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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

CIENTISTAS ESTUDAM A COSTA PARA PERCEBER ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS DO PASSADO

Mais de duas dezenas de cientistas internacionais iniciaram hoje uma expedição na costa portuguesa para investigar sedimentos marinhos e através deles perceber como se processaram as alterações climáticas há milhares de anos.

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Mais de duas dezenas de cientistas internacionais iniciaram hoje uma expedição na costa portuguesa para investigar sedimentos marinhos e através deles perceber como se processaram as alterações climáticas há milhares de anos.

A expedição é uma iniciativa do “International Ocean Discovery Program” (IODP), uma organização científica de investigação marinha que estuda a dinâmica do planeta recuperando dados registados em sedimentos e rochas do fundo do mar.

Num comunicado a propósito da “Expedição 397” os organizadores notam que as temperaturas estão a subir e que o planeta está a viver um momento em que o clima global está a mudar, sendo necessário entender o que vai acontecer a seguir.

“Por vezes, para conhecermos o futuro, temos de olhar para o passado. A ´Expedição 397´ visa recolher núcleos de sedimentos marinhos ao largo da costa de Portugal que irão fornecer dados de alta resolução sobre as variações do clima antigo da Terra”, explicam os responsáveis, acrescentando que quanto mais se entenderem os ambientes do passado mais fácil será avaliar como o planeta está a mudar hoje e como vai mudar no futuro.

Segundo o comunicado, a expedição decorre até meados de dezembro e realiza-se ao largo da costa a sudoeste de Lisboa. Os 26 cientistas irão investigar áreas onde os sedimentos marinhos se acumulam rapidamente, permitindo um registo altamente fiável das alterações climáticas em escalas temporais de centenas a milhares de anos, podendo retroceder até três a seis milhões de anos.

Explica-se no comunicado que os sinais climáticos da margem ibérica serão depois comparados com os recolhidos no gelo dos dois hemisférios, fornecendo uma ligação entre as alterações oceânicas e atmosféricas, incluindo a concentração de gases com efeito de estufa.

Os cientistas vão recolher amostras de núcleo sedimentar em diferentes profundidades, entre 1.300 e 4.700 metros abaixo do nível do mar, o que lhes vai permitir estudar a forma como a circulação em profundidade e a química do oceano mudaram no passado, incluindo o seu papel no armazenamento de carbono em águas profundas e nas alterações do dióxido de carbono atmosférico.

A maioria dos sedimentos no mar profundo acumula-se a taxas relativamente lentas, um a dois centímetros a cada mil anos, mas os sedimentos na zona que os cientistas vão trabalhar são depositados em mais quantidade, 10 a 20 centímetros a cada mil anos.

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PROTÓTIPO DE VACINA CONTRA O CANCRO COM RESULTADOS PROMISSORES

Um protótipo de vacina personalizada contra o cancro demonstrou resultados promissores em nove pacientes com carcinoma renal de células claras em estado avançado e com elevado risco de reincidência, que quase três anos depois do tratamento estavam livres da doença.

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Um protótipo de vacina personalizada contra o cancro demonstrou resultados promissores em nove pacientes com carcinoma renal de células claras em estado avançado e com elevado risco de reincidência, que quase três anos depois do tratamento estavam livres da doença.

Os resultados de um ensaio clínico em fase 1, conduzido pelo Instituto Oncológico Dana-Farber, nos EUA, e que foi publicado pela revista científica Nature, indicam que os pacientes com cancro do rim no estadio III ou IV com alto risco de reincidência, geraram “uma resposta imunitária anticancerígena satisfatória”.

As vacinas, administradas após a remoção do tumor, destinam-se a treinar o sistema imunitário do organismo para reconhecer e eliminar quaisquer células tumorais remanescentes, escreve a agência espanhola EFE.

A investigação indica que, na altura do tratamento dos dados, com uma média de 34,7 meses, todos os doentes continuavam livres do cancro.

O tratamento padrão para doentes como os que participaram no ensaio é a cirurgia para remover o tumor, que pode ser seguida de imunoterapia com pembrolizumab, um inibidor do ponto de controlo imunitário. Cinco doentes do ensaio também tomaram pembrolizumab.

O pembrolizumab induz uma resposta imunitária que reduz o risco de reaparecimento do cancro; cerca de dois terços dos pacientes ainda podem ver a doença voltar, e, nesse caso, as opções de tratamento são limitadas.

As vacinas administradas foram personalizadas para reconhecer o cancro individual do paciente, utilizando como guia o tecido tumoral removido, a partir do qual são extraídas as características moleculares das células tumorais que as diferenciam das células normais.

Estas características, denominados neoantigénios, são pequenos fragmentos de proteínas mutantes que não existem em nenhuma célula do organismo, exceto nas células tumorais.

Através do uso de algoritmos preditivos, determina-se quais os neoantigénios que devem ser incluídos na vacina em função da sua probabilidade de induzir uma resposta imunitária; é fabricada e administrada ao paciente numa série de doses iniciais seguidas de dois reforços.

Após a administração da vacina, alguns doentes apresentaram reações locais no local da injeção ou sintomas semelhantes aos da gripe, mas não foram registados efeitos secundários de maior gravidade.

A equipa descobriu quais os alvos específicos do cancro que “são mais suscetíveis de serem atacados pelo sistema imunitário” e demonstrou que esta abordagem “pode gerar respostas imunitárias duradouras, orientando o sistema imunitário para o reconhecimento do cancro”, explicou David Braun, um dos autores do estudo, citado pela EFE.

A investigação “pode lançar as bases para o desenvolvimento de vacinas contra os neoantigénios do cancro do rim”, afirmou.

A vacina induziu uma resposta imunitária em três semanas, o número de células T induzidas aumentou em média 166 vezes e manteve-se no organismo em níveis elevados durante três anos.

“Os neoantigénios visados por esta vacina ajudam a orientar a resposta imunitária para as células cancerígenas, com o objetivo de melhorar a eficácia e reduzir a toxicidade imunitária”, explica a equipa.

Os autores indicaram que são necessários ensaios clínicos com um maior número de pacientes para confirmar a eficácia da vacina e explorar todo o seu potencial.

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GOOGLE INVESTE COM 75 MIL MILHÕES NA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O CEO da Google, Sundar Pichai, anunciou que a empresa prevê investir US$ 75 mil milhões no desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA). O anúncio foi feito durante a divulgação dos resultados financeiros mais recentes da empresa.

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O CEO da Google, Sundar Pichai, anunciou que a empresa prevê investir US$ 75 mil milhões no desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA). O anúncio foi feito durante a divulgação dos resultados financeiros mais recentes da empresa.

Pichai afirmou aos investidores que os resultados da Google demonstram o poder da abordagem inovadora da empresa em AI, bem como a força contínua de seus negócios principais. Ele expressou confiança nas oportunidades futuras e destacou o investimento significativo em despesas de capital para acelerar o progresso na área de AI.

Com o Gemini, a Google destaca-se como uma das empresas líderes no desenvolvimento de IA, impulsionando uma verdadeira “corrida” entre as gigantes da tecnologia.

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