Ligue-se a nós

REGIÕES

LISBOA: AUTARQUIA INVESTE NA COMPRA DE NOVAS CÂMARAS DE TRÂNSITO

A Câmara de Lisboa aprovou hoje, em reunião pública do executivo, uma proposta para adquirir novas câmaras de controlo de tráfego a instalar em 64 novos locais e substituir as atuais 22 já instaladas.

Online há

em

A Câmara de Lisboa aprovou hoje, em reunião pública do executivo, uma proposta para adquirir novas câmaras de controlo de tráfego a instalar em 64 novos locais e substituir as atuais 22 já instaladas.

A aquisição mereceu os votos favoráveis do PS (que lidera a câmara), CDS-PP, PSD e PCP, tendo o voto contra do vereador do BE, Manuel Grilo, com quem a autarquia tem um acordo de governação do concelho.

Segundo a proposta, a autarquia quer adquirir um sistema de segurança rodoviária, assente em câmaras de controlo de tráfego, que serão instaladas “predominantemente em zonas de maior sinistralidade rodoviária, promovendo não só um melhor conhecimento das condições de tráfego nestes locais, como também permitindo uma resposta mais rápida, eficaz e coordenada no terreno das diversas forças e serviços de segurança e proteção civil”.

O documento do vereador da Mobilidade e da Segurança, Miguel Gaspar (PS), nota que as câmaras de controlo de tráfego existentes hoje na cidade “permitem observar remotamente as condições de tráfego, não permitindo, contudo, a eficaz deteção de incidentes nem a contagem e classificação de tráfego”.

Neste sentido, o município pretende substituir os equipamentos já existentes, assim como adquirir câmaras de controlo de tráfego, “a instalar em 64 novos locais, de modo a dotar o sistema de uma solução mais robusta e com menor necessidade de manutenção, apoiada em tecnologia mais competente, funcional, eficaz e eficiente”.

Na discussão da proposta, o vereador da Proteção Civil, Carlos Castro, garantiu, em resposta ao PSD, que não se trata de instalar radares e realçou que Lisboa contará “com mais 64” câmaras de controlo de tráfego.

O concurso a ser lançado para a elaboração do projeto, instalação e aquisição dos serviços de manutenção deste sistema de câmaras estabelece um valor base de cerca de 399 mil euros para a substituição de equipamentos e de 1,3 milhões de euros para os novos locais, aos quais acrescem o IVA, perfazendo um total de quase dois milhões de euros.

“Os elevados níveis de motorização atuais (…) podem originar fenómenos de congestionamento na rede rodoviária, potenciadores da adoção, pelos condutores, de comportamentos que põem em causa a segurança dos próprios e de terceiros”, destaca a proposta.

O documento acrescenta que a utilização de tecnologias mais recentes possibilita “a deteção, de forma automática, de situações anómalas de elevado risco, tendo, por isso, particular importância no combate à sinistralidade rodoviária”.

A câmara terá, assim, um conhecimento mais profundo do tráfego rodoviário em Lisboa, através da “informação necessária à otimização das redes viárias”.

Para a sessão de hoje, estava ainda agendada uma proposta do BE para apoiar financeiramente as associações de estudantes para dar “resposta imediata às necessidades de alojamento”, estabelecendo-se critérios para a atribuição do apoio, nomeadamente que se assegure o arrendamento a preços regulados.

A vereadora Teresa Leal Coelho (eleita pelo PSD e a quem a concelhia retirou a confiança política recentemente) levantou dúvidas relativamente ao facto de a proposta destinar-se apenas aos estudantes do ensino público, tendo o eleito do BE dito que se tratava de um lapso e que seria retirada a expressão.