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ENCONTRADOS ELEVADOS VESTÍGIOS DE USO DE DROGAS EM ÁGUAS RESIDUAIS

Lisboa, Porto e Almada apresentam dos valores mais elevados de vestígios de consumo de cocaína, MDMA, cetamina e canábis detetados nas águas residuais, indica um estudo do Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência, divulgado hoje.

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Lisboa, Porto e Almada apresentam dos valores mais elevados de vestígios de consumo de cocaína, MDMA, cetamina e canábis detetados nas águas residuais, indica um estudo do Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência, divulgado hoje.

O estudo – referente aos anos de 2021 e 2022 e que analisou as águas residuais de 104 cidades de 20 Estados-membros da União Europeia e da Turquia – revela, a nível global, “um aumento nas deteções de cocaína e de metanfetaminas” e descreve como a análise das águas das Estações de Tratamento das Águas Residuais (ETAR) consegue fornecer “uma visão cada vez mais alargada da dinâmica do uso e da disponibilidade de drogas”.

A análise das águas residuais feita pelo estudo do Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência (EMCDDA, na sigla em inglês) mostra Portugal a par com a Bélgica, Países Baixos e Espanha como um dos principais utilizadores de cocaína entre as cidades da Europa ocidental e meridional estudadas, mas o documento considera “significativo” que todas as seis drogas sujeitas a investigação (cocaína, metanfetamina, anfetamina, MDMA, cetamina e canábis) tenham sido encontradas em quase todas as cidades participantes.

No que se refere à cocaína, foram detetados aumentos de consumo em Lisboa e Almada e uma situação estável no Porto relativamente a 2021, enquanto a nível global, os resultados agora divulgados apontam para um crescimento contínuo nas deteções desta droga, uma tendência que vem a ser observada desde o início deste tipo de estudo, em 2016, “apesar de algumas flutuações durante os confinamentos relacionados com a covid-19”.

A situação das metanfetaminas “parece estar a evoluir”, com vestígios a serem detetados em mais cidades, tendo Lisboa sido um das que no ano passado registou um aumento face a 2021, não tendo sido registados vestígios da substância no Porto, como disse à agência Lusa o analista do EMCDDA João Pedro Matias.

Tradicionalmente concentrada na Chéquia e na Eslováquia, esta droga está atualmente presente também na Bélgica, no leste da Alemanha, em Espanha, em Chipre e na Turquia e em vários países do norte da Europa (como Dinamarca, Letónia, Lituânia, Finlândia e Noruega). Das 60 cidades para as quais existem dados relativos a 2021 e 2022, quase dois terços (39) reportaram um aumento nos resíduos, 15 delas uma diminuição e seis outras uma situação estável.

Lisboa e Almada apresentam igualmente um aumento nos consumos de MDMA/Ecstasy, enquanto no Porto os dados são similares aos de 2021.

A tendência de consumo de MDMA/Ecstasy “é menos clara” a nível global, já que das 62 cidades com dados para 2021 e 2022, 28 comunicaram um aumento nas deteções de MDMA (principalmente em localidades do sul e centro da Europa), 27 uma diminuição (principalmente no norte da Europa) e sete uma situação estável. Os resíduos mais elevados de MDMA foram encontrados em cidades da Bélgica, Chéquia, dos Países Baixos, da Espanha e de Portugal.

No que se refere à canábis, a droga mais consumida em toda a União Europeia, as três cidades portuguesas observadas tiveram “aumentos ligeiros” de consumo em comparação com 2021, constando contudo Portugal do grupo das cidades da Europa ocidental e meridional, juntamente com as da Chéquia, Espanha e Países Baixos, onde foram registadas as cargas mais elevadas dos metabolitos desta droga (THC-COOH).

Porém, em 2022 foram observadas tendências divergentes no consumo desta substância, com 18 das 36 cidades a relatarem uma diminuição desde 2021, 15 um aumento e cinco uma situação estável.

O relatório apresenta também uma “maior disponibilidade e uso” de cetamina, droga que foi incluída no ano passado pela primeira vez na análise, sendo as maiores cargas detetadas em águas residuais de cidades da Dinamarca, Itália, Espanha e Portugal (Lisboa).

A cetamina, ou quetamina, é um poderoso medicamento tranquilizante, sobretudo usado na veterinária, e que tem efeitos psicadélicos/dissociativos quando usado pelos seres humanos.

Relativamente às anfetaminas, o nível de resíduos variou entre cidades, com as cargas mais elevadas a serem reportadas em cidades do norte da Europa (Bélgica, Alemanha, Países Baixos, Finlândia e Suécia) e níveis muito mais baixos nas cidades do sul. Portugal não apresenta valores significativos.

Das 55 cidades que apresentaram dados de resíduos de metanfetaminas para 2021 e 2022 “o quadro foi misto”, com 20 a reportarem um aumento, 26 uma diminuição e nove uma situação estável.

O estudo, que analisou águas residuais de 54 milhões de pessoas, revelou grandes diferenças entre cidades do mesmo país, o que, segundo o observatório das drogas sediado em Lisboa, pode ser explicado pelas suas diferentes características geográficas, sociais e demográficas (distribuição etária, universidades e existência de vida noturna, entre outras).

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AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

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O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.

Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.

O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.

Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.

Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.

Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.

Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.

“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.

O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.

Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.

No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.

Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.

Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.

Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.

“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.

Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.

“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.

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MATOSINHOS: QUARTAS-FEIRAS SÃO DIAS DO “COMBOIO DE BICICLETAS”

As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

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As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

Eram perto das 09:00 quando, já próximo da Escola Básica da Ermida, em São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, se avistou a chegada de um comboio, não de um comboio sobre carris e movido a eletricidade, mas um comboio de 27 crianças de bicicletas acompanhadas de maquinistas, igualmente de bicicletas, que têm como função não verificar se os passageiros têm bilhete, porque é gratuito, mas se chegam à escola em segurança.

O comboio de bicicletas, projeto que está a ser implementado em Matosinhos, tem, à semelhança dos comboios tradicionais hora de saída e chegada, assim como alguns atrasos, e paragens.

Para o apanhar não é preciso ser portador de qualquer bilhete, mas sim ser criança, frequentar as escolas do concelho, ter bicicleta e capacete e, às quartas-feiras, estar na paragem indicada para não perder o comboio e, assim, chegar quando soar o toque de entrada.

Os alunos chegaram a horas, em segurança, divertidos, muito contentes e sob o olhar curioso e atento dos colegas que, já no interior da escola e encostados aos gradeamentos, atiravam um “yeah” ou um simples olá.

“Andar de bicicleta é muito fixe, gosto muito”, confessou à Lusa Leonardo Cavalcante, de 6 anos, que, juntamente com o irmão, apanhou o comboio por volta das 08:05 no qual percorreu cerca de quatro quilómetros até chegar ao destino onde estava a avó com a mochila, porque vir com ela “era pesado”.

A mãe, Laura Cavalcante, que acha este comboio uma excelente iniciativa, afirmou que andar de bicicleta é algo que toda a gente deveria fazer, porque é um excelente meio de transporte, uma boa alternativa ao carro e ótimo para o ambiente.

Com três filhos, dois dos quais já utilizadores deste comboio, Laura Cavalcante, que anda de bicicleta desde os tempos de faculdade, quer que os filhos entendam que a bicicleta é um meio de transporte e tem muitas vantagens.

E que o diga Alice Ribeiro, de 9 anos, que disse que os “carros causam poluição”, por isso, sempre que puder, vai apanhar o comboio de bicicletas.

E acrescentou: “É muito fixe e não é muito perigoso, temos só de ter cuidado a andar”.

E, por falar em cuidados, o colega, João Teixeira, também com 9 anos, enumerou-os todos: usar capacete, parar nos semáforos, não passar à frente do maquinista e dar espaço a quem vai à frente.

E, se cumprirem estes requisitos, chegam em segurança e ajudam o ambiente, comentou.

“As portas das escolas são, provavelmente nas horas de ponta, os sítios mais poluídos das cidades, devido à grande concentração de carros”, afirmou João Araújo, impulsionador deste projeto em Matosinhos e pai de um dos alunos utilizadores do comboio.

Além de ser bom para o ambiente, esta iniciativa é benéfica para as crianças, porque lhes dá autonomia, autoestima, responsabilidade e divertimento, salientou, reforçando que “é seguro pedalar até à escola”.

O percurso demora cerca de 25 a 30 minutos, tem perto de 10 paragens, as crianças têm seguro e os maquinistas são pais ou apaixonados pelas bicicletas, por isso, tem tudo para correr bem, sublinhou João Araújo.

Este comboio de bicicletas ainda está numa fase piloto, sendo objetivo da autarquia estendê-lo a todas as escolas do concelho, referiu o vice-presidente e responsável pelo pelouro da mobilidade, Carlos Mouta.

“Estamos a falar de crianças muito pequeninas, do primeiro ciclo, e a ideia é que elas depois transportem isto para o secundário e mantenham este hábito de usar a bicicleta como meio de transporte”, concluiu.

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