INTERNACIONAL
INGLATERRA: O “BREXIT” VENCEU
O Reino Unido a caminho da saída da União Europeia. O resultado do referendo esteve toda a noite renhido, e desde as primeiras horas e primeiras contagens que o Brexit liderava. Só quando a votação chegou aos bastiões do Bremain, como Londres, Oxford e Glasgow, é que o resultado se inverteu. Mas não por muito tempo. Rapidamente o Brexit tomou a liderança. Este é um forte revés para a União Europeia. O que acontece agora? Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
Nesta sexta-feira a União Europeia acordou a caminho de sair da União Europeia. É uma autêntica revolução e contraria todas as expectativas, todas as apostas e a maioria das sondagens, que acreditavam até ontem que o “Bremain” (designação atribuída aos eleitores favoráveis à manutenção da União Europeia) sairia vencedor do referendo.
O “Brexit” (Britan Exit UE) obteve 51,7% e o Bremain (Britan Remain in UE) ficou nos 48,3%.
O Brexit venceu e Nigel Farage, político apologista da saída do Reino Unido da UE, gritou “Independence Day!”.
Ao longo da noite a vitória do Brexit dominou a contagem das 382 circunscrições eleitorais. Mas a esperança que as áreas massivamente favoráveis ao “Bremain”, como a Grande Londres, invertesse o resultado, dominou a noite.
De facto, Londres votou 75% a favor da manutenção do Reino Unido na União Europeia; Oxford votou a favor do Bremain com 70% e Glasgow (Escócia) com 66,6% a favor deste grupo. Já Edimburgo votou a favor da manutenção da UE com 74,44%.
NewCastle teve um quase empate (50,7% a favor do “Bremain” e 49,3% a favor do Brexit).
O Nordeste inglês votou maioritariamente a favor do Brexit.
Mas não foi suficiente, e o referendo de Cameron acabou por ditar o Brexit. O feitiço virou-se contra o feiticeiro. Cameron, ainda apelou durante os últimos meses, ao Bremain, mas de nada serviu. Uma jogada perigosa de David Cameron e que o deixa na História, mas que empurra para fora do Governo em breve.
A vitória do Brexit é um choque para uma União Europeia que tudo fez para não prever a saída de nenhum estado-membro. Conseguiu evitar o Grexit, mas não escapou ao Brexit.
Depois do resultado do referendo, o processo segue os seus trâmites legais. O parlamento britânico necessita de uma “maioria de votos, a fim de evocar o artigo 50 do Tratado da UE e notificar formalmente os seus parceiros sobre a intenção” de abandonar os 28 estados-membros.
O que vai mudar?
O primeiro impacto será sentido na libra (no fim da votação já desvalorizava mais de 10% face ao dólar). Perante este cenário, a recomendação aos investidores com activos denominados em libras passa por fazer uma cobertura de risco da moeda.
O BCE está a planear intervir publicamente, em conjunto com o Banco de Inglaterra, no sentido de tentar acalmar a previsível turbulência nos mercados. É esperada uma declaração pública assegurando que o BCE fará tudo o que for necessário para manter uma adequada liquidez no mercado. O objectivo é permitir que os bancos europeus tenham acesso ilimitado a financiamento em libras e euros, estabelecendo o Bank of England linhas de câmbio com o BCE e o Fed, de forma a fornecer aos bancos europeus as libras e os euros que necessitarem.
Com a saída da União Europeia os bancos dizem não poder garantir a sua actuação no mercado num cenário de volatilidade extrema. Por isso mesmo o Banco de Inglaterra está em alerta máximo, e o mercado acredita que seja o regulador a actuar como ‘market maker’ de último recurso, caso os bancos comerciais não reúnam condições para o fazer.
Hoje há uma reunião do BCE com o Banco de Inglaterra para assegurar liquidez aos bancos em caso de corrida aos câmbios.
Há assim um impacto imediato na City financeira. A Société Générale e ING já avisaram os clientes da possibilidade de problemas de execução de ordens devido a baixos níveis de liquidez. Além disso, também a negociação pode ficar mais cara, com os bancos a aumentarem os ‘spreads’ para reflectir maiores níveis de risco. De qualquer maneira foi pedida uma medida aos bancos, directamente pela entidade supervisora britânica, a Financial Conduct Authority (FCA) e pelo Banco Central Europeu (BCE): Um plano estratégico em caso de Brexit.
Em Portugal directamente na city está o ex-BESI, o Haitong Bank. Em Espanha os bancos expostos ao mercado britânico são os maiores bancos comerciais. Tal como avançado no fim de semana, os bancos BBVA, Santander e Sabadell têm de apresentar planos anti-Brexit ao BCE.
As empresas que são domiciliadas em países da zona do euro e cujas receitas são originadas no Reino Unido poderão sofrer com um crescimento mais lento do PIB consequência do Brexit e ter um efeito negativo no lucro resultante da conversão da libra para euros. A economia do Reino Unido veio para este sufrágio numa situação frágil, com o seu défice da conta corrente perto de 5% do PIB.
George Osborne, secretário de Estado do Tesouro britânico, alertou para o facto de a saída da União Europeia acarretar a perda de milhares de empregos na City.
Como o Reino Unido é um ‘hub’ na prestação de serviços financeiros em toda a Europa, abriga quase 70 por cento de entidades estrangeiras, estas ficam ameaçadas com a perda do direito de desenvolver a sua actividade na UE.
A grande questão que se põe é qual será a futura praça financeira da União Europeia? Os especialistas apostam em Frankfurt, onde está sediado o BCE.
INTERNACIONAL
VACINAS SALVARAM 154 MILHÕES DE VIDAS EM 50 ANOS
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
Em comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e tosse convulsa.
De acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.
O estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e 52% em África.
Por si só, a vacinação contra o sarampo diminuiu 60% da mortalidade infantil à escala global.
A OMS destaca, ainda, que mais de 20 milhões de pessoas podem hoje andar graças à imunização contra a poliomielite.
“As vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo doenças antes temidas”, sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.
Os dados foram publicados num momento de retrocesso da vacinação, causado nomeadamente pela redução dos programas de imunização devido à pandemia da covid-19.
A OMS assinala que 67 milhões de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que necessitavam, o que contribuiu para um aumento de 84% dos casos globais de sarampo entre 2022 e 2023.
O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que hoje começou e termina na terça-feira.
INTERNACIONAL
ADVOGADOS DE TRUMP DECLARAM EX-PRESIDENTE INOCENTE NO INÍCIO DE JULGAMENTO
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Nas declarações iniciais do julgamento de Trump, os procuradores defenderam que o ex-presidente “orquestrou um esquema criminoso para subverter” as eleições presidenciais de 2016.
Os advogados de defesa alegaram que Trump está inocente, acrescentando que o gabinete do procurador distrital de Manhattan “nunca deveria ter aberto este caso”.
Um painel de jurados nova-iorquinos — 12 jurados e seis suplentes — tomou posse na passada sexta-feira, após quatro dias de seleção do júri, e começou hoje a participar naquele que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos EUA.
Trump é acusado de falsificar registos comerciais como parte de um alegado esquema para dissimular histórias que acreditava que poderiam prejudicar a sua campanha presidencial em 2016.
No centro das acusações está um pagamento de cerca de 100 mil euros feito à atriz pornográfica Stormy Daniels por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, para evitar que fosse conhecida uma relação extramatrimonial com o empresário.
Os procuradores dizem que Trump dissimulou a verdadeira natureza dos pagamentos falsificando documentos comerciais.
O ex-presidente nega ter tido um encontro sexual com Daniels e os seus advogados argumentam que os pagamentos feitos a Cohen foram despesas legais legítimas, declarando-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.
Um dos advogados de defesa de Donald Trump concentrou-se durante as declarações iniciais em repetir argumentos colocando em questão a credibilidade de uma das principais testemunhas da acusação: Michael Cohen.
O advogado Todd Blanche forneceu um extenso relato sobre o cadastro criminal de Cohen e sobre o facto de ele já ter sido condenado por mentir sob juramento.
Blanche acusou Cohen de ser “obcecado pelo ex-presidente”, dizendo que “o seu sustento financeiro depende da destruição da reputação de Trump.
“Não se pode tomar uma decisão séria sobre o presidente Trump confiando nas palavras de Michael Cohen”, argumentou Blanche.
Antecipando os prováveis ataques da defesa à sua principal testemunha, o procurador Matthew Colangelo reconheceu o cadastro criminal de Cohen, logo no início do julgamento.
Os advogados de defesa argumentaram ainda que Trump não teve nada a ver com os pagamentos feitos para evitar que histórias sobre a sua vida sexual se tornassem públicas, nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.
Blanche questionou em particular a insinuação feita pela acusação de que o pagamento a Stormy Daniels se destinava a tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais.
“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso chama-se democracia”, concluiu o advogado.
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