ARTE & CULTURA
PORTO: CONCERTO DE TIM (XUTOS & PONTAPÉS) COM O NOVO ÁLBUM 20-20-20 (ENTREVISTA)
Quando Tim se preparava para lançar o seu novo álbum de originais a pandemia trocou-lhe as voltas, e depois de Lisboa só agora é que o Porto vai conhecer o concerto de apresentação. O local e hora está marcado: Sábado, dia 18-09-2021 no Coliseu do Porto.

Chama-se 20-20-20 é o novo álbum de Tim, que coincidência ou não corresponde aos 60 anos de vida de António Manuel Lopes dos Santos, carinhosamente conhecido pelos portugueses como “Tim dos Xutos & Pontapés”. Raro português que não tenha vivido momentos inesquecíveis ao som dos Xutos & Pontapés nas principais festas académicas ou concertos das festas de verão. Tim será provavelmente o artista que ganhou por direito próprio o seu lugar na história da música, mas acima de tudo no coração dos Portugueses.
Quando Tim se preparava para lançar o seu novo álbum de originais a pandemia trocou-lhe as voltas, e depois de Lisboa só agora é que o Porto vai conhecer o concerto de apresentação. O local e hora está marcado: Sábado, dia 18-09-2021 no Coliseu do Porto. O convite está feito e pode ouvir aqui:
O novo álbum 20-20-20 nasceu em janeiro de 2020 e passou por três locais importantes para Tim, a sua casa, a Praia de Zambujeira do Mar e um estúdio profissional em Toronto (Canadá). Este novo álbum conta com a participação dos filhos de Tim, o Sebastião Santos (bateria) e Vicente Santos (piano), e de José Moz Carrapa e Nuno Espírito Santo; um grupo de amigos de três gerações que protagonizam as 12 canções deste novo álbum de originais. Oiça aqui.
Em 20-20-20 sente-se a vida, o lar e a família; as histórias da vida de Tim como se uma autobiografia musical se tratasse. Mas o que esperar deste concerto ? Sem hesitações Tim esclarece que será interpretado todo o álbum no ambiente dos “três vinte’s” com forte presença dos músicos, os temas clássicos e um grande final; com sorrisos esclareceu “não vamos ter cornetas nem elefantes” disse o artista. Oiça aqui.
Para Tim o “lar” é uma palavra muito especial que mereceu honras título da primeira música do álbum. Como se de premonição de tratasse foi o lar que serviu de aconchego a milhões de portugueses em confinamento. Tim esclareceu que foi um desafio que lançou aos filhos antes da pandemia, mas depois do confinamento “a intimidade do lar passou a ter uma importância muito maior do que pensávamos“, rematou o artista quando questionado se este álbum seria uma celebração da família. Oiça aqui.
Mas é a canção “Nunca me Digas Adeus” (faixa 12) que mereceu uma especial atenção. Tim confessa que não gosta de despedidas, não gosta do “adeus” e pensa sempre no regresso como diz a canção “hei de voltar e chorar-mos juntos” diz a canção. Tim conta a história dessa última faixa musical, foi tudo muito rápido numa dedicatória aos amigos numa celebração à amizade e ao “regresso”. Para Tim não há despedidas, apenas um “até já” … Oiça aqui.
Guardamos para o final a pergunta mais difícil. Algures em 20-20-20 sentimos a memória do Zé Pedro. Tim esclarece “quando temos 60 anos os amigos começam a ir embora … e os que já partiram vivem em sonhos” …. Oiça aqui.
Bilhetes, Onde comprar ? BILHETEIRA ONLINE
ALBUM 20-20-20 FAIXA A FAIXA
1. LAR
É o retrato do sítio onde vivo e do meu dia-a-dia. Como vivo no campo e tenho sempre, pelo menos, 40 minutos de viagem que me permitem pensar muitas vezes na lista de tarefas para fazer quando chegar a casa. Estão aqui os ambientes todos do lar – o campo, o interior da casa, os instrumentos musicais, as coisas que há para fazer, as canções que estão por compor e por cantar, a festa de Natal, etc. Este tema foi a chave do disco. Foi o tema que construí para o grupo tocar e para explicar que a ideia era esta: falar destas coisas e estarmos neste ambiente.
2. O MOCHO
Quando fiz esta canção comecei pela ideia que é chegar a casa à uma ou às duas da manhã e, entre parar o carro e entrar em casa, está por ali um mocho. Fico um pouco a olhar para as estrelas, a ouvir o mocho e a pensar que ele, que também mora ali, não sabe que aquela casa é minha. Partilhamos esse sentimento: aquilo é dele e é meu. Ele canta e eu também canto. Tem que ver com a minha relação com aquele espaço, que não é assim tão campestre e tão isolado como as pessoas possam pensar, mas tem espaço e tem… um mocho.
3. GATO PRETO, GATO BRANCO
Nasceu na ressaca do Natal. Temos sempre alguma reunião lá em casa e a canção passou-se já na ressaca, quando a coisa acalma. O dia estava bonito, era um domingo, os gatos andavam por ali e eu não tinha de fazer nada. Peguei no gravador de 4 pistas e fiz este tema. Depois, quando comecei a cantar pensei na imagem que desse momento, com os gatos a brincar por ali, sem qualquer preocupação, tudo em em paz e em que se podia apreciar e invejar aquela vida de gato, a liberdade e a felicidade deles.
4. E MAIS UM DIA
Aqui já é a banda toda a tocar lá em casa. Tirando os temas de apresentação com começámos a trabalhar (Lar, O Mocho e Gato Preto, Gato Branco), passámos depois a tocar um pouco mais a sério, já todos mais à-vontade com a situação e com a sonoridade. Nos outros temas ainda era eu que dirigia muito; a partir do E Mais Um Dia a banda começa a ter alguma influência. A canção tem que ver com uma espécie de queda em sonho, onde se encontra as pessoas que foram embora, que tiveram a sua hora. Estes últimos anos não foram muito felizes nesse sentido e a canção apareceu.
5. TRAÇO A DIREITO
Este já foi gravado no Canadá, mas é talvez o tema mais velhote que está no disco. É daqueles temas que nunca teve oportunidade e eu sempre gostei dele porque parte da minha desconfiança com os traços a direito, os destinos e as coisas traçadas. Tem que ver também com aquela ideia da minha juventude em que se não tirássemos um curso não éramos nada. Começa por aí e depois segue a desconfiar dessas certezas que, por vezes, nos vendem. A parte engraçada é que o final acabou por ser exatamente o contrário do traço a direito – houve uma desbunda do Moz e do Vicente e conseguimos transformar aquilo num arco-íris de cores e de sons, exatamente para contrariar o raio do traço a direito.
6. ONDAS DO MAR
Esta canção tem que ver com aquela sensação de vertigem que pode acontecer quando se está num certo sítio a olhar o mar. Aqueles momentos em que nos pensamos pequeninos ou grandes, aqueles momentos em que estamos diante da beleza de as ondas serem tantas, todas iguais e todas diferentes. As oportunidades também são muitas e não podemos ficar presos àquele momento em que parece que tudo se resume a nós, ao o amor e à terra. A vida continua por aí e temos de nos lançar a ela. Começa aí uma série de temas ligados à praia, em que já andava a trabalhar há algum tempo, que é de banda rock, não é aquilo a que estou habituado.
7. PARECE IMPOSSÍVEL
É uma canção de amor, disfarçadamente. A letra pode ficar um bocadinho datada, porque acabou por acertar em cheio naquilo que vivemos com a pandemia. Às vezes as pessoas estão numa situação de felicidade e não a reconhecem, não lhe atribuem o valor que devia ter e esse valor só aparece depois, quando essa situação deixa de poder acontecer. É só isso. É aquele instante em que se diz “Parece impossível, estava tudo tão bom”.
8. PÔR DO SOL
As bases desses temas foram gravadas, estruturadas e cantadas na Zambujeira do Mar. A Costa Vicentina tem essa qualidade de nos colocar diante do efémero e perante aquela grandiosidade, aquelas forças, levar-nos a pensar naquilo que somos, O ambiente musical tem que ver com uma espécie de calma que também existe ali, uma espécie de sorriso interior que sinto quando estou lá. Depois tem um truquezinho lá pelo meio, ao falar das pessoas realmente mais vampirescas que também existem na Zambujeira e só saem à noite. De dia estão numas praias quaisquer, não sabemos bem, e à noite aparecem.
9. BORA LÁ
Aqui começa a grande aventura do Canadá. Fui muitas vezes ao Canadá, com os Xutos e com a Resistência, e não conseguia passar a ideia completa aos meus filhos do que era a vivência naquele país, especificamente em Toronto. Também já tinha a ideia de levar a banda a um estúdio que eles não conhecessem e que fosse fora daqui, para fazermos uma espécie de residência. Então marcámos um estúdio através da Rádio Camões, a estação portuguesa de Toronto, fizemos uma residência de cinco dias e um concerto no final. Foi lá no Canadá que estreámos o disco, quando tocámos quatro músicas nesse concerto. No meio daquilo tudo, quando estávamos a ser tão bem tratados e tão bem recebidos mais uma vez em Toronto, não me parecia nada mal que acontecesse uma canção para o Canadá. Estava lá também o cantor luso-canadiano Peter Serrado, que já tinha tocado na primeira parte de um concertos dos Xutos, e deu mais sentido à parte final do tema, quando o ‘tuga se torna canadiano – o que acontece com todos os que estão lá. Tenho muitos amigos no Canadá e foi uma forma de lhes dar um bocadinho de atenção.
10. DESCULPA LÁ
É uma canção muito centrada na amizade, em estarmos juntos, mesmo que tenhamos coisas menos boas para falar. Não nos vamos esquecer uns dos outros. É mais uma das canções que ganhou vida no Canadá. Não gosto muito de explicar as letras, mas o feeling que está por baixo é aquilo que se diz no fim da letra – não é nada complicado, é só estar aqui convosco e passar um bom bocado. Se temos de passar por esta vida, que passemos uns bons bocados, com aqueles de quem gostamos.
11. LOUCA CIGARRA
É um tema que começa um bocado psicadélico, mas quando comecei imaginei-me a escrever para um fado. Em termos de escrita, vamos pensar que aquilo era um fado, mas depois a música era outra. E lá saiu a Louca Cigarra, que é também uma homenagem a toda a malta que anda por aqui e que tem esse vício do rock’n’roll, que fez muita asneira na vida mas cá está na mesma. A malta que não conseguiu resistir à luzinha da vela ou do candeeiro e não pára de cantar.
12. NÃO ME DIGAS ADEUS
É uma canção para evitar despedidas. Não gosto muito de despedidas e o feeling da canção era esse. Já vinha de trás e terminei-a no Canadá. Já tinha essa ideia de não gostar de despedidas, mas depois foquei-me na malta que estava a trabalhar comigo e concluí a canção, pensando que havemos de ver-nos outra vez. Volta àquele sentimento de gostar de estar com as pessoas e que acabou por regressar para esta música com que quis fechar o disco.

ARTE & CULTURA
MENOS DE DOIS TERÇOS DOS PORTUGUESES COMPRARAM LIVROS EM 2022
Menos de dois terços dos portugueses compraram livros no ano passado, de acordo com um inquérito hoje divulgado pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).

Menos de dois terços dos portugueses compraram livros no ano passado, de acordo com um inquérito hoje divulgado pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
“Os dados recolhidos permitem concluir que 62% dos inquiridos compraram livros no último ano e, destes, 70% afirmaram que compraram o mesmo ou mais do que no ano anterior. O estudo apurou também que os jovens entre os 15 e os 34 anos continuam a ter o hábito de comprar livros, sendo quem mais comprou no último ano (28%)”, lê-se no comunicado sobre o inquérito feito pela GfK a 1.001 pessoas entre julho e agosto.
Segundo os destaques do inquérito, que tinha apresentação prevista para hoje de manhã no evento Book 2.0, que vai discutir até sexta-feira em Lisboa “o futuro da leitura”, o mercado livreiro em Portugal representou 175 milhões de euros em 2022, com um total de 21.115 livros lançados.
“Foi muito interessante perceber a importância que os livros continuam a ter nas camadas mais jovens, que representam atualmente a faixa etária onde mais se compra livros. Num país com os índices de leitura mais baixos da Europa, estes números trazem-nos esperança no futuro, fazem-nos acreditar que é possível mudar hábitos para as gerações futuras”, disse o presidente da APEL, Pedro Sobral, citado no comunicado.
De acordo com o mesmo texto, as compras de livros tiveram subidas na Grande Lisboa e na região Sul, e quebras “no Grande Porto, Interior e Litoral”, num mercado onde os “lares com um ‘status’ social mais elevado” são quem mais compra obras literárias.
“Não podemos ficar satisfeitos se assistimos a uma subida do índice de compra de livros, mas apenas na Grande Lisboa. O aumento da leitura deve ser transversal a todo o país, independentemente da classe económica ou da região do país, por isso democratizar o acesso ao livro deve ser um imperativo nacional”, afirmou Pedro Sobral.
O mercado português é dominado por quatro grupos de livrarias em rede, que detêm 80 lojas, “nove retalhistas multiproduto, correspondentes a 1.200 pontos de venda; oito grupos de grande distribuição, com 1.800 pontos de venda, e quatro livrarias únicas”.
O Book 2.0 vai juntar em Lisboa múltiplas figuras, da área do livro e de fora dele, para debater o futuro da leitura.
De acordo com o programa, a abertura contou com a presença de Pedro Freitas, conhecido por o Poeta da Cidade, num momento sob o tema “O poder de transformar o nosso mundo”, seguindo-se discursos de Pedro Sobral e da presidente da Associação Internacional de Editores, Karine Pansa.
Ao longo do dia estão previstas conversas entre pessoas como o psiquiatra Daniel Sampaio e o escritor João Tordo, entre as escritoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada ou entre as autoras Dulce Maria Cardoso, Tânia Ganho e Isabela Figueiredo.
Estão também marcados painéis sobre “Inteligência Artificial: Oportunidades e Desafios”, o BookTok e ainda “Preconceitos Ocultos na Indústria Editorial Inclusiva”, entre muitos outros.
O dia de hoje encerra com o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, a ser entrevistado pelo editor de Cultura do Observador, Tiago Pereira, e com um discurso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Na sexta-feira, há conversas entre, por exemplo, o antigo ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas e os escritores Rodrigo Guedes de Carvalho e Juan Gabriel Vasquez, para além de vários painéis dedicados à Educação, com destaque para uma entrevista ao ministro da Educação, João Costa, pela jornalista Isabel Lucas.
ARTE & CULTURA
MORREU TOTO CUTUGNO, VOZ DE “L’ITALIANO” E VENCEDOR DA EUROVISÃO EM 1990
O cantor italiano Toto Cutugno, conhecido internacionalmente pelo seu sucesso ‘Un Italiano vero’ e pela vitória no Festival Eurovisão da Canção em 1990, com ‘Insieme: 1992’, morreu hoje, aos 80 anos, anunciou o seu empresário.

O cantor italiano Toto Cutugno, conhecido internacionalmente pelo seu sucesso ‘Un Italiano vero’ e pela vitória no Festival Eurovisão da Canção em 1990, com ‘Insieme: 1992’, morreu hoje, aos 80 anos, anunciou o seu empresário.
“Depois de uma longa doença, o estado do cantor piorou nos últimos meses”, revelou Danilo Mancuso, citado pela agência italiana Ansa.
Também a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, recordou o cantor através da rede social X (antigo Twitter): “Adeus a Toto Cutugno, um verdadeiro italiano”.
O ministro da Cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, lembrou, por sua vez, “um artista orgulhoso em ser italiano, apreciado também no estrangeiro, cujos sucessos foram a banda sonora de uma época”.
O maior sucesso de Toto Cutugno data de 1983: ‘Un Italiano vero’, canção também conhecida simplesmente como ‘L’italiano’, que alcançou o primeiro lugar nas tabelas musicais de Itália e da Suíça, e o número dois em França.
Em 1990, o músico italiano conquistou o Festival Eurovisão da Canção em Zagreb com o tema ‘Insieme: 1992’, uma canção sobre a Europa.
Depois de Gigliola Cinquetti em 1964, tornou-se o segundo italiano a vencer o Festival Eurovisão.
Os dois artistas apresentaram no ano seguinte, em 1991, a edição do festival que se realizou em Roma.
Salvatore Cutugno, conhecido como Toto Cutugno, nasceu em 07 de julho de 1943 na Toscana e compôs para muitos cantores franceses, especialmente na década de 1970, como Michel Sardou (“En chantant”), Mireille Mathieu, Gérard Lenorman, Joe Dassin, Johnny Hallyday, Herve Vilard e Sheila.
O cantor e compositor vendeu mais de 100 milhões de discos, segundo o jornal Il Corriere della Será.
-
DESPORTO DIRETO4 semanas atrás
DIRETO: GIL VICENTE X SL BENFICA (20:30)
-
DESPORTO DIRETO4 semanas atrás
DIRETO: RIO AVE FC X FC PORTO (20:15)
-
DESPORTO DIRETO3 semanas atrás
DIRETO: SC BRAGA X SPORTING CP (20:30)
-
DESPORTO DIRETO3 semanas atrás
DIRETO: FC PORTO X FC AROUCA (18:00)
-
DESPORTO DIRETO1 semana atrás
DIRETO: FC VIZELA X SL BENFICA (20:30)
-
DESPORTO DIRETO2 dias atrás
DIRETO: FC PORTO X GIL VICENTE FC (20:30)
-
MAGAZINE2 semanas atrás
CINEMA E DESPORTO: UMA UNIÃO DE SUCESSO
-
NACIONAL4 semanas atrás
QUASE 50 MIL ALUNOS COLOCADOS, APENAS 16% FICARAM DE FORA