CIÊNCIA & TECNOLOGIA
COIMBRA: HOSPITAIS SUBSTITUEM VÁLVULA NO CORAÇÃO POR MÉTODO NÃO INVASIVO
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou, pela primeira vez, a substituição de uma prótese valvular no coração de uma doente que não podia ser novamente sujeita a cirurgia, por método não invasivo, foi anunciado esta segunda-feira.

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou, pela primeira vez, a substituição de uma prótese valvular no coração de uma doente que não podia ser novamente sujeita a cirurgia, por método não invasivo, foi anunciado esta segunda-feira.
A doente sofria de “regurgitação valvular tricúspide grave e sintomática” e já lhe tinha sido aplicada uma prótese, pelo que não podia ser novamente operada devido ao elevado risco, referiu a unidade hospitalar, em comunicado.
“O procedimento consistiu na colocação de uma prótese valvular biológica por via minimamente invasiva não cirúrgica, com vista ao tratamento da regurgitação valvular tricúspide grave e sintomática”, explicou a nota.
A intervenção foi realizada com sucesso pela equipa de cardiologia de intervenção do Serviço de Cardiologia do CHUC, constituída por Marco Costa, Luis Paiva e Manuel Santos, com o apoio do Serviço de Cirurgia Cardíaca.
A substituição da válvula tricúspide “vai permitir a esta doente a melhoria das queixas de insuficiência cardíaca, o aumento da sua qualidade de vida e a redução do risco de reinternamento hospitalar”.
“A regurgitação desta válvula cardíaca provoca o refluxo de sangue do ventrículo direito para a aurícula direita, tendo impacto na qualidade de vida destes doentes, que referem dificuldade progressiva para realizar esforços físicos, edemas generalizados no corpo e predisposição a internamentos hospitalares frequentes por descompensação cardíaca”, refere Lino Gonçalves, diretor do Serviço de Cardiologia.
O médico salienta que, “tradicionalmente, as opções de correção da insuficiência tricúspide estavam limitadas à cirurgia cardíaca”.
“Em alguns casos, os resultados da cirurgia à válvula tricúspide não eram duradouros e uma reoperação representaria um risco cirúrgico muito elevado ou até proibitivo para o doente, pelo que uma opção terapêutica menos invasiva possibilita o tratamento de mais doentes com esta patologia, sobretudo naqueles mais idosos, frágeis e com elevado risco cirúrgico”, disse.

CIÊNCIA & TECNOLOGIA
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: LEI EUROPEIA É “FRACA” NA COMPETITIVIDADE – INESC
O presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC) considerou hoje, em declarações à Lusa, que a lei da inteligência artificial (IA) europeia “é relativamente fraca” na parte da competitividade e defendeu o reforço desta componente.

O presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC) considerou hoje, em declarações à Lusa, que a lei da inteligência artificial (IA) europeia “é relativamente fraca” na parte da competitividade e defendeu o reforço desta componente.
Arlindo de Oliveira falava à Lusa à margem da conferência “Inteligência artificial do lado certo dos negócios”, organizada pela Vodafone e que decorreu hoje no Museu do Oriente, em Lisboa.
Questionado sobre a lei europeia (AI Act), o responsável apontou que esta “é relativamente fraca na componente da competitividade”, focando-se “muito na componente da segurança dos níveis de risco das aplicações”.
“Acho que era importante reforçar a componente de criar um ambiente competitivo na Europa onde as empresas europeias pudessem depois competir em igualdade de oportunidades com as empresas norte-americanas e chinesas”, defendeu.
Caso contrário, a Europa continuará a perder terreno face aos EUA e China em matéria de IA.
Em 14 de julho, o Parlamento Europeu deu ‘luz verde’ às primeiras regras da União Europeia (UE) para a IA.
“As regras visam promover a adoção de uma IA centrada no ser humano e fiável e proteger a saúde, a segurança, os direitos fundamentais e a democracia dos seus efeitos nocivos”, referiu a assembleia europeia, na altura.
Em concreto, nesta posição agora adotada pelos eurodeputados, está definido que as novas regras prevejam uma total proibição da IA para vigilância biométrica, reconhecimento de emoções e policiamento preventivo, imponham que sistemas geradores desta tecnologia como o ChatGPT indiquem de forma transparente que os conteúdos foram gerados por IA e ainda que os programas utilizados para influenciar os eleitores nas eleições sejam considerados de alto risco.
A Comissão Europeia apresentou, em abril de 2021, uma proposta para regular os sistemas de IA, a primeira legislação ao nível da UE e que visa salvaguardar os valores e direitos fundamentais da UE e a segurança dos utilizadores, obrigando os sistemas considerados de alto risco a cumprirem requisitos obrigatórios relacionados com a sua fiabilidade.
Na sua intervenção na conferência organizada pela Vodafone, Arlindo de Oliveira abordou um dos problemas levantados pela analítica (análise de dados), que é a criação de bolhas de informação.
Estas bolhas informativas “têm um certo risco porque as pessoas como veem conteúdos que são diferentes através das redes sociais, através dos media, tendem a ver realidades diferentes e isso dificulta o diálogo e radicaliza muito as posições”, explicou, posteriormente, em declarações à Lusa, o especialista.
Ou seja, “vemos cada vez maior dificuldade no debate político, cada vez mais dificuldade em as pessoas perceberem outro ponto de vista” e “essas bolhas são um desafio para o futuro das sociedades”, apontou Arlindo de Oliveira.
O presidente do INESC deu como exemplos os EUA e o Brasil, onde se assiste a essas bolhas de informação de “maneira muito marcada”, mas “também na Europa em alguns aspetos”.
Questionado sobre como mitigar este problema, apontou que “existem abordagens legislativas e estatais”.
Por exemplo, disse, “podemos obrigar que os conteúdos não sejam tão personalizados, aliás, há leis a serem discutidas sobre isso”.
Para além disso, “as pessoas podem, elas mesmas, tentar informar-se melhor, a terem visões mais equilibradas das questões e não irem sempre aos mesmos canais, às mesmas redes sociais”, acrescentou.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL VAI “TER UM PAPEL TRANSFORMADOR” EM TODAS AS ÁREAS
O presidente executivo (CEO) da Vodafone Portugal, Luís Lopes, afirmou esta terça-feira, em declarações à Lusa, que a inteligência artificial (IA) vai “ter um papel transformador”, não só nas empresas como “em outras áreas da vida das pessoas“.

O presidente executivo (CEO) da Vodafone Portugal, Luís Lopes, afirmou esta terça-feira, em declarações à Lusa, que a inteligência artificial (IA) vai “ter um papel transformador”, não só nas empresas como “em outras áreas da vida das pessoas“.
O CEO da Vodafone Portugal falava à Lusa à margem da conferência “Inteligência artificial do lado certo dos negócios”, organizada pela operadora de telecomunicações e que decorreu no Museu do Oriente, em Lisboa.
“A inteligência artificial e as tecnologias ligadas à inteligência artificial vão ter um papel transformador não só na Vodafone, mas também no tecido empresarial e em outras áreas da vida das pessoas”, disse Luís Lopes.
A Vodafone, sublinhou, “não é só uma empresa que fornece conectividade, mas é também um parceiro a apoiar as empresas na digitalização e no processo de transformação tecnológica“, destacou.
A IA “é um dos catalisadores” dos processos de transformação digital, referiu, salientando que “é importante” que todos estes processos sejam feitos tendo em conta o “impacto que isso tem na sociedade em geral, nas pessoas, no ambiente”. A inteligência artificial “é uma ferramenta de transformação, que tem de ser feita com as pessoas”, sublinhou.
Questionado sobre os riscos subjacentes ao desenvolvimento da IA, Luís Lopes recordou que “todas as tecnologias têm sempre um lado que se não for bem cuidado tem riscos”. Ou seja, “estamos a falar de inteligência artificial”, mas “antigamente falávamos da engenharia genética“, exemplificou.
“Decisores nas empresas, políticos, a sociedade em geral, académicos vão ter um papel importante em garantir que as tecnologias são para o benefício da Humanidade”, defendeu Luís Lopes. Por isso, esta conferência “é um contributo para continuarmos este diálogo” e partilhar conhecimento, rematou.
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