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NACIONAL

PROVEDORA DO ANIMAL ALERTA “HÁ 80 MIL ANIMAIS NOS CENTROS DE RECOLHA”

A provedora do Animal, Laurentina Pedroso, alertou hoje para a existência de cerca de 80.000 animais retidos em centros de recolha, uma situação que preocupa também os municípios, alguns sem saber o que fazer aos animais.

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A provedora do Animal, Laurentina Pedroso, alertou hoje para a existência de cerca de 80.000 animais retidos em centros de recolha, uma situação que preocupa também os municípios, alguns sem saber o que fazer aos animais.

As preocupações foram manifestadas hoje na comissão parlamentar de Ambiente e Energia, que ouviu várias entidades a requerimento do Chega, sobre o aumento do crime de abandono animal.

Além da provedora do Animal foi ouvido o diretor do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR (SEPNA), Jorge Amado, e David Pereira, do Programa de Defesa Animal da PSP. Foi ainda ouvido Pedro Folgado, presidente da Câmara de Alenquer, representando a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

A deputada do Chega Rita Martins explicou que apesar de em 2022 ter havido um ligeiro decréscimo de animais capturados, quase 42.000, há uma perceção de que os números têm tido uma subida consistente, e explicou que as audições tinham como objetivo perceber as causas do abandono de animais para procurar formas de minimizar o problema.

Jorge Amado, pela GNR, disse que desde 2016 não há uma evolução significativa no abandono ou nos maus tratos a animais e citou como um dos problemas no setor a dificuldade, em alguns municípios, em “colocar um animal em algum lado” durante a noite.

Jorge Amado, falou dos dados da GNR, seja das fiscalizações seja dos casos de denuncias de maus tratos e numa resposta ao Chega disse não considerar haver insuficiente fiscalização.

David Pereira apresentou também os últimos números das ações da PSP envolvendo o bem-estar animal e disse que no último ano o número de denuncias aumentou, comparando com os anos anteriores, de covid-19, quando as queixas não subiram em tempo de confinamento.

O representante da PSP fez notar também a falta de fiscalização e disse não saber os motivos do abandono dos animais, não apontando como uma possível causa a situação económica desfavorável.

Da mesma forma, Laurentina Pedroso também não apontou a crise económica como motivo para o abandono de animais, porque as pessoas preferem pedir ajuda a associações e manter os animais. “Há muita gente a pedir ajuda”, disse, considerando que numa situação de crise a redução do IVA na alimentação animal e nos serviços médico-veterinários seria “muito útil para as famílias”.

A provedora disse que a perceção que tem é que continua a haver um elevado número de animais abandonados, afirmando depois que a recolha anual de dados sobre animais não dá a perceção do momento e assim não se podem desenhar políticas e estratégias esperando ano após ano para ver o que está a acontecer.

Em termos gerais, disse, são recolhidos anualmente 42.000 animais, 25.000 são adotados e 2.000 mil eutanasiados, pelo que restam sempre 15.000 animais. Como todos os anos é assim, há pelo menos 80.000 animais habitantes nos centros de recolha, no próximo ano serão quase 100.000.

“E isto é preocupante, pelo bem-estar e pelos custos”, que em 10 anos podem ascender a 100 milhões de euros, avisou.

Pedro Folgado considerou também preocupante o aumento dos animais nos centros, e disse que a solução para os animais errantes não pode ser só o aumento da capacidade dos centros de recolha.

“Os municípios debatem-se com números absurdos de a recolha de animais errantes”, disse, salientando que as Câmaras são obrigadas a recolher os animais e depois não têm onde os colocar e não sabem o que fazer.

Pedro Frazão, deputado do Chega, disse que atualmente pouco mais de 200 dos 308 municípios têm centro de recolha oficial.

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NACIONAL

GOVERNO APROVA NOVO REGIME DE CIBERSEGURANÇA

O Conselho de Ministros aprovou hoje a proposta de lei do novo regime de cibersegurança que vai ser enviada para o parlamento, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que a classificou de “reforma profunda”.

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O Conselho de Ministros aprovou hoje a proposta de lei do novo regime de cibersegurança que vai ser enviada para o parlamento, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que a classificou de “reforma profunda”.

“Esta proposta de lei para enviar para o parlamento (…) reforça muito a capacidade e robustez dos sistemas informáticos e digitais e das defesas de empresa e das entidades públicas em Portugal, por um lado”, afirmou o ministro, na conferência de imprensa.

O novo regime “robustece o nível de segurança, aumenta os poderes de supervisão, alarga as obrigações e os deveres que as empresas e as entidades públicas têm para proteger a sua atividade” e os seus sistemas no espaço digital.

Por outro lado, uma “opção típica deste Governo, diferente de muitos governos europeus, queremos fazê-lo reduzindo ao máximo os custos de contexto, simplificando a legislação, facilitando a vida às empresas e aos cidadãos”, acrescentou.

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MÁRIO MACHADO: JUSTIÇA REJEITA MAIS UM RECUSO E PODERÁ SER PRESO

O Tribunal Constitucional (TC) rejeitou o recurso do militante neonazi Mário Machado contra a condenação por incitamento ao ódio e à violência, e se não houver novo recurso terá que se apresentar para cumprir pena até ao fim do mês.

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O Tribunal Constitucional (TC) rejeitou o recurso do militante neonazi Mário Machado contra a condenação por incitamento ao ódio e à violência, e se não houver novo recurso terá que se apresentar para cumprir pena até ao fim do mês.

O TC notificou hoje a defesa de Mário Machado sobre a rejeição do recurso, que não foi admitido para apreciação.

O advogado José Manuel Castro, que representa Mário Machado, disse à Lusa que ainda está a estudar com o seu cliente a hipótese de recurso para o plenário do TC para exigir a sua apreciação, mas se tal não acontecer, no prazo de 10 dias Mário Machado terá que se apresentar para cumprir a pena.

Mário Machado foi condenado a uma pena de prisão efetiva de dois anos e 10 meses por um crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência.

Em causa está o processo em que Mário Machado e Ricardo Pais, o outro arguido no caso, foram condenados por crimes de discriminação e incitamento ao ódio e à violência por publicações em redes sociais, nas quais o tribunal de julgamento deu como provado terem apelado ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda que visaram em particular a professora e então dirigente do Movimento Alternativa Socialista (MAS) Renata Cambra.

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