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ERC QUER RESPONSABILIZAR REDES SOCIAIS PELOS EFEITOS NOCIVOS DA DESINFORMAÇÃO

O vogal do Conselho Regulador da ERC João Pedro Figueiredo defendeu hoje que as redes sociais e os prestadores de serviço devem ser responsabilizados pela desinformação e pelos efeitos da circulação de informações falsas nas suas plataformas.

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O vogal do Conselho Regulador da ERC João Pedro Figueiredo defendeu hoje que as redes sociais e os prestadores de serviço devem ser responsabilizados pela desinformação e pelos efeitos da circulação de informações falsas nas suas plataformas.

“Na elaboração das leis dos diversos setores (…) poder-se-iam prever realidades específicas e claras para todos os intervenientes neste setor, e desde logo nos prestadores de serviços”, afirmou na sua intervenção inicial na sexta edição do Congresso Literacia, Media e Cidadania, que decorre até hoje em Lisboa.

“Quando estamos a falar de literacia mediática, não estamos a falar só de média, estamos a falar de informação, e muito do que passa na internet e muita da desinformação e dos efeitos nocivos associados à circulação da informação não vem dos órgãos de comunicação social, não vêm dos media, vêm das redes sociais”, acrescentou o vogal da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

João Pedro Figueiredo sublinhou que as redes sociais “não são reguladas neste momento pelos reguladores”, mas que tal deve acontecer.

“É necessário responsabilizar à cabeça os prestadores dos serviços” e as plataformas, insistiu.

No entanto, sublinhou que tal exigirá, também, recursos — humanos e financeiros — para a sua operacionalização, dificuldades que o regulador tem enfrentado nos últimos anos.

O vogal da ERC falava no segundo de dois dias da sexta edição do Congresso Literacia, Media e Cidadania, que decorre na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, em Benfica, e cujo mote escolhido pelo GILM – Grupo Informal sobre a Literacia para os Media é “Transição Digital e Políticas Públicas”.

No painel ‘Literacia Mediática: Desafios para as Políticas Públicas’, moderado por Pedro Braumann, estavam, também o ministro da Educação, João Costa, a comissária do Plano Nacional de Leitura, Regina Duarte, e a diretora de informação da Lusa, Luísa Meireles.

Ao longo das quase duas horas de debate, a literacia e o novo Plano Nacional para Literacia Mediática, que o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva disse, na sexta-feira, que será criado até ao final do primeiro semestre, foram elementos-chave.

Regina Duarte assinalou que a literacia mediática — e todas as outras formas — poderão receber contributos do Plano Nacional de Leitura, uma vez que são indissociáveis das competências de leitura.

Assim, remeteu para os resultados dos testes PISA — Programa Internacional de Avaliação de Alunos, das provas de aferição e dos exames nacionais, que mostram que os alunos em Portugal “têm muita dificuldade nas competências de leitura mais complexas”.

“Os nossos alunos conseguem compreender informação explícita no texto, informação que é facilmente localizável, que está à superfície do texto”, mas “quando se trata de fazer inferências mesmo que diretas, já não conseguem e falham em competências de leitura que têm a ver com avaliação da informação, com comparação, com interpretação”, assinalou a comissária do PNL.

“Se os nossos alunos saem da escola sem conseguir avaliar informação, sem conseguir interpretar, sem conseguir analisar informação, não terão necessariamente competências de literacia mediática, mas também não terão outras”, alertou Regina Duarte.

Já o ministro da Educação registou que foram detetadas “dificuldades na leitura extensiva e que os alunos desistiam à primeira dificuldade de leitura”.

“Nós transpomos isto para a relação com os media e o que é que isso significa? Significa uma grande vulnerabilidade à manipulação, porque não conseguimos distinguir o que é factual do que é opinativo”, acrescentou, remetendo para a prática de “ler apenas o título e não ler extensivamente”.

João Costa acrescentou que na reforma do currículo que se iniciou em 2016 e 2017 foram incluídas “dimensões como o pensamento crítico, o pensamento criativo, a resolução de problemas, a autonomia e a responsabilidade associada a esta autonomia” como competências essenciais a desenvolver ao longo da escolaridade.

Nesse sentido, referiu que a literacia mediática é algo que pode ser atingido com um trabalho desenvolvido em todas as áreas curriculares e recuou até à pandemia da covid-19.

“Se pensarmos na área das ciências e no que foi a chuva de loucuras em redes sociais na altura da pandemia, basta ter conhecimentos de ciência para perceber que um vírus não se mata com lixívia, que as máscaras não passam não sei o que do 5G e coisas dessa natureza, só para citar os exemplos mais loucos”, disse, adicionando que tal envolve conhecimento científico e o desenvolvimento de competências nas disciplinas de português, história e filosofia.

Os elementos do painel consideraram que a falta de literacia mediática pode ser fator contributivo para um proliferar de desinformação, tendo Luísa Meireles acrescentando uma outra variável: a falta de meios de comunicação social locais.

“De acordo com o Media Trust Lab, que é um projeto da Universidade da Beira Interior, 53,9%, ou seja, 54% dos 308 concelhos portugueses estão na situação de deserto total de notícias. Isto significa que não têm nenhum meio de comunicação social próprio que produza notícias ou [estão] em situação frágil”, disse.

“Se nós pensarmos bem, esta é a nossa realidade, e é uma realidade propícia até à desinformação”, apontou a diretora de informação da Lusa.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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25 DE ABRIL: A HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO

O dia 25 de Abril de 1974 será para sempre o “Dia da Liberdade”. Afinal o que se passou exactamente nesse dia ? Para compreenderes temos aqui um resumo do que realmente se passou nesse dia e da importância que representa para Portugal e para os Portugueses. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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A Revolução de 25 de Abril, também referida como Revolução dos Cravos, refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de Abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de Abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.

Esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por atingir o regime político em vigor. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa pelas balas da DGS.

O movimento confiou a direção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado. A 15 de Maio de 1974, o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Adelino da Palma Carlos. Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares que, terminaram com o 25 de Novembro de 1975.

Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de Abril, denominado como “Dia da Liberdade”.

25 DE ABRIL - MOMENTOS DA REVOLUÇÃO

25 DE ABRIL – MOMENTOS DA REVOLUÇÃO

 

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