ECONOMIA & FINANÇAS
BREXIT JÁ TIROU 56 MIL TURISTAS A PORTUGAL
Os hotéis algarvios estão, este ano, um pouco menos cheios no arranque do verão e a culpa é da queda da libra. A queda de 15% no valor da libra depois de Londres ter decidido sair da União Europeia está a afastar os britânicos do Algarve.
Os hotéis algarvios estão, este ano, um pouco menos cheios no arranque do verão e a culpa é da queda da libra. A queda de 15% no valor da libra depois de Londres ter decidido sair da União Europeia está a afastar os britânicos do Algarve. Só em julho, os hotéis registaram menos 56 mil turistas ingleses do que um ano antes, o que já faz soar as campainhas nos hoteleiros. A preocupação com o impacto do brexit só não é maior porque, em época alta e com a crise na Turquia, Egito e Tunísia, há outros estrangeiros a escolher Portugal para fazer férias. Há, por exemplo, mais alemães, o que permitiu manter a taxa de ocupação média dos hotéis pouco abaixo do ano passado.
“A quebra no número de ingleses é um sinal que deve preocupar todos. O mercado britânico não é um mercado qualquer, é o nosso principal fornecedor”, disse ao DN/Dinheiro Vivo Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), apelando à construção de uma estratégia organizada que permita evitar que o turismo no Algarve e o país saiam a perder com o brexit.
Os números ainda são provisórios, mas o inquérito feito pela AHETA junto dos hoteleiros mostra que em Julho estavam hospedados no Algarve 270 mil ingleses, menos 17,3% do que um ano antes. Isto é: em Julho de 2016 contavam-se cerca de 326 mil britânicos; agora são menos 56,4 mil. Destes, 140 mil escolheram hotéis para passar as suas férias e outros 130 mil ficaram hospedados em residências.
“Sentimos que o número de ingleses começou a cair em maio e move tanta gente que precisamos de colocar muitos mercados a crescer para compensar esta redução”, alerta Elidérico Viegas. Os números batem certo com os dados oficiais do Reino Unido: em maio, houve uma redução de 4,6% no número de britânicos a viajar para o exterior, que tenderá a agravar-se com a descida da libra.
“Infelizmente” os números do arranque do verão não surpreenderam o “patrão” dos hoteleiros algarvios – assim que o brexit foi anunciado antecipou que o embate na economia nacional iria acontecer oito meses depois. “É o que dizem os livros de economia e o que a realidade está a confirmar”. “E não é previsível que a libra deixe de desvalorizar e que o brexit deixe de trazer efeitos negativos. Daqui a uns anos talvez possa melhorar.”
No conjunto dos primeiros sete meses do ano, o número de ingleses no Algarve também já está abaixo do que se verificava há um ano, com uma queda na ocupação hoteleira de 3,1%. As regiões mais afetadas são Vilamoura, Quarteira e a Quinta do Lago. Os hotéis de quatro e cinco estrelas são os que sentem o maior impacto.
“É uma quebra que está bem abaixo da desvalorização da libra e acredito que se possa manter sempre inferior. Quer dizer, não acredito que a redução possa ser de 15%, o que dentro do mau significa que para nós poderá ser menos mau.”
A associação dos hoteleiros do Algarve acredita que as entidades privadas devem tomar as rédeas da promoção para melhor aproveitar o crescimento do turismo. “Seria mais fácil compensar quebras através da captação de outros segmentos com maior poder de compra”, defende Elidérico Viegas, lembrando que as maiores subidas são de alemães, polacos, suíços, italianos, suecos, canadianos e belgas, “mercados muito conservadores e tradicionais e onde há um forte recurso a operadores turísticos”, o que torna acessível e mais simples o reforço da promoção do destino Algarve.
“Mas não há uma estratégia concertada. Neste momento estamos a beneficiar da crise em outros mercados, mas assim que a Turquia recuperar… é o mercado de férias tradicional dos alemães. Isto deve preocupar muito a nível nacional. Vejo demasiado otimismo”, adverte o hoteleiro.
Ana Margarida Pinheiro / DN
ECONOMIA & FINANÇAS
MEDIA CAPITAL: DEPOIS DE PREJUÍZOS VOLTA AOS LUCROS EM 2023
A Media Capital registou um lucro de 319 mil euros no ano passado, o que compara com prejuízos de 12,1 milhões de euros em 2022, divulgou hoje a dona da TVI.
A Media Capital registou um lucro de 319 mil euros no ano passado, o que compara com prejuízos de 12,1 milhões de euros em 2022, divulgou hoje a dona da TVI.
“No ano de 2023, o grupo Media Capital atingiu um resultado líquido positivo de 0,3 milhões de euros, representando uma franca recuperação face aos resultados negativos registados nos anos anteriores e em particular em 2022, de 12,1 milhões de euros”, refere a Media Capital, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“Corrigido do efeito das provisões, imparidades de direitos e reestruturações, o resultado líquido ajustado atingiu 1,5 milhões de euros, representando um aumento de 5,6 milhões de euros face a 2022”, lê-se no documento.
Os rendimentos operacionais da dona da TVI ascenderam a 150,9 milhões de euros no ano passado, “cerca de 1% acima do registado” em 2022, impulsionado “essencialmente pelo desempenho do segmento de produção audiovisual, no qual se verificou um acréscimo de 25%”.
Já os rendimentos de publicidade sofreram uma queda de 4% “para 98,7 milhões de euros, decorrente da redução registada no mercado publicitário na televisão de canal aberto”, enquanto se registou “um crescimento nos rendimentos de publicidade” nos canais pagos (‘pay-tv’), “que atingiram um crescimento de 30%, fruto também dos bons resultados de audiência”, lê-se no comunicado.
Os outros rendimentos operacionais subiram 11% para 522 milhões de euros, “resultado do desempenho no segmento de produção audiovisual e na venda de conteúdos”.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) consolidado ajustado de gastos líquidos com provisões e reestruturações atingiu 10,4 milhões de euros, mais 75% que um ano antes.
“Este crescimento é o reflexo do contributo positivo dado por todos os segmentos de negócio”, refere a Media Capital.
ECONOMIA & FINANÇAS
NÚMERO DE DESEMPREGADOS INSCRITOS SOBE 6% EM MARÇO PARA 324.616
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,9% em março face a fevereiro, mas subiu 6% em termos homólogos, totalizando 324.616, segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,9% em março face a fevereiro, mas subiu 6% em termos homólogos, totalizando 324.616, segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
No fim de março, estavam registados 324.616 desempregados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas, mais 18.459 (6,0%) do que no mesmo mês do ano anterior, mas menos 6.392 (-1,9%) em comparação com fevereiro, indica o IEFP.
Para o aumento homólogo global, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (19.204) nos centros de emprego, os que procuram um novo emprego (17.029) e os detentores do ensino secundário (16.365).
A nível regional, em março, com exceção dos Açores (-11,0%) e da Madeira (-20,3%), o desemprego aumentou em termos homólogos, com o valor mais acentuado na região do Algarve (+14,4).
Já face mês anterior, o IEFP indica que, com exceção da região de Lisboa e Vale do Tejo, “a tendência é de redução do desemprego com a maior variação a acontecer na região do Algarve (-18,5%)”.
Considerando os grupos profissionais dos desempregados registados no continente, o IEFP destaca os “trabalhadores não qualificados” (27,5%), os “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (20,3%), o “pessoal administrativo”(11,9%) e “especialistas das atividades intelectuais e científicas” (10,2%).
Relativamente ao mês homólogo, “observa-se um acréscimo no desemprego, na maioria dos grupos profissionais, com destaque para os “operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem” (+11,8%) e “trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” (9,7%).
O IEFP salienta, por sua vez, a redução do desemprego nos “agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, pesca e floresta” (-3,3%).
Ao longo do mês de março inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 44.387 desempregados, menos 7,8% em termos homólogos e uma redução de 8,3% face a fevereiro.
As ofertas de emprego recebidas ao longo do mês totalizaram 11.087 em todo o país, um número inferior ao do mês homólogo em 24,8% e superior face ao mês anterior em 22,2%.
As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo de março no continente, foram as “atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (24,1%), o “alojamento, restauração e similares” (18,7%), o “comércio por grosso e a retalho” (11,2%) e a “administração pública, educação, atividades de saúde e apoio social”(7,2%).
As colocações realizadas em março totalizaram 8.312 em todo o país, menos 8% face ao mesmo mês do ano passado e mais 23,4% em cadeia.
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