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PORTO: REQUALIFICAÇÃO DA PONTE D. LUÍS I APROXIMA-SE DO FINAL

Entre as memórias a preto e branco do final do século XIX e uma tarde soalheira de 2023, cerca de 140 anos contam a história da ponte Luiz I, cuja requalificação do tabuleiro inferior se aproxima do final.

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Entre as memórias a preto e branco do final do século XIX e uma tarde soalheira de 2023, cerca de 140 anos contam a história da ponte Luiz I, cuja requalificação do tabuleiro inferior se aproxima do final.

Prevista para o fim do mês, a empreitada de requalificação iniciada em outubro de 2021 expôs a memória de três séculos distintos que atravessam o Porto e Gaia, em que o desgaste do tempo se fez sentir no aço de Théophile Seyrig, o colaborador de Gustave Eiffel que engenhou a travessia.

“Só após a decapagem da pintura aqui da ponte pudemos verificar que havia mais anomalias do que aquelas que estávamos a contar, e que estavam previstas no projeto. Tivemos que rever o projeto e colocar mais chapa, mais cantoneiras, e isso claro que atrasa a obra”, disse à Lusa Joana Moita, engenheira responsável pela fiscalização da empreitada a cargo da Infraestruturas de Portugal (IP).

Segundo a responsável da IP, só após descobrir estas dificuldades foi possível “verificar que os topos das vigas estavam em muito mau estado, assim como os aparelhos de apoio”, obrigando a que se os tivessem de “substituir na íntegra” e a esticar os prazos seis meses.

“Neste momento esses trabalhos já estão totalmente feitos, e agora estamos a correr para o final do mês, se tudo ajudar”, especialmente o São Pedro, que “não tem ajudado muito”, sobretudo no campo da pintura.

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Atualmente, os trabalhos desenvolvem-se do lado de Gaia, já que “toda a parte da zona norte”, no Porto, já está pronta.

Debaixo da ponte, suportados apenas por andaimes, os 30 a 40 trabalhadores (chegaram a ser cerca de 70) agacham-se para trabalhar no que falta, enquanto corre o rio para o mar.

“Estamos a terminar lá os trabalhos de reforços, temos ainda a laje de transição executada, a instalação do oleodinâmico, e estamos a terminar com as pinturas”, explica Joana Moita.

De volta à superfície, em Gaia, o arco da ponte faz encolher os transeuntes, numa perspetiva que remete para as imagens filmadas por Manoel de Oliveira em 1931.

Já no Porto, a faina fluvial foi outra, com os miúdos da Ribeira a pedirem ajuda (uma escada ou uma pedra) aos responsáveis da obra para conseguirem alcançar uma bola de futebol perdida debaixo do passadiço de madeira que dá acesso aos restaurantes da zona.

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Os miúdos atiram-se da ponte quando o calor a isso obriga, e foram uma constante durante a obra de requalificação daquele tabuleiro que conhecem como a sola dos seus pés.

“Foi muito complicado, porque tínhamos sempre receio, quer pela segurança deles quer pela segurança do pessoal. Não só atiravam-se da ponte, como vandalizaram algumas partes da obra”, admite Joana Moita à Lusa, reconhecendo que “isso é o normal” ali na zona, uma “tradição”.

As mãos dos jovens que impressionam turistas tocam também os rebites da ponte, os redondos fixadores mecânicos metálicos visíveis em toda a estrutura, que também foram substituídos.

“Colocámos cerca de 100 mil rebites, 16 mil para substituição, que já estavam normais, mas aos 100 mil chegámos com todas as peças novas que foram aqui colocadas”, disse a responsável da IP à Lusa.

As memórias de uma técnica de construção antiga obrigaram ao recurso a “mão-de-obra especializada” para a executar, numa empreitada que também será uma viagem rumo ao futuro, onde serão sentidas novas vibrações.

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“Esta estrutura tem maior rigidez, ou seja, vai ser mais difícil sentirmos as vibrações da ponte”, explica a engenheira, revelando que serão instalados “painéis de informação a avisar a população sempre que a ponte é atravessada por uma multidão”.

Além dos painéis, a travessia também vai ficar equipada com um “aparelho oleodinâmico, para deslocações longitudinais, ou seja, [para] travagens bruscas dos veículos ou um sismo”.

“Esse aparelho trava essas deslocações e faz com que o tabuleiro se mantenha na formação original”, explica, estimando que a intervenção dure para que não seja precisa uma nova durante “pelo menos 30 anos ou mais”.

O custo da obra, inicialmente estimado em 3,3 milhões de euros, acabou por ficar nos 4,2 milhões, tanto devido à intervenção mais complexa do que o esperado, mas também devido à crise das matérias-primas, ligada à guerra na Ucrânia.

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GOVERNO APROVA HOJE PROPOSTA DE LEI PARA IVA ZERO SOBRE ALIMENTOS

O Conselho de Ministros vai reunir-se hoje para aprovar a proposta de lei de redução do IVA sobre os bens alimentares, anunciou o primeiro-ministro, que disse contar com o empenho dos partidos para a sua tramitação rápida.

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O Conselho de Ministros vai reunir-se hoje para aprovar a proposta de lei de redução do IVA sobre os bens alimentares, anunciou o primeiro-ministro, que disse contar com o empenho dos partidos para a sua tramitação rápida.

“O que eu posso garantir é que hoje mesmo o Conselho de Ministros reunirá por via eletrónica para aprovar a proposta de lei que amanhã [terça-feira] mesmo entrará na Assembleia da República”, declarou o primeiro-ministro.

António Costa falava no Palácio Foz, em Lisboa, após ter assinado um pacto para a estabilização e redução de preços dos bens alimentares com o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Gonçalo Lobo Xavier, e com o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa.

O chefe do executivo disse contar com “o empenho de todas as forças políticas para que a Assembleia da República possa agendar, com a maior rapidez possível, esta proposta de lei”, que a tramite “com a maior urgência possível e que o senhor Presidente da República a possa promulgar”.

O primeiro-ministro acrescentou ainda que a APED assumiu o compromisso de, “15 dias depois da publicação do diploma no Diário da República”, o retalho alimentar ajustar os preços em função da redução do IVA.

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“Essa é a primeira garantia que todos podemos dar: nós, Governo, aprovaremos hoje mesmo a proposta de lei. O retalho alimentar, quinze dias após a publicação da lei, procederá à redução do preço em conformidade com a redução do IVA”, afirmou.

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PORTUGAL COM VALORES RECOMENDADOS DE VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE

Portugal alcançou o valor de cobertura vacinal contra a gripe recomendado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 75% das pessoas com 65 anos ou mais.

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Portugal alcançou o valor de cobertura vacinal contra a gripe recomendado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 75% das pessoas com 65 anos ou mais.

As coberturas vacinais contra a covid-19 e contra a gripe “são elevadas”, indica o mais recente relatório sobre a situação epidemiológica, da Direção-Geral da Saúde (DGS), sobre a semana de 06 a 12 de março.

Segundo o documento sobre a resposta sazonal em saúde — vigilância e monitorização, há uma tendência estável da atividade gripal epidémica, com predominância do subtipo A(H3) (82,8%).

Quanto à notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, manteve uma tendência estável, dominando a variante Ómicron BA.5.

A nível mundial, é ainda referido no documento, os novos casos e óbitos reportados diminuíram (-40% e -57%, respetivamente) em relação aos 28 dias anteriores.

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O documento da DGS indica também que o número de consultas médicas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde diminuiu face à semana anterior.

Por outro lado, a proporção de consultas por síndrome gripal aumentou e por infeções respiratórias agudas diminuiu.

Na semana em questão, segundo o mesmo resumo, aumentaram os casos de urgência hospitalar por gripe e infeções respiratórias. Nas Unidades de Cuidados Intensivos a ocupação de camas dedicadas a covid-19 diminuiu e a proporção de casos com gripe aumentou.

“Desde a semana 50 de 2022 que não era registada uma proporção tão elevada”, lê-se no documento.

A mortalidade geral esteve de acordo com o esperado ao nível nacional e a mortalidade específica por covid-19 apresentou “uma tendência estável, abaixo do limiar definido pelo ECDC”, ainda de acordo com o documento.

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