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PROFESSORES E INVESTIGADORES MANIFESTAM-SE CONTRA A PRECARIEDADE

Professores e investigadores concentraram-se hoje em frente à Reitoria da Universidade do Porto (UP), denunciando que apenas 186 dos 2.298 requerimentos por si apresentados foram aprovados na regularização dos precários a nível nacional.

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Professores e investigadores concentraram-se hoje em frente à Reitoria da Universidade do Porto (UP), denunciando que apenas 186 dos 2.298 requerimentos por si apresentados foram aprovados na regularização dos precários a nível nacional.

Num coro de acusações que se focou, na maior parte do tempo, em criticar os responsáveis da UP, Renata Freitas, docente da I3S, acusou esta de ter “crescido à custa de muito trabalho precário”.

“[A UP] tem usado os bolseiros de gestão de ciência e tecnologia para assegurar tarefas administrativas, tem usado os bolseiros para investigação e dar aulas, tem usado os investigadores com contratos para fazerem os programas de mestrado, para dar aulas de doutoramento, orientar os alunos (…) e para fazer toda a programação científica da universidade”, denunciou a docente.

Acusando a UP de “exigir” que a produção científica tenha a marca da universidade, denuncia que no momento de serem “absorvidos através do Programa de Regularização de Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP)”, esta “tem dado pareceres negativos a quase todos”.

“O que a sociedade tem de saber é que, neste momento, nas universidades os filhos das pessoas, que estão a fazer licenciaturas, mestrados e doutoramentos estão a ter aulas de pessoas que, por vezes, não têm qualquer vínculo à instituição (…) por vezes contratados ao dia ou à hora”, acrescentou Renata Freitas.

E prosseguiu: “no que se refere à investigação científica, os reitores têm dito a nível nacional que os investigadores não são uma necessidade permanente. Ora se é uma missão da universidade fazer investigação, como é que os investigadores são todos descartáveis mesmo que já estejam há 20 anos na carreira?”.

Exemplo disso é Margarida Cunha, investigadora há 20 anos, e a caminho do oitavo contrato, muito por culpa de um “programa de regularização de precários complicado” dada a quantidade de investigadores envolvidos.

“Tinha a esperança que o Governo tivesse uma atitude para com os seus investigadores, (…) que já mostraram que são competitivos (…) criando uma verdadeira carreira de investigação, diretamente ligada às universidades ou em paralelo”, criando “posições para que pessoas nesta situação (…) pudessem concorrer e ficar vinculados ao Estado”, acrescentou a investigadora.

Enfatizando ser “um prejuízo muito grande para a investigação em Portugal e para a UP, pois a investigação de ponta, hoje em dia, faz-se em projetos de 10, 15, 20 anos em grandes consórcios internacionais”, Margarida Cunha disse estar “envolvida em diversos programas da Agência Espacial Europeia, que são feitos a 20 anos”.

“Para nós, investigadores portugueses, para ter liderança nestes projetos é preciso que seja reconhecido que temos um tempo de vida que vai para além dos projetos”, explicou a investigadora.

Pedro Oliveira, docente da Universidade do Porto e representante do Sindicato dos Professores do Norte, explicou que dos “173 casos de docentes da UP analisados [pelo PREVPAP], foram aprovados cinco casos de docentes e de investigadores não foi aprovado nenhum”.

“O argumento que tem sido usado pela UP é que os investigadores estão associados a entidades privadas sem fins lucrativos”, disse.

O deputado do Bloco de Esquerda, Luís Monteiro, denunciou à Lusa haver um “acordo entre representantes do Governo e reitores das universidades portuguesas para chumbar a esmagadora maioria dos requerimentos de investigadores e docentes convidados”.

Nesse sentido, o BE vai entregar na Assembleia da República um requerimento para que o reitor da UP, António Sousa Pereira vá “explicar, um a um, porque é que chumbou estes requerimentos”.

Contactada pela Lusa, a Reitoria da UP optou por não comentar, alegando estar em curso o programa PREVPAP.

LUSA

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AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

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O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.

Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.

O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.

Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.

Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.

Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.

Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.

“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.

O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.

Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.

No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.

Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.

Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.

Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.

“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.

Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.

“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.

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MATOSINHOS: QUARTAS-FEIRAS SÃO DIAS DO “COMBOIO DE BICICLETAS”

As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

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As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

Eram perto das 09:00 quando, já próximo da Escola Básica da Ermida, em São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, se avistou a chegada de um comboio, não de um comboio sobre carris e movido a eletricidade, mas um comboio de 27 crianças de bicicletas acompanhadas de maquinistas, igualmente de bicicletas, que têm como função não verificar se os passageiros têm bilhete, porque é gratuito, mas se chegam à escola em segurança.

O comboio de bicicletas, projeto que está a ser implementado em Matosinhos, tem, à semelhança dos comboios tradicionais hora de saída e chegada, assim como alguns atrasos, e paragens.

Para o apanhar não é preciso ser portador de qualquer bilhete, mas sim ser criança, frequentar as escolas do concelho, ter bicicleta e capacete e, às quartas-feiras, estar na paragem indicada para não perder o comboio e, assim, chegar quando soar o toque de entrada.

Os alunos chegaram a horas, em segurança, divertidos, muito contentes e sob o olhar curioso e atento dos colegas que, já no interior da escola e encostados aos gradeamentos, atiravam um “yeah” ou um simples olá.

“Andar de bicicleta é muito fixe, gosto muito”, confessou à Lusa Leonardo Cavalcante, de 6 anos, que, juntamente com o irmão, apanhou o comboio por volta das 08:05 no qual percorreu cerca de quatro quilómetros até chegar ao destino onde estava a avó com a mochila, porque vir com ela “era pesado”.

A mãe, Laura Cavalcante, que acha este comboio uma excelente iniciativa, afirmou que andar de bicicleta é algo que toda a gente deveria fazer, porque é um excelente meio de transporte, uma boa alternativa ao carro e ótimo para o ambiente.

Com três filhos, dois dos quais já utilizadores deste comboio, Laura Cavalcante, que anda de bicicleta desde os tempos de faculdade, quer que os filhos entendam que a bicicleta é um meio de transporte e tem muitas vantagens.

E que o diga Alice Ribeiro, de 9 anos, que disse que os “carros causam poluição”, por isso, sempre que puder, vai apanhar o comboio de bicicletas.

E acrescentou: “É muito fixe e não é muito perigoso, temos só de ter cuidado a andar”.

E, por falar em cuidados, o colega, João Teixeira, também com 9 anos, enumerou-os todos: usar capacete, parar nos semáforos, não passar à frente do maquinista e dar espaço a quem vai à frente.

E, se cumprirem estes requisitos, chegam em segurança e ajudam o ambiente, comentou.

“As portas das escolas são, provavelmente nas horas de ponta, os sítios mais poluídos das cidades, devido à grande concentração de carros”, afirmou João Araújo, impulsionador deste projeto em Matosinhos e pai de um dos alunos utilizadores do comboio.

Além de ser bom para o ambiente, esta iniciativa é benéfica para as crianças, porque lhes dá autonomia, autoestima, responsabilidade e divertimento, salientou, reforçando que “é seguro pedalar até à escola”.

O percurso demora cerca de 25 a 30 minutos, tem perto de 10 paragens, as crianças têm seguro e os maquinistas são pais ou apaixonados pelas bicicletas, por isso, tem tudo para correr bem, sublinhou João Araújo.

Este comboio de bicicletas ainda está numa fase piloto, sendo objetivo da autarquia estendê-lo a todas as escolas do concelho, referiu o vice-presidente e responsável pelo pelouro da mobilidade, Carlos Mouta.

“Estamos a falar de crianças muito pequeninas, do primeiro ciclo, e a ideia é que elas depois transportem isto para o secundário e mantenham este hábito de usar a bicicleta como meio de transporte”, concluiu.

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