O FC Porto cedeu hoje um inesperado empate 0-0 em casa do lanterna-vermelha Desportivo das Aves, em jogo da 27.ª jornada da I Liga de futebol, e pode ser alcançado na liderança da prova pelo Benfica.
Num encontro em que teve grande caudal ofensivo, o comandante da Liga não conseguiu ultrapassar os avenses e desperdiçou mesmo uma soberana oportunidade, quando Zé Luís, aos 22 minutos, permitiu que o guarda-redes brasileiro Fábio Szymonek defendesse uma grande penalidade.
Após este empate, os ‘dragões’ comandam a prova com 64 pontos e podem ser alcançados na quarta-feira na liderança pelo Benfica, caso os ‘encarnados’ vençam em casa do Rio Ave, enquanto o Desportivo das Aves continua destacado na última posição, agora com 14 pontos, menos 11 do que o Paços de Ferreira, a primeira equipa acima da linha de despromoção.
Na Vila das Aves, as imensas situações de finalização somadas pelos ‘azuis e brancos’ esbarraram numa exibição ‘endiabrada’ do guarda-redes avense Fábio Szymonek, que travou uma grande penalidade de Zé Luís, aos 22 minutos, deixando a liderança partilhada do campeonato à mercê do Benfica, que visita na quarta-feira o Rio Ave.
Os portistas interromperam uma série de 40 rondas consecutivas a marcar e comandam a I Liga, com 64 pontos, mais três do que as ‘águias’, enquanto o Desportivo das Aves voltou a pontuar cinco rondas depois e continua afundado na 18.ª e última posição, com 14 pontos, menos 11 do que o Paços de Ferreira, a primeira equipa acima da zona de despromoção.
Na ausência dos castigados Alex Telles e Wilson Manafá, Sérgio Conceição improvisou um quarteto defensivo com o regressado Diogo Leite e o estreante Tomás Esteves nos corredores laterais, fortalecendo ainda a zona intermediária com Matheus Uribe e Otávio, que relegaram Danilo e Moussa Marega para o banco de suplentes.
O FC Porto instalou-se desde cedo no meio-campo adversário, mas a lenta circulação de bola dificultou a construção de oportunidades até aos 22 minutos, quando Fábio Szymonek adivinhou uma grande penalidade denunciada de Zé Luís, redimindo-se da falta cometida sobre Otávio na área, na sequência de uma saída em falso dos postes.
O lance ofereceu algum fôlego ao Desportivo das Aves, que até tinha criado o primeiro lance de perigo aos 13 minutos, num remate intercetado de Pedro Soares, tendo Oumar Diakhité rematado cruzado às malhas laterais perto da meia hora, em dois lances excecionais face à necessidade primordial de preencher os espaços com linhas baixas.
Com mais pressa do que inspiração, os ‘dragões’ intensificaram o ritmo e a ligação entre setores a caminho do intervalo e desperdiçaram um cabeceamento flagrante de Pepe aos 44 minutos, mesmo antes de Luis Díaz introduzir a bola na baliza avense e o árbitro Carlos Xistra ter descortinado uma falta de Tomás Esteves no início da jogada.
Precavendo um declínio físico proporcional ao avanço do relógio, o FC Porto reativou o fulgor e a pressão na etapa complementar e colecionou sucessivas situações pelos pés de Sérgio Oliveira (47 minutos) e de Luís Díaz (48 e 53), contrariadas pelos reflexos inspirados de Fábio Szymonek e pela ineficácia dos executantes ‘azuis e brancos’.
Aportando um ‘onze’ com sete novidades, Nuno Manta Santos chamou Rúben Oliveira para refrescar o miolo e estimular os visitantes a lateralizar os ataques, finalizados com inúmeros cruzamentos para o raio de ação de Zé Luís e dos recém-entrados Soares e Moussa Marega, que aqueceu as luvas do guarda-redes brasileiro aos 70 minutos.
Os pupilos de Sérgio Conceição montaram o ‘assalto’ final através da meia-distância de Sérgio Oliveira (80 minutos), da cabeça de Mbemba (90+3) e da desmarcação oportuna de Marega (90+6), cujo desfecho traduziu a noite de sonho de Fábio Szymonek, o sustento de um lanterna-vermelha atormentado num mar de dúvidas existenciais.