DESPORTO
BALANÇO 2018-2019: FUTEBOL CLUBE DO PORTO
O FC Porto chegou a sete pontos de vantagem sobre o Benfica à 15.ª jornada da I Liga de futebol, mas somou vários tropeções comprometedores, enquanto Bruno Lage conduziu os ‘encarnados’ a surpreendente desempenho imaculado.
O FC Porto chegou a sete pontos de vantagem sobre o Benfica à 15.ª jornada da I Liga de futebol, mas somou vários tropeções comprometedores, enquanto Bruno Lage conduziu os ‘encarnados’ a surpreendente desempenho imaculado.
O balanço da época dos ‘azuis e brancos’ não pode ser dissociada do substituto de Rui Vitória no grande rival, técnico oriundo da equipa B lisboeta que entrou em funções à 16.ª ronda, e que apenas perdeu pontos na receção ao Belenenses (2-2 na Luz), depois de vencer o jogo decisivo, por 2-1, em pleno Dragão, à 24.ª.
Ao contrário da esperança manifestada publicamente, Sérgio Conceição não viu o plantel do seu FC Porto campeão verdadeiramente reforçado: disse bem alto que vários elementos não tinham qualidade para o clube e dispensou-os antes mesmo da época começar, sinal de que não terão chegado por sua indicação.
Por seu lado, Aboubakar, goleador-mor da equipa campeã nacional, lesionou-se em setembro e ainda está a regressar, não tendo sido substituído e, assim, deixando o ataque à mingua de soluções.
Quando o clube, condicionado financeiramente por imposições da UEFA, apostou em qualidade indubitável, o brasileiro Éder Militão, saiu-lhe o ‘jackpot’, pois após investir 8,5 milhões de euros, vendeu-o meses depois por 50 ao Real Madrid, a mais alta transferência de um clube português.
Um ‘descuido’ caseiro à terceira jornada com o Vitória de Guimarães — a vencer por 2-0, permitiu a reviravolta ao conjunto do ex-dragão Luís Castro — e novo deslize na Luz à sétima (1-0), não abalaram Conceição, que no final do encontro garantiu que aquela seria a última derrota no campeonato.
O campeão arrancou para uma série de nove triunfos, a mais longa da época, também conseguida por ‘águias’ e ‘leões’, travada em Alvalade, com um 0-0 no fim da primeira volta, antes das amargas visitas ao Minho.
Em Guimarães, na 20.ª jornada, desperdício ofensivo resultou em 0-0, que fez diminuir o avanço para o Benfica para três pontos, uma semana antes de passar a um, com nova igualdade (1-1), em Moreira de Cónegos, com um ponto resgatado já nos descontos.
Foi com esse magro conforto que, três rondas depois, o FC Porto recebe um Benfica em crescente confiança, no momento da verdade entre candidatos: podia recuperar quatro pontos de conforto, deixar tudo na mesma ou ser ultrapassado, como viria a acontecer.
O improvável Adrián López adiantou os portuenses aos 18 minutos, contudo João Félix, aos 26, e Rafa Silva, aos 52, consumaram a reviravolta, não apenas no jogo, mas também nas contas do campeonato, e que se revelou definitiva.
O Benfica ainda tropeçou na ronda seguinte, 2-2 em casa com o Belenenses, mas seria o FC Porto a ceder, depois, em casa do Rio Ave, com 2-2 consentido nos descontos, que sentenciaria praticamente em definitivo a sorte da competição.
Os ‘dragões’ terminam a época com 85 pontos, enquanto na época passada celebraram o título com 88, marca que também lhes valeria o cetro, já que o Benfica fechou com 87.
LUSA
DESPORTO
PRIMEIRA LIGA: SPORTING PODE SER CAMPEÃO JÁ NESTE DOMINGO
Se o Benfica perder sábado com o Sporting de Braga, o Sporting terá domingo a oportunidade inédita de festejar um título no reduto de um rival, caso vença o FC Porto, na 31.ª jornada da I Liga de futebol.
Se o Benfica perder sábado com o Sporting de Braga, o Sporting terá domingo a oportunidade inédita de festejar um título no reduto de um rival, caso vença o FC Porto, na 31.ª jornada da I Liga de futebol.
No Estádio José Alvalade, os ‘leões’ já assistiram a celebrações do Benfica, em 1975, e, duas décadas depois, do FC Porto, em 1995 e 1999, dispondo agora da chance de se ‘vingarem’ de um dos maiores adversários no futebol luso, apesar de os ‘azuis e brancos’ estarem já arredados da luta pelo título esta época.
As ‘desfeitas’ em casa de rivais começaram em 1974/75, quando, na penúltima ronda, o Benfica chegou a Alvalade a precisar de apenas um empate para ganhar a corrida ao FC Porto na luta pelo título, algo que viria a conseguir, ao impor uma igualdade 1-1: Fraguito marcou aos 30 minutos e Diamantino respondeu para os ‘encarnados’ aos 52.
Entretanto passaram-se duas décadas e a hegemonia dos ‘dragões’ no pós-25 de Abril traduziu-se em duas celebrações em Alvalade, nas épocas que iniciaram e terminaram o seu ‘penta’, único em Portugal até hoje, entre 1994 e 1999.
Primeiro, à 31.ª jornada, sob a batuta do treinador inglês Bobby Robson, que tinha sido despedido de Alvalade a meio da época anterior, Domingos, aos 58 minutos, resolveu de penálti no triunfo por 1-0 precisamente no recinto do seu concorrente direto para vencer o campeonato, que os ‘dragões’ concluíram com sete pontos de vantagem, na última temporada em que cada vitória valia dois pontos.
Em 1999, o FC Porto já subiu ao relvado campeão, já que o Boavista, com quem lutava pelo primeiro lugar, havia empatado e assim oferecido o título no ‘sofá’: Zahovic empatou aos 85 minutos, após o tento inaugural de Pedro Barbosa, aos 46, à 33.ª jornada de uma prova em que os ‘axadrezados’ ficaram na segunda posição, a oito pontos dos ‘azuis e brancos’, enquanto o Sporting foi quarto, a distantes 16 pontos do campeão.
Na viragem do milénio, novamente o FC Porto festejou em casa alheia, agora na do maior rival, o Benfica, em 2011 e em 2022, em ambos os casos em festa selada com triunfos no Estádio da Luz.
No primeiro caso, André Villas-Boas, agora candidato à presidência do FC Porto, no ato eleitoral de sábado, era o treinador portista que enfrentava o Benfica, de Jorge Jesus, a quem venceu por 2-1, no desafio que ficou celebrizado pelo desligar das luzes e a ligação do sistema de rega em plenas festividades da formação da Invicta.
O colombiano Guarín inaugurou o marcador aos nove minutos, o argentino Saviola empatou aos 17, de penálti, a mesma forma como o brasileiro Hulk devolveu o comando, definitivo, aos dragões, campeões com 21 pontos de avanço (84-63) sobre os ‘encarnados’.
Mais recentemente, na temporada de 2021/22, o encontro da 33.ª e penúltima jornada ficou decidido já nos descontos, aos 90+4 minutos, em contra-ataque finalizado por um herói improvável, o lateral nigeriano Zaidu (1-0). O FC Porto, de Sérgio Conceição, foi campeão com 91 pontos, mais seis do que o Sporting, segundo, enquanto o Benfica fecharia o pódio, com 74.
Agora, com 12 pontos ainda em disputa, o Sporting comanda com 80, mais sete do que o Benfica. Se o Sporting de Braga vencer as ‘águias’ na Luz, o conjunto de Rúben Amorim passa a depender apenas de si para começar a comemorar o seu 20.º cetro no dia seguinte, em pleno Estádio do Dragão, tendo, para isso, de vencer o rival portista.
O Sporting de Braga até veria essa celebração com bons olhos, sinal de que teria ganho na Luz e que os ‘leões’ teriam batido os ‘dragões’, numa altura que o conjunto minhoto está em igualdade com o FC Porto e ambos lutam pelo terceiro posto da I Liga, ambos já a distantes 18 pontos do Sporting.
A formação de Alvalade viaja para o Porto com a tranquilidade do avanço confortável e a motivação de oito triunfos consecutivos, ante o FC Porto com pior registo na era-Sérgio Conceição.
DESPORTO
FPF: CONSELHO DE DISCIPLINA ABRE PROCESSO DISCIPLINAR JOGO “CHAVES X ESTORIL”
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) abriu hoje um processo disciplinar, de caráter urgente, aos incidentes no jogo entre o Desportivo de Chaves e o Estoril Praia, da 30.ª jornada da I Liga.
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) abriu hoje um processo disciplinar, de caráter urgente, aos incidentes no jogo entre o Desportivo de Chaves e o Estoril Praia, da 30.ª jornada da I Liga.
“Instauração de processo disciplinar, com atribuição de natureza urgente, à Grupo Desportivo de Chaves — Futebol SAD, a Pedro Miguel da Costa Álvaro, a Marcelo Henrique Passos Carné, a Nuno Miguel Pereira Diogo, a André das Neves Paquete de Oliveira, a Tiago Filipe Alves Araújo, a Vasco César Freire de Seabra e a António Baptista Nobre, por deliberação da Secção Profissional”, refere o CD da FPF em comunicado.
Segundo o documento, a abertura deste processo acontece devido à “factualidade constante dos relatórios oficiais de jogo e a participação apresentada pela Estoril Praia Futebol SAD”.
“O processo foi enviado, dia 24 de abril de 2024, à Comissão de Instrutores da Liga Portugal, ficando excluída a publicidade até ao fim da instrução”, acrescenta o órgão disciplinar.
No jogo referente à 30.ª jornada da I Liga, disputado no domingo em Chaves, uma invasão de campo quando decorria o período de descontos resultou em desacatos e agressões entre adeptos flavienses e jogadores do Estoril Praia, com o guarda-redes Marcelo Carné e o defesa Pedro Álvaro a serem expulsos com cartão vermelho direto.
Após uma paragem de cerca de 20 minutos, o jogo foi retomado, com a equipa da casa a chegar ao 2-2 com um golo aos 90+20 minutos, por intermédio de Morim, quando o avançado João Carlos defendia a baliza do Estoril Praia, devido à expulsão do guarda-redes e numa altura em que o emblema ‘canarinho’ já tinha esgotado as substituições.
A equipa da casa marcou primeiro, por intermédio de João Correia, aos 32 minutos, mas os estorilistas conseguiram a reviravolta, com golos de Basso (58) e Fabrício (71), cedendo o empate depois do reinício do encontro.
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