NACIONAL
CRIMINALIDADE REGISTADA AUMENTOU NOS PRIMEIROS MESES DO ANO – PSP/GNR
A criminalidade registada pela PSP e GNR nos quatro primeiros meses do ano subiu face ao mesmo período de 2022, segundo dados hoje apresentados por aquelas forças de segurança, que destacam o aumento de crimes cometidos com armas.

A criminalidade registada pela PSP e GNR nos quatro primeiros meses do ano subiu face ao mesmo período de 2022, segundo dados hoje apresentados por aquelas forças de segurança, que destacam o aumento de crimes cometidos com armas.
Numa cerimónia que decorreu no Ministério da Administração Interna (MAI), em Lisboa, a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública apresentaram os resultados operacionais referentes aos meses de janeiro a abril deste ano.
Enquanto na área da GNR, a criminalidade geral aumentou cerca de 12% face ao mesmo período de 2022, ao registar 51.939 crimes (mais 5.556) a PSP contabilizou uma subida de 10,5% (mais 5.451 crimes).
De acordo com a PSP, a criminalidade violenta e grave também aumentou 2,3% nos primeiros quatro meses do ano (mais 68 crimes) em relação ao período homologo de 2022, tendo registado esta polícia, que tem como área de intervenção os centros urbanos, uma subida de 8,8% (mais 106) dos crimes de delinquência grupal e de 32,5% (mais 64) dos crimes relacionados com a delinquência juvenil.
Também a criminalidade grupal e delinquência juvenil registada pela GNR aumentou 25% entre janeiro e abril deste ano face ao mesmo período de 2022, ao contabilizar 1.329 crimes (mais 269).
Pedro Moura, da direção nacional da PSP, disse que, entre a criminalidade geral, os crimes com mais peso foram na burla informática e nas comunicações (mais 1.127), outras burlas (mais 1.180), furto de oportunidade (mais 449) e ofensas à integridade física voluntária e simples (mais 445).
Os crimes que mais aumentaram no âmbito da criminalidade violenta e grave foram o roubo por esticão (mais 134), outros roubos (mais 49), extorsão (mais 35) e resistência e coação sobre funcionário (mais 39), precisou Pedro Moura.
Aquele responsável explicou que os principais fatores que influenciam a evolução da criminalidade foram a pandemia covid-19, consumo de droga, intensidade da violência usada para cometer crimes, radicalização social e a crise e inflação.
A PSP aumentou ainda em 11% o número de detenções e em 3,2% os crimes detetados no âmbito da proatividade policial.
Pedro Moura enumerou o tráfico de droga e a desobediência como os crimes que subiram devido ao aumento da atividade policial.
Também Pedro Oliveira, diretor do departamento de operações da GNR, justificou a evolução da criminalidade nos quatro primeiros meses do ano com o período pós-pandémico, guerra da Ucrânia e a inflação.
A GNR registou também naquele período 827 crimes relacionados com droga (mais 233) e 9.106 crimes em ambiente rodoviário (mais 1.489) e 1.235 crimes por incêndio florestal (menos 232).
Pedro Oliveira sublinhou ainda que a GNR tem registado “no dia-a-dia um maior número de utilização das armas brancas e de fogo”, mas não dispõe de dados estatísticos sobre crimes com o uso de armas porque se trata da competência da Polícia Judiciária.
Também Pedro Moura frisou que a PSP tem a perceção que há mais crimes cometidos com recurso a armas brancas e de fogo.

NACIONAL
FENPROF ACUSA MINISTRO DE “ESCONDER” A REALIDADE SOBRE A COLOCAÇÃO DE PROFESSORES
A Federação Nacional de Professores (Fenprof) acusou hoje o ministro da Educação de, no parlamento, voltar a “esconder a realidade” ao dizer que apenas 02% dos alunos ainda não têm docentes.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) acusou hoje o ministro da Educação de, no parlamento, voltar a “esconder a realidade” ao dizer que apenas 02% dos alunos ainda não têm docentes.
“A ser assim, apontaria para cerca de 30.000 alunos. Se fossem apenas 30.000 os alunos sem os professores todos (número que, ainda assim, não seria desprezível), então a situação seria gravíssima para esses alunos, pois significaria que, em média, lhes faltariam três professores e não apenas um”, afirma a Fenprof em comunicado.
Para a estrutura sindical, alunos sem professores “serão cerca de 90.000”.
A Fenprof reagia assim à afirmação do ministro João Costa hoje na Assembleia da República segundo a qual 98% dos alunos têm todos os professores e aulas a todas as disciplinas.
No documento, a Fenprof adianta que na próxima segunda-feira “atualizará o contador que tem no seu ‘site’” sobre a colocação de professores, mas salienta que “compete ao Ministério da Educação (ME) confirmar o que foi afirmado hoje no parlamento, divulgando publicamente, escola/agrupamento o número de professores que estão em falta”.
“Lamentavelmente, os responsáveis do Ministério da Educação parecem sempre mais preocupados em iludir a realidade do que, perante ela e a sua gravidade, tomarem as medidas que se impõem: valorizar a profissão docente, melhorar as condições de trabalho nas escolas e atrair os jovens (desde logo os que a abandonaram) para a docência”, defende.
A Fenprof defende que é exigível do ministro “uma atitude responsável neste processo e menos desvalorizadora do problema”.
“Dos vários exemplos de medidas que estão a ser tomadas para, alegadamente, valorizar os professores, representando um investimento na ordem dos 300 milhões de euros, segundo o ministro, está a vinculação de cerca de 8.000 professores. Como pode o ministro incluir esta vinculação naquele valor se os docentes que ingressaram nos quadros se mantiveram no índice salarial (167) em que se encontravam?”, questionam.
Segundo a Fenprof, “estes docentes passarão, inclusivamente, a ganhar menos do que os colegas que continuam contratados a termo”, situação que considera “ilegal e em relação à qual vai agir também juridicamente”.
A estrutura sindical critica também os planos de recuperação de aprendizagens, também referidos por João Costa, que “deveria ter explicado como poderão as escolas concretizá-los com o corte de horas que impôs ao crédito que tinham para este efeito (80 e mais horas)”.
“Em relação ao aumento de financiamento em 27% dos colégios de educação especial, o ministro deveria ter reconhecido que é um aumento insuficiente, pois estes colégios estiveram década e meia sem atualização de financiamento (metade desse tempo, com governos a que João Costa pertencia), situação que quase provocou a sua asfixia, tendo alguns estado muito perto de encerrar”, critica.
DESTAQUE
ESTUDO: 68% DOS JOVENS FORAM VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
Uma investigação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, concluiu que 68% dos adolescentes portugueses, entre os 12 e 18 anos, foram vítimas de comportamentos agressivos em contexto escolar.

Uma investigação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, concluiu que 68% dos adolescentes portugueses, entre os 12 e 18 anos, foram vítimas de comportamentos agressivos em contexto escolar.
Os comportamentos de vitimação mais reportados foram em 92% dos casos de natureza psicológica (piadas agressivas, ignorar, culpar, mentir ou enganar), seguindo-se os de natureza física (pontapés, beliscar ou arranhar, ferir “a brincar”) com 82% e os de controlo (controlar ou proibir e ‘stalking’ [perseguir]) com 62%, referiu a UTAD, em comunicado enviado à Lusa.
Também se verificaram comportamentos associados ao ‘cyberbullying’ (assédio virtual) e de partilha de imagens íntimas sem consentimento (‘sexting’) com uma prevalência de 58%, sublinhou.
Embora a frequência seja inferior, o estudo demonstrou ainda que 35% dos adolescentes sofreram comportamentos tendencialmente mais graves (ameaças com objetos ou armas e lesões corporais graves) e 6% suportaram comportamentos de natureza sexual (relação forçada).
A investigação apurou ainda que 64% dos jovens assumiram já ter praticado algum ato violento para com um colega de escola.
“Os atos de agressão, quer sejam perpetrados ou recebidos, acontecem de uma forma transversal em todos os anos de escolaridade e em ambos os sexos. Estes dados foram recolhidos em 61 estabelecimentos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secundário”, afirmou o investigador da UTAD, Ricardo Barroso, citado na nota de informação.
Estes dados foram recolhidos entre 2018 e 2022, no âmbito do PREVINT, um programa de prevenção da violência interpessoal implementado em mais de uma centena de escolas, abrangendo cerca de 20.000 estudantes.
Dos 7.139 jovens inquiridos, de ambos os sexos e com idades entre os 12 e 18 anos, 68% (4.837) revelaram ter sido vítima de algum comportamento de agressão e 64% (4.634) assumiram já ter praticado algum ato violento para com um colega de escola.
“Verificámos que são dados que se mantêm constantes ao longo dos anos e, embora em termos sociais se valorize mais o facto de existir violência física, uma prevalência tão elevada de violência psicológica é algo que nos preocupa, uma vez que esta tende a estar na base do sofrimento psicológico elevado dos adolescentes. A existência de trabalhos de prevenção e de intervenção junto dos adolescentes é tão crucial como junto dos pais/tutores e dos profissionais que trabalham em contexto escolar”, adiantou o investigador da UTAD.
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