC, a participação também visa a TVI.

Fonte oficial da IURD disse ainda à Lusa que em 2018 tinha entrado com um processo cível contra Alexandra Borges, no qual a instituição pede uma indemnização no valor de cinco milhões de euros.

Em entrevista à Lusa, em 03 de julho, o diretor de informação da TVI tinha adiantado que a IURD tinha colocado “mais de uma dezena de processos” contra a estação, mas que o canal de Queluz está de “consciência tranquila”.

“Estamos de consciência tranquila, se há investigação que está blindada com provas, testemunhos e elementos que recolhemos, quer testemunhais, quer documentais, é este”, garantiu, na altura, o diretor de informação da TVI.

A TVI exibiu em dezembro de 2017 uma série de reportagens denominadas “O Segredo dos Deuses”, na qual noticiou que a IURD esteve alegadamente relacionada com o rapto e tráfico de crianças nascidas em Portugal.

Os supostos crimes terão acontecido na década de 1990, com crianças levadas de um lar em Lisboa, que teria alimentado um esquema de adoções ilegais em benefício de famílias ligadas à IURD que moravam no Brasil e nos Estados Unidos.

No dia 18 de maio, fonte oficial da Procuradoria-Geral da República disse à Lusa que o Ministério Público arquivou o inquérito aberto para investigar uma alegada rede ilegal de adoção de crianças montada pela IURD, na década de 1990.

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RAMALHO EANES AFIRMA QUE PCP QUERIA ESTABELECER UM REGIME TOTALITÁRIO

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

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O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

Ramalho Eanes falava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma aula-debate sobre o 25 de Abril com alunos de escolas secundárias e universidades, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

A propósito dos antecedentes do 25 de Novembro de 1975, o general e primeiro Presidente eleito em democracia começou por referir que não queria “tecer considerações nenhumas sobre o PCP” e que teve “ótimas relações com Álvaro Cunhal”, um homem que “muito estimava” e “muito considerava”.

“Mas naquela altura o PCP, talvez acossado pela extrema-esquerda, preparava-se efetivamente para estabelecer em Portugal um regime totalitário”, afirmou, acrescentando: “Não tenho dúvidas”.

Citando Melo Antunes, Eanes sustentou que na altura era necessário “reinstitucionalizar o aparelho militar” para que se opusesse “a qualquer tentativa armada de conquista do poder”.

“Por razões diversas, e como as coisas se agudizavam, surgiu o Documento dos Nove, que o Conselho da Revolução todo praticamente subscreveu e que foi subscrito por milhares de oficiais. Isso demonstrou que a instituição militar estava muito mal, estava desinstitucionalizada, tinha de uma maneira geral perdido a sua fidelidade ao povo e à democracia e tinha criado fidelidades perversas em relação às filiações partidárias”, prosseguiu.

Em concreto sobre os acontecimentos de 25 de Novembro, Eanes disse que houve “uma ofensiva militar”, no seu entender “organizada levianamente pela extrema-esquerda, mas em que o PCP não podia ter deixado de intervir”, perante a qual ele e outros militares foram obrigados a agir.

“Tivemos essa ação, enfim, e repito que podia ter levado a uma guerra civil e que foi indispensável o 25 de Novembro. Repito: foi indispensável, para que as promessas de honra dos militares à população fossem realizadas”, defendeu.

Segundo Eanes, o desfecho do 25 de Novembro deveu-se aos “militares que se tinham mantido fieis à promessa de honra que tinham feito à população, que era devolver-lhes a liberdade, mas a liberdade sem condicionamentos” e que “resolveram, perante uma insurreição armada responder — bom, e a uma insurreição armada, naturalmente, só se responde com armas”.

“O 25 de Abril foi único, foi fundador. É ele que concede a liberdade aos portugueses. É ele que devemos festejar, comemorar e sobretudo refletir. Mas não devemos esquecer a perturbação natural que se seguiu, em que houve um combate de ideologias, de modelos de sociedade, em que houve um PREC que criou uma situação insustentável, uma situação de medo e uma situação que nos levou perto de uma guerra civil”, declarou.

Nesta aula-debate, Eanes relatou que estava em Angola e recebeu a notícia do 25 de Abril sem surpresa, porque “tinha participado nas diferentes reuniões que se tinham realizado para organizar uma resposta ao regime”, com “grande alegria” e “grande esperança”, porque “os portugueses iam ter a liberdade” e “finalmente, acabar-se-ia a guerra” colonial.

“Mas não tive dúvidas nenhumas de que a descolonização iria ser trágica, como foi. Aliás, eu digo isto com à vontade, com grande à vontade. Eu sei que muita gente vai contar que acha que a descolonização foi uma coisa maravilhosa. Não foi”, considerou.

Na sua opinião, foi trágica porque “deixou aqueles países, Angola e Moçambique, numa situação de guerra que durou anos e que destruiu tudo” e porque “fez regressar ao continente muitos angolanos”.

“Eles tinham nascido em Angola, eles eram angolanos, não conheciam outra pátria que não fosse aquela, não tinham outra terra que não fosse aquela, terra em que tinham os seus mortos, em que tinham tido nascido os seus filhos, e de repente são obrigados, perdendo tudo, a regressar a uma terra que tinha sido a dos seus antepassados, mas que eles não conheciam, que eles não amavam. São os retornados”, acrescentou.

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25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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