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MINAS: PROTOCOLO ENTRE LUSORECURSOS E ENTIDADES DE MONTALEGRE CRITICADO E CANCELADO

Nove entidades de Montalegre e a Lusorecursos, empresa que quer explorar uma mina de lítio no concelho, rescindiram um contrato celebrado recentemente depois de fortes críticas por parte das comunidades locais, segundo comunicados divulgados hoje.

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Nove entidades de Montalegre e a Lusorecursos, empresa que quer explorar uma mina de lítio no concelho, rescindiram um contrato celebrado recentemente depois de fortes críticas por parte das comunidades locais, segundo comunicados divulgados hoje.

O Movimento Não às Minas — Montalegre, também em comunicado, manifestou a sua “perplexidade relativamente à assinatura e consequente desvinculação do protocolo”.

No dia 16 de junho foi assinado um protocolo entre a Lusorecursos Portugal Lithium, promotora da mina proposta para o Norte do distrito de Vila Real, e a Associação Amigos da Misarela, a Associação do Campo (Cervos), a Associação de Desenvolvimento de Tourém, a Associação dos Baldios do Parque Nacional da Peneda-Gerês, a Associação para o Desenvolvimento de Pitões, a Vezeira — Associação de Desenvolvimento de Fafião, o Conselho Diretivo dos Baldios de Cervos, o Conselho Diretivo dos Baldios de Cabril e a Junta de Freguesia de Cabril.

No protocolo, a que a agência Lusa teve acesso, pode ler-se que as entidades “representativas das comunidades locais manifestam um apoio claro e inequívoco à realização do projeto de exploração da mina de lítio do Romano em Montalegre, reconhecendo a sua importância para o desenvolvimento sustentável da região e manifestarão este apoio publicamente”.

O documento gerou fortes críticas a nível local e hoje foi anunciada a sua denúncia.

“Depois de ouvidas as comunidades locais e associados, verificamos que o referente protocolo não vai ao encontro às expectativas destes, bem como os princípios basilares das entidades signatárias”, refere o comunicado divulgado pelas entidades através das redes sociais.

Acrescentam ainda que este documento será enviado para as entidades competentes, nomeadamente a Agência Portuguesa do Ambiente (APA)”.

Perante o “nível de controvérsia gerado” e de modo a “assegurar a desejada paz social” a Lusorecursos disse que decidiu desvincular-se do protocolo, “comprometendo-se unilateralmente à outorga das contrapartidas referidas visando o desenvolvimento sustentado do território, dentro do máximo permitido pela lei”.

A reformulação do projeto “Concessão de Exploração de Depósitos Minerais de Lítio e Minerais Associados – Romano”, da Lusorecursos, encontra-se em consulta pública desde o dia 27 de julho e até 24 de julho.

O prazo inicial era até sexta-feira, 10 de julho, mas por decisão do presidente do conselho diretivo da APA, foi prorrogado por um período de 10 dias úteis.

Foi na documentação divulgada no âmbito da consulta pública que, segundo o Movimento Não às Minas – Montalegre, se ficou a conhecer o protocolo.

“Enquanto movimento de defesa do ambiente e do modo de vida das populações, preocupa-nos que os representantes das entidades locais subscritoras não tenham consciência dos graves impactes ambientais, sociais e económicos para a região e, repudiamos a falta de empatia e solidariedade para com os seus conterrâneos que sofrerão direta ou indiretamente com os malefícios deste projeto destruidor da região de Barroso. É nosso entendimento que, neste concelho, não poderá haver uma zona de sacrifício, condenada à destruição, e outra zona, dita privilegiada, que usufruirá das alegadas contrapartidas resultantes da destruição da primeira. É injusto e desumano”, salientou esta organização.

Acrescentou que “nenhuma desvinculação apagará o ato praticado e a ignomínia do mesmo”.

“Estariam todos os signatários legalmente mandatados para a prática de tal ato? Alegadamente, o assunto não terá sido discutido e aprovado nas reuniões dos respetivos órgãos sociais de algumas entidades. Por outro lado, importa saber quais as contrapartidas efetivas para cada uma das entidades signatárias”, questionou o movimento.

Apontou ainda que “o amadorismo e irresponsabilidade ficaram mais uma vez patentes na atuação da empresa”.

A reformulação do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) visa a análise das localizações do complexo de anexos mineiros (CAM), que inclui a refinaria, lavaria e edifícios administrativos, bem como das medidas de minimização e compensação ambientais com incidência na população do lobo-ibérico.

No início do ano a empresa disse que foi notificada sobre um “parecer favorável” ao projeto que prevê uma exploração mista, a céu aberto e subterrânea, especificando que foi chumbado a localização do CAM devido à presença de uma alcateia.

DESTAQUE

VIANA DO VASTELO: HOSPITAL CONTRATA MÉDICOS “TEMPORÁRIOS” – FNAM

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) denunciou hoje o “biscate” utilizado pela Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) para suprir a falta de médicos motivada pela recusa em exceder as 150 horas de trabalho extraordinário anual.

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A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) denunciou hoje o “biscate” utilizado pela Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) para suprir a falta de médicos motivada pela recusa em exceder as 150 horas de trabalho extraordinário anual.

AFNAM classifica de “biscate” o recrutamento de médicos através de um “concurso por intermédio de uma empresa de trabalho temporário para suprir as falhas que não quer resolver por via da contratação de mais médicos sem termo”.

“Depois da tentativa de escalar médicos que já tinham manifestado indisponibilidade para fazer mais do que as 150 horas extraordinárias anuais legalmente previstas, o conselho de administração da ULSAM tornou pública a contratação de médicos avulso, para dois turnos noturnos, das 20:00 às 08:00, por um período máximo de 728 horas, pagos a 35,5 euros, por hora”, lê-se num comunicado hoje emitido pela FNAM.

Para a FNAM, “o valor oferecido para pagar as consequências da falta de médicos é um insulto a quem tem alegado falta de verbas para concretizar um programa de emergência para fixar médicos e salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), atribuindo “a responsabilidade deste absurdo, exclusivamente, ao Ministério da Saúde e ao Governo”.

“Este valor é muito superior ao que ganham os médicos nos primeiros anos da especialidade, cujo valor por hora é de 16,52 euros, ou dos internos, cujo valor, por hora, varia entre 9,54 euros e 11,73 euros ou, mesmo de um médico no topo da carreira, em 42 horas com dedicação exclusiva, cujo valor, por hora, pode chegar até 32,45 euros, o mais alto da tabela salarial em vigor e, ainda assim, mais baixo do que o conselho de administração da ULSAM está a oferecer para resolver o problema da falta de médicos”, sustenta a FNAM.

A agência Lusa contactou o conselho de administração da ULSAM, mas ainda não obteve resposta.

Para a FNAM, “este é um episódio revelador do modelo de trabalho que o Governo e as administrações hospitalares querem generalizar no SNS”.

“O anúncio com a oferta de biscate na ULSAM, que denunciamos, concretiza aquilo que a FNAM tem vindo a denunciar: o Ministério da Saúde e o Governo, ao recusarem as propostas dos médicos para defender a carreira médica e o futuro do SNS, são os responsáveis pelo desenvolvimento de um modelo de trabalho precário, com contratações a termo, ferido de direitos e incapaz de construir as equipas que o SNS precisa para estar à altura das necessidades dos utentes”, acrescenta o comunicado.

Para a FNAM, trata-se de “um modelo de trabalho que mais não é do que um decalque do modelo empresarial das companhias de ‘low cost'”.

“Não é útil para a salvaguarda do SNS, nem tão pouco é capaz de ser económico, uma vez que o recurso a empresas de trabalho temporário para suprir tarefas regulares e fixas dos diferentes serviços de saúde do SNS implica gastar até cerca de três vezes mais por hora”, sustenta.

A FNAM adianta que “o Ministério da Saúde, o Governo e os conselhos de administração pretendem reduzir custos fixos com trabalhadores, mesmo que isso signifique gastar mais dinheiro, investindo numa contratação avulsa, desprovida de direitos e de projeto”.

“É uma escolha política, e os principais lesados são os utentes. Recusamos e combateremos um modelo de trabalho precário, onde são aplicadas métricas já obsoletas no universo de produção fabril, quanto mais aplicadas à prática clínica, e que, para cúmulo do absurdo, acabam por sair mais caras aos utentes, que ficam simultaneamente com menos SNS e com uma gestão danosa dos recursos públicos”, frisa.

A FNAM garante que não vai “ceder à pressão” e nem vai “recuar”: “Dizemos ‘somos todos Viana do Castelo’ e ‘somos todos SNS’, sendo que tudo faremos para evitar a transformação do SNS numa plataforma precária de serviços de saúde”.

A FNAM assegura que vai continuar a “mobilizar os médicos para que se recusem a exceder o limite legal das 150 horas de trabalho suplementar, exercendo a profissão e assistindo os utentes sem estarem condicionados pela exaustão”.

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AMÉRICO AGUIAR NOMEADO BISPO DE SETÚBAL

O bispo auxiliar de Lisboa e futuro cardeal Américo Aguiar foi hoje nomeado bispo de Setúbal, informou a Conferência Episcopal portuguesa (CEP).

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O bispo auxiliar de Lisboa e futuro cardeal Américo Aguiar foi hoje nomeado bispo de Setúbal, informou a Conferência Episcopal portuguesa (CEP).

“O Papa Francisco nomeou hoje D. Américo Manuel Alves Aguiar como Bispo de Setúbal”, lê-se num comunicado da CEP.

Américo Aguiar, de 49 anos, tomará posse da sua nova diocese no dia 26 de outubro, data em que se completam 48 anos sobre a ordenação episcopal do primeiro bispo de Setúbal, Manuel Martins.

A diocese de Setúbal estava sem bispo titular desde o início de 2022, quando o atual presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas, foi nomeado bispo de Leiria-Fátima.

Américo Aguiar, que no próximo dia 30 de setembro será criado cardeal no consistório a realizar no Vaticano, é o quarto bispo de Setúbal, depois de Manuel Martins, Gilberto dos Reis Canavarro e José Ornelas.

Nascido em Leça do Balio, Matosinhos, em 12 de dezembro de 1973, Américo Aguiar foi ordenado padre em 2001 e bispo em 2019.

É presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, tendo sido o principal rosto da organização do encontro mundial de jovens com o Papa, que se realizou em Lisboa entre 01 e 06 de agosto deste ano.

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