Ligue-se a nós

REGIÕES

ÉVORA: 1500 PESSOAS MANIFESTARAM-SE CONTRA AS MINAS DE URÂNIO

Cerca de 1.500 pessoas, incluindo alguns autarcas portugueses, participaram hoje no protesto contra os projetos de exploração de urânio em Zahinos, Espanha, localidade fronteiriça a poucos quilómetros de Mourão, distrito de Évora.

Online há

em

Cerca de 1.500 pessoas, incluindo alguns autarcas portugueses, participaram hoje no protesto contra os projetos de exploração de urânio em Zahinos, Espanha, localidade fronteiriça a poucos quilómetros de Mourão, distrito de Évora.

Segundo adiantou à agência Lusa António Eloy, coordenador do Obervatório Ibérico de Energia, tratou-se de um “protesto maciço” que juntou não só as pessoas das pequenas localidades da região, mas também cinco presidentes de municípios espanhóis, incluindo de Villa Nueva Del Fresno.

Do lado português estiveram presentes autarcas de Barrancos e Reguengos, assim como outras pessoas preocupadas com os efeitos da mineração do urânio, nomeadamente os custos ambientais e sociais, referiu.

De acordo com o Observatório Ibérico de Energia, o urânio destrói as suas áreas de mineração, por “lixiviados para recuperar o seu concentrado”, que são altamente radioativos e vão para os lençóis freáticos e cursos de água, e por o seu movimento libertar gases radioativos, designadamente o radão, que se espalham junto à superfície e contaminam solos, gado e populações.

Além do mais, o sistema de transporte do urânio é altamente perigoso, adverte aquele Observatório coordenado por António Eloy.

“O urânio deve ficar onde está, debaixo da terra, isolado e sujeito a controlo”, defende o Observatório Ibérico de Energia.

Durante o protesto, que passou por casas onde nas janelas se lia “Não à mina, sim à vida”, foi anunciado que os dirigentes da Plataforma “Dehesa Sin Uránio” vão ser ouvidos na Comissão Parlamentar de Ambiente, em 17 de julho, onde terão também a oportunidade de apresentar um dossiê sobre aquela problemática ambiental.

Em declarações à Lusa, António Eloy, que foi um dos oradores no protesto, salientou que, além do problema da mineração do urânio, há que ter em conta o impacto psicológico que uma exploração do género terá para as populações, cada vez mais receosas dos efeitos negativos de tal atividade.

Os efeitos negativos no turismo da região, na agricultura, pecuária e na própria vida social das populações foram outros alertas deixados por António Eloy.

No passado dia 13, deputados do Bloco de Esquerda questionaram o Governo sobre o processo de licenciamento por Espanha de uma mina de urânio a poucos quilómetros de Portugal, querendo saber se foi informado e o que fará.

A pergunta do grupo parlamentar foi dirigida ao Ministério do Ambiente e da Transição Energética e relaciona-se com um processo de reabertura de uma mina na herdade de Cabra Alta, na província de Badajoz, entre as localidades de Zahinos e Vila Nueva del Fresno.

O BE quis saber se o Governo espanhol informou as autoridades portuguesas sobre o processo de licenciamento e que diligências tomou ou tomará o executivo português junto das autoridades espanholas, para que Portugal seja “devidamente informado e envolvido” no processo de licenciamento em curso, tendo em conta “o potencial impacto transfronteiriço”.

Na pergunta ao Governo, a que a Lusa teve acesso, os deputados aproveitam para lembrar que Portugal desativou todas as explorações de urânio, cuja mineração “deixou um rasto de consequências graves para a saúde dos mineiros e das populações dessas regiões”, além de “um elevado passivo ambiental ainda não resolvido, com processos de descontaminação morosos e de custos avultados”.

Segundo o BE, até 2017 tinham sido tratadas apenas 56% das minas e gastos 49 milhões de euros nesse processo.

Em relação a Espanha, a atitude das autoridades desse país, nos processos de licenciamento de iniciativas com possibilidade de impactes transfronteiriços, tem sido o de reter informação e de procurar não envolver as autoridades portuguesas, considera o Bloco.

É o que parece estar a acontecer com o processo de licenciamento de uma exploração de urânio a 25 quilómetros da fronteira portuguesa, sobre o rio Alcarache, afluente do rio Guadiana, próximo dos municípios de Mourão e Barrancos, acrescenta o partido.

LUSA

REGIÕES

AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Online há

em

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.

Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.

O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.

Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.

Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.

Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.

Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.

“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.

O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.

Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.

No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.

Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.

Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.

Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.

“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.

Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.

“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.

LER MAIS

REGIÕES

MATOSINHOS: QUARTAS-FEIRAS SÃO DIAS DO “COMBOIO DE BICICLETAS”

As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

Online há

em

As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

Eram perto das 09:00 quando, já próximo da Escola Básica da Ermida, em São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, se avistou a chegada de um comboio, não de um comboio sobre carris e movido a eletricidade, mas um comboio de 27 crianças de bicicletas acompanhadas de maquinistas, igualmente de bicicletas, que têm como função não verificar se os passageiros têm bilhete, porque é gratuito, mas se chegam à escola em segurança.

O comboio de bicicletas, projeto que está a ser implementado em Matosinhos, tem, à semelhança dos comboios tradicionais hora de saída e chegada, assim como alguns atrasos, e paragens.

Para o apanhar não é preciso ser portador de qualquer bilhete, mas sim ser criança, frequentar as escolas do concelho, ter bicicleta e capacete e, às quartas-feiras, estar na paragem indicada para não perder o comboio e, assim, chegar quando soar o toque de entrada.

Os alunos chegaram a horas, em segurança, divertidos, muito contentes e sob o olhar curioso e atento dos colegas que, já no interior da escola e encostados aos gradeamentos, atiravam um “yeah” ou um simples olá.

“Andar de bicicleta é muito fixe, gosto muito”, confessou à Lusa Leonardo Cavalcante, de 6 anos, que, juntamente com o irmão, apanhou o comboio por volta das 08:05 no qual percorreu cerca de quatro quilómetros até chegar ao destino onde estava a avó com a mochila, porque vir com ela “era pesado”.

A mãe, Laura Cavalcante, que acha este comboio uma excelente iniciativa, afirmou que andar de bicicleta é algo que toda a gente deveria fazer, porque é um excelente meio de transporte, uma boa alternativa ao carro e ótimo para o ambiente.

Com três filhos, dois dos quais já utilizadores deste comboio, Laura Cavalcante, que anda de bicicleta desde os tempos de faculdade, quer que os filhos entendam que a bicicleta é um meio de transporte e tem muitas vantagens.

E que o diga Alice Ribeiro, de 9 anos, que disse que os “carros causam poluição”, por isso, sempre que puder, vai apanhar o comboio de bicicletas.

E acrescentou: “É muito fixe e não é muito perigoso, temos só de ter cuidado a andar”.

E, por falar em cuidados, o colega, João Teixeira, também com 9 anos, enumerou-os todos: usar capacete, parar nos semáforos, não passar à frente do maquinista e dar espaço a quem vai à frente.

E, se cumprirem estes requisitos, chegam em segurança e ajudam o ambiente, comentou.

“As portas das escolas são, provavelmente nas horas de ponta, os sítios mais poluídos das cidades, devido à grande concentração de carros”, afirmou João Araújo, impulsionador deste projeto em Matosinhos e pai de um dos alunos utilizadores do comboio.

Além de ser bom para o ambiente, esta iniciativa é benéfica para as crianças, porque lhes dá autonomia, autoestima, responsabilidade e divertimento, salientou, reforçando que “é seguro pedalar até à escola”.

O percurso demora cerca de 25 a 30 minutos, tem perto de 10 paragens, as crianças têm seguro e os maquinistas são pais ou apaixonados pelas bicicletas, por isso, tem tudo para correr bem, sublinhou João Araújo.

Este comboio de bicicletas ainda está numa fase piloto, sendo objetivo da autarquia estendê-lo a todas as escolas do concelho, referiu o vice-presidente e responsável pelo pelouro da mobilidade, Carlos Mouta.

“Estamos a falar de crianças muito pequeninas, do primeiro ciclo, e a ideia é que elas depois transportem isto para o secundário e mantenham este hábito de usar a bicicleta como meio de transporte”, concluiu.

LER MAIS
Subscrever Canal WhatsApp
RÁDIO ONLINE
Benecar - Cidade do Automóvel
ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL

LINHA CANCRO
DESPORTO DIRETO
A RÁDIO QUE MARCA GOLOS
FAMALICÃO X SPORTING




A RÁDIO QUE MARCA GOLOS
PORTO X VIZELA




A RÁDIO QUE MARCA GOLOS
AROUCA X SPORTING




A RÁDIO QUE MARCA GOLOS
PORTO X BENFICA




RÁDIO REGIONAL NACIONAL: SD | HD



RÁDIO REGIONAL VILA REAL


RÁDIO REGIONAL CHAVES


RÁDIO REGIONAL BRAGANÇA


RÁDIO REGIONAL MIRANDELA


MUSICBOX

WEBRADIO 100% PORTUGAL


WEBRADIO 100% POPULAR


WEBRADIO 100% BRASIL


WEBRADIO 100% ROCK


WEBRADIO 100% OLDIES


WEBRADIO 100% LOVE SONGS


WEBRADIO 100% INSPIRATION


WEBRADIO 100% DANCE

KEYWORDS

FABIO NEURAL @ ENCODING


ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL
NARCÓTICOS ANÓNIMOS
PAGAMENTO PONTUAL


MAIS LIDAS