INTERNACIONAL
NAÇÕES UNIDAS CONSIDERAM O AMBIENTE LIMPO COMO UM DIREITO HUMANO – ZERO ELOGIA DECISÃO
A associação ambientalista Zero congratulou-se hoje com a que considerou “decisão histórica” da Assembleia-Geral das Nações Unidas de consagrar o direito humano a um ambiente limpo, saudável e sustentável.

A associação ambientalista Zero congratulou-se hoje com a que considerou “decisão histórica” da Assembleia-Geral das Nações Unidas de consagrar o direito humano a um ambiente limpo, saudável e sustentável.
A Assembleia-Geral da ONU aprovou hoje uma resolução que pela primeira vez consagra universalmente o direito humano a um ambiente “limpo, saudável e sustentável”.
Num comentário à decisão a associação considera que se trata de uma “vitória preparada ao longo de quase 50 anos por muitas organizações da sociedade civil e representantes dos povos indígenas”.
A Zero lembra que a última vez que as Nações Unidas reconheceram um direito humano — o direito à água — foi em 2010. E acrescenta: “Em resultado desse reconhecimento houve um aumento exponencial de ações e proteções das pessoas um pouco por todo o globo”.
“Partilhamos a expectativa que este reconhecimento do direito a um ambiente limpo, saudável e sustentável possa alavancar uma nova era para a política ambiental e de combate às alterações climáticas”, salienta a Zero no comunicado.
A associação recorda que o direito já é reconhecido em Portugal, por força do artigo 66.º, relativo ao ambiente e qualidade de vida, da Constituição da República. E diz esperar que o mesmo se passe agora em muitos outros países, “não apenas no papel mas na prática”.

INTERNACIONAL
INVESTIGAÇÃO SUECA DESCARTA SABOTAGEM AOS CABOS SUBMARINOS
O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.
“Foi estabelecido que uma combinação de condições climatéricas, falhas de equipamento e erros de navegação contribuíram” para os danos, afirmou Mats Ljungqvist em comunicado.
A Suécia tinha abordado um navio búlgaro, o “Vezhen”, no âmbito da investigação de “sabotagem agravada”.
O diretor executivo da empresa de navegação búlgara NaviBulgar negou qualquer irregularidade.
“A investigação mostra agora claramente que não se tratou de sabotagem”, graças ‘aos interrogatórios, às apreensões efetuadas e analisadas e aos exames do local do incidente’, acrescentou Ljungqvist.
O navio apreendido foi, no entanto, a causa dos danos no cabo, segundo o procurador. A investigação prossegue para determinar se foram cometidas outras infrações relacionadas com este incidente.
Na madrugada de 26 de janeiro, foi danificado um cabo de fibra ótica pertencente ao Centro Nacional de Rádio e Televisão da Letónia (LVRTC), que liga a ilha sueca de Gotland à cidade letã de Ventspils.
O LVRTC afirmou que as avaliações preliminares sugeriam “fatores externos”.
Num contexto de vigilância reforçada face às ameaças de “guerra híbrida”, a Noruega abordou brevemente, entre quinta e sexta-feira, um navio norueguês com tripulação russa por suspeita de envolvimento nos danos, antes de o deixar regressar ao mar por falta de provas.
Vários cabos submarinos foram danificados ou quebrados nos últimos meses no Mar Báltico.
Em resposta à natureza repetida destes acontecimentos, a organização do Tratyado do Atlântico Norte (NATO) anunciou em janeiro o lançamento de uma missão de patrulha para proteger esta infraestrutura submarina sensível.
Aeronaves, navios e ‘drones’ estão agora a ser destacados de forma mais frequente e regular para o Mar Báltico, no âmbito de uma nova operação designada “Baltic Sentinel” (“Sentinela do Báltico”).
INTERNACIONAL
WHATSAPP DENUNCIA CIBERESPIONAGEM A JORNALISTAS COM “SOFTWARE” ISRAELITA
A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.
O WhatsApp (que pertence à empresa norte-americana Meta) disse que a campanha usou ‘spyware’ da empresa israelita Paragon Solutions e teve como alvo cerca de 90 jornalistas e ativistas de 20 países, a maioria da Europa.
Os alvos foram notificados e a operação foi interrompida em dezembro de 2024, segundo noticiou a NBC News.
O WhatsApp disse que a Paragon usou um ‘vetor’ — um método de acesso ilegal a uma rede, possivelmente através de grupos de conversação e do envio de um ficheiro malicioso — mas não sabe quem perpetrou o ataque.
O WhatsApp, que não respondeu às perguntas da agência de notícias EFE sobre o ataque e a nacionalidade dos afetados, enviou uma carta à Paragon a pedir que cesse as suas atividades e não descartou ações legais, segundo a edição norte-americana do The Guardian.
O jornalista italiano Francesco Cancellato, que conduz o jornal ‘online’ de investigação Fanpage, disse na sexta-feira que foi notificado pelo WhatsApp como uma das vítimas da campanha de ciberespionagem.
“As nossas investigações indicam que pode ter recebido um ficheiro malicioso via WhatsApp e que o ‘spyware’ pode ter levado a que acedessem aos seus dados, incluindo mensagens guardadas no dispositivo”, refere a notificação da rede social.
A Paragon é a criadora do programa de espionagem Graphite, tem como clientes agências governamentais e foi recentemente adquirida pelo grupo de investimento norte-americano AE Industrial Partners.
Segundo o seu ‘site’, a Paragon define-se como uma empresa de ciberdefesa e oferece soluções “baseadas na ética” para “localizar e analisar dados digitais”, formar trabalhadores digitais ou “mitigar ameaças”.
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