REGIÕES
TORRES VEDRAS: CARNAVAL REGRESSOU EM FORÇA AO CENTRO DA CIDADE
A animação voltou hoje a tomar conta de Torres Vedras, umas das ‘capitais’ do Carnaval português, em que vários grupos e foliões desfilaram no corso das festividades, entre música, bombos, cabeçudos, máscaras e serpentinas.

A animação voltou hoje a tomar conta de Torres Vedras, umas das ‘capitais’ do Carnaval português, em que vários grupos e foliões desfilaram no corso das festividades, entre música, bombos, cabeçudos, máscaras e serpentinas.
As festas de Carnaval estiveram interrompidas nos últimos dois anos por causa da pandemia de covid-19, mas o regresso das festas voltou a levar milhares de pessoas ao centro desta cidade do distrito de Lisboa.
Hoje decorreu o primeiro corso diurno do Carnaval local, com o desfile de carros alegóricos e grupos de mascarados, sempre ao som de música e de bombos. Um deles teve a força dos braços de Vítor Silva, que faz parte do grupo Torres Bombos, criado há menos de um ano.
“A música e o divertimento é o que nos move”, afirmou à Lusa Vítor Silva, que assiste, desde criança, às festividades, o que o leva a realçar: “Desde que nascemos, o Carnaval está no sangue”.
Ao longo da tarde, foram várias as voltas que Vítor deu em Torres Vedras, num chão coberto de serpentinas coloridas, enquanto no ar voavam coquetes, que são pequenos embrulhos de borracha triturada atirados entre os foliões espalhados pelas ruas e os que se encontravam nos carros alegóricos.
No total, circularam seis desses carros, carregados de sátira, desde o desporto ao ambiente, passando pela política local, nacional e internacional.
Num dos veículos, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, desafia a personagem do filme ‘Star Wars’ Darth Vader num jogo de xadrez, numa alusão à guerra na Ucrânia, enquanto noutro carro estão caricaturas de desportistas nacionais, como o nadador Diogo Ribeiro, o canoísta Fernando Pimenta e o judoca Jorge Fonseca, estando ainda o Zé Povinho rodeado de vários políticos portugueses que marcaram Portugal.
Outro dos carros é dedicado ao centenário do Carnaval no concelho, em que seguiram os atuais reis do Carnaval de Torres Vedras, assim como várias gerações vivas de antigos monarcas (sempre homens).
“Ver esta multidão é sempre especial”, afirmou Ricardo Rodrigues, que é ‘rainha’ do Carnaval há sete anos, enquanto para Fernando Martins, ‘monarca’ há cinco anos, ser rei é “um grande orgulho e uma grande alegria”.
No traje destas duas personagens míticas destacam-se duas peças: o rei transporta consigo, desde 1923, um corno, “um símbolo que dá a entender que a rainha pode não ser muito séria”, explicou Fernando, ao passo que a rainha usa um abanico, que Ricardo diz pretender “afastar o mau cheiro” e “a porcaria que os governos fazem”.
O abanico faz também parte do traje de um grupo desfilante no cortejo: as mulheres da associação carnavalesca SacÁdegas usam-no como “homenagem” à rainha”, referiu Filipa Sousa, que lidera o grupo que usa, no desfile, um traje taberneiro.
Esta associação carnavalesca é uma das seis registadas no concelho e que são uma presença regular nas festividades, embora o Carnaval de Torres Vedras esteja aberto a todos, como destaca um dos membros da organização à Lusa.
“O Carnaval é espontaneidade, mas nós costumamos dizer que somos a maior organização desorganizada do país”, destacou Rui Penetra, acrescentando: “Toda a gente pode ser parte interveniente, toda a gente faz parte do corso”.
Neste domingo, a organização contava ter cerca de 50 mil pessoas no corso diurno, mas os números esperados para os seis dias de festas são multiplicados por dez: “Estimamos que vamos ter cerca de 500 mil foliões durante os seis dias”, apontou Rui Penetra, que é presidente do conselho de administração da Promotorres.
O responsável contou ainda estarem envolvidos mais de 900 profissionais de segurança e de socorro ao longo dos seis dias de festividades.
Os foliões dão asas à imaginação e, entre os milhares de pessoas presentes no corso, encontravam-se matrafonas (homens que se mascaram de mulheres) e diversas máscaras, algumas até que pareciam ter saído de uma cozinha.
Como o mote do Carnaval de Torres Vedras é, este ano, o centenário das tradições locais, alguns dos 34 grupos de mascarados foram vestidos de fatias de bolo.
“Visto que é uma festa de aniversário, não pode faltar um bolo”, explicou Juliana Patrício, do grupo de mascarados de Orjariça e Catefica, e que tinha como coreografia, ao som de um sinal, juntarem-se para formar um bolo inteiro.
Todos os entrevistados pela agência Lusa são unânimes: já havia saudades e uma certa “ansiedade” para o regresso do Carnaval, tanto para moradores, como para visitantes.
Como gostaram da primeira vez em que foram, mascarados de saloios, a família Abreu encarnou hoje os irmãos Metralha, personagens do universo Disney que tentavam roubar os cofres do Tio Patinhas.
“Eu gosto das máscaras preparadas em casa, (…) acho muito divertido. Acho que é tipicamente português e gosto muito de ver as famílias inteiras mascaradas, até cães já vimos”, contou a mãe Sara, enquanto o pai Nuno e a filha Ana ironizam que foi difícil decidir o que vestir: foram “meses de planeamento”.
Inscrito no Património Cultural Imaterial Nacional, o Carnaval de Torres Vedras começou na sexta-feira, com o corso escolar e a entronização dos reis, e as festas terminam na quarta-feira, com o enterro do entrudo, mas, por se celebrarem os 100 anos, a Câmara Municipal preparou várias atividades ao longo do ano.

REGIÕES
MACEDO DE CAVALEIROS: ATAQUE DE TOURO CAUSA A MORTE DE UM IDOSO
Um homem de 86 anos morreu no hospital de Bragança depois de ter sido gravemente ferido por um touro, na segunda-feira, em Macedo de Cavaleiros, disse hoje à Lusa fonte dos bombeiros locais.

Um homem de 86 anos morreu no hospital de Bragança depois de ter sido gravemente ferido por um touro, na segunda-feira, em Macedo de Cavaleiros, disse hoje à Lusa fonte dos bombeiros locais.
De acordo com a fonte, o incidente ocorreu por volta da hora de almoço na exploração de animais de que a vítima era proprietária em Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança.
O idoso foi atacado por um touro e ficou gravemente ferido, tendo sido transferido para o hospital de Bragança, onde viria a morrer algumas horas depois, segundo ainda a fonte da corporação dos bombeiros voluntários de Macedo de Cavaleiros.
Além dos bombeiros, acorreram ao local também a equipa de emergência médica e o helicóptero do INEM, que transportou a vítima para Bragança.
REGIÕES
AFONSO HENRIQUES TERÁ ESTÁTUA EM ZAMORA (ESPANHA, PRÓXIMO DE BRAGANÇA)
Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, vai ter uma estátua em Espanha, em Zamora, em evento de homenagem que vai decorrer em 29 e 30 de abril, revelou hoje à Lusa a Grã Ordem Afonsina.

Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, vai ter uma estátua em Espanha, em Zamora, em evento de homenagem que vai decorrer em 29 e 30 de abril, revelou hoje à Lusa a Grã Ordem Afonsina.
“Afonso Henriques é uma figura emblemática que não só é reconhecido em Portugal, como muito acarinhada em Espanha, nomeadamente em Zamora onde ele próprio se foi armar cavaleiro, aos 14 anos. Por isso, nós e os espanhóis estamos umbilicalmente ligados por factos históricos do seu percurso e é isso que vamos celebrar”, explica Abel Cardoso, autor do projeto da estátua e vice-presidente da Grã Ordem Afonsina.
Em declarações à Lusa, revelou que o monumento, talhado pelo escultor vimaranense Dinis Ribeiro, pesa cerca de 15 toneladas e tem quase seis metros e meio de altura, sendo uma caracterização de Afonso Henriques com 14 anos, agarrado a uma espada, refletindo a sua investidura como cavaleiro, um momento histórico documentado.
“Será uma escultura que irá recrear o preciso momento que antecedeu o gesto da sua própria investidura como cavaleiro. Quando a sua tomada de consciência se torna absoluta e cuja profundidade terá contornos irreversíveis na história dessa nação preste a emergir, Portugal”, explica o autor do projeto.
Abel Cardoso anuncia uma estátua “quase do tamanho” do adolescente que segura a espada de guerra a duas mãos, “não só devido peso da peça em si, mas também como sinal de alguém que, por força indómita, antevê no reflexo desta longa lâmina o seu futuro e se prende a ele sem hesitação reclamando-o seu como por direito”.
“Uma figura do jovem infante, adolescente, mas esclarecido. De rosto miúdo, porém determinado que na cidade de Zamora, no Pentecostes de 1125, se prepara para ajoelhar como criança para posteriormente se erguer enquanto homem”, exalta.
A investidura de D. Afonso Henriques como cavaleiro é um facto histórico tradicionalmente assinalado na cidade espanhola no dia de Pentecostes de cada ano, com manifestações promovidas pelo Centro de Iniciativas Turísticas de Zamora, uma associação que envolve mais 26 municípios limítrofes.
A ideia da estátua de Afonso Henriques foi partilhada pela Grã Ordem Afonsina com vários organismos espanhóis que “logo acolheram o projeto”, nomeadamente a Fundación Rei Afonso Henriques, o Cabido da Catedral de Zamora, a autarquia local e o Centro de Iniciativas Turísticas de Zamora e Municípios Limítrofes.
“Esta iniciativa será um marco importante no desenvolvimento das relações de amizade e cooperação entre entidades e coletividades portuguesas e espanholas interessadas em aprofundar o conhecimento histórico sobre o primeiro Rei de Portugal, em especial aquelas que se situam em locais que foram palco dos principais factos históricos por ele protagonizados”, sublinha Abel Cardoso.
Além da estátua, que será “única de um monarca português em Espanha”, está prevista a celebração litúrgica na Catedral de Zamora, que poderá a vir a ter transmissão online, e uma peça de teatro de recriação histórica dedicada a Afonso Henriques.
“Pretendemos levar uma réplica da espada de D. Afonso Henriques, que faz parte do espólio do Museu Militar do Porto, para ser benzida durante a celebração”, acrescenta o responsável, que gostava de a ver novamente exposta em Guimarães.
Criada em Guimarães, o berço da nacionalidade, a Grã Ordem Afonsina foi constituída em 2019 “com o único propósito de estudo e divulgação do património material e imaterial de D. Afonso Henriques”, juntando atualmente cerca de 100 membros.
A estátua em Zamora “permite o culto a uma figura que outrora nos dividiu, mas que hoje pode ser entendido como elo fundamental de ligação entre portugueses e espanhóis”, concluiu.
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