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STARTUP CRIA CALÇADO INOVADOR

Uma nova ‘startup’ da Universidade do Porto (Uporto) desenvolveu um calçado de borracha, adaptado para todos os tipos de piso, fabricado em Portugal e que permite caminhar confortavelmente em qualquer lugar. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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IGUANEYE

Uma nova ‘startup’ da Universidade do Porto (Uporto) desenvolveu um calçado de borracha, adaptado para todos os tipos de piso, fabricado em Portugal e que permite «caminhar confortavelmente em qualquer lugar».

A ideia para a `startup`, apresentada durante o Pitch Day, evento organizado pelo Parque para a Ciência e a Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), surgiu a partir de um sonho de infância do criador, que desde novo queria fazer sapatilhas.

Olivier Taco, responsável pela criação e pela `startup` (empresa em fase de desenvolvimento) IGUANEYE, explicou à Lusa que embora o calçado deixe uma grande porção do pé a descoberto, “protege todas as partes sensíveis”.

No início, “o objectivo era criar uma sandália em que o pé ficasse o mais livre possível, mas os típicos chinelos de praia, embora permitam isso, limitam os movimentos”, explicou.
Para colmatar essa falha, o designer foi aprimorando os protótipos ao longo dos anos, até chegar ao modelo actual.

O impulso para a criação da `startup` veio com a participação na Kickstarter – plataforma de `crowfunding` ou financiamento colectivo (obtenção de capital para iniciativas de interesse comunitário através da agregação de múltiplas fontes de financiamento) -, onde vendeu mais de 800 pares num mês.
Segundo o investigador, o nome IGUANEYE é inspirado na história dos índios da Amazónia, que utilizavam roupas impermeabilizadas, feitas de borracha, “antes mesmo de este material ter chegado para à Europa”.

“Os índios mergulhavam os pés directamente na borracha para fazer uma protecção, uma segunda pele, no que pode ser considerado as primeiras sapatilhas”, acrescentou.

O calçado é feito com elastómeros sintéticos (produto à base de borracha), tem nove cores diferentes, tanto para o sapato como para as palmilhas, que o cliente pode personalizar a seu gosto.

Do material utilizado na fabricação, as palmilhas são provenientes de uma empresa da Trofa enquanto o calçado é fabricado em Vila Nova de Gaia.

A palmilha em cortiça e pele tem a propriedade de absorver a transpiração e, por baixo da mesma, existe um sistema próprio que permite a entrada de ar, fazendo com que a palmilha seque e “o pé não fica molhado no calçado”.

O calçado é unissexo e está disponível nos tamanhos que vão do 34 ao 43, mas até ao fim do ano o designer pretende criar os moldes para fabricar até ao 45.

Neste momento o calçado é comercializado no Japão, nos Estados Unidos, na Áustria, na Noruega, na Tailândia, na Polónia e na República Checa.

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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

O MANTO DA TERRA É MENOS MISTURADO DO QUE SE PENSAVA – ESTUDO

Um estudo sismológico indica que as duas enormes ‘ilhas’ existentes sob a superfície da Terra estão a uma temperatura mais elevada do que o material circundante, indicando que o manto da Terra é menos misturado do que se pensava.

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Um estudo sismológico indica que as duas enormes ‘ilhas’ existentes sob a superfície da Terra estão a uma temperatura mais elevada do que o material circundante, indicando que o manto da Terra é menos misturado do que se pensava.

Ambas as ‘ilhas’ foram descobertas no final do século passado. Os investigadores definem-nas como dois “supercontinentes” localizados entre o núcleo e o manto da Terra: um sob África e o outro sob o Oceano Pacífico, ambos a mais de 2000 quilómetros abaixo da superfície da Terra.

“Estas duas grandes ilhas estão rodeadas por uma espécie de ‘cemitério’ de placas tectónicas que foram transportadas para lá por um processo de subducção, em que uma placa submerge sob outra e se afunda da superfície da Terra até uma profundidade de quase 3.000 quilómetros”, realçou Arwen Deuss, sismóloga da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, e uma das autoras do estudo publicado na quarta-feira na revista Nature.

Até agora, os modelos sísmicos utilizavam apenas velocidades de onda para distinguir a composição e as características térmicas de diferentes partes da estrutura interna da Terra.

A investigação atual combinou as velocidades das ondas com uma técnica chamada “observações de atenuação” que permitiu o estudo do interior da Terra em três dimensões, algo “fundamental para compreender a evolução da composição” do manto, apontaram os autores.

A nova técnica permitiu-lhes “obter uma visão do interior do planeta, semelhante à que os médicos obtêm do corpo humano através dos raios X”.

Os resultados indicaram que, quando atingem estas ‘ilhas’ interiores do tamanho de continentes, as ondas abrandam porque a temperatura é mais elevada.

Ao estudar a composição dos minerais no manto, os investigadores descobriram também que o tamanho dos grânulos minerais nestas ‘ilhas’ gigantes é visivelmente maior do que nas placas tectónicas ‘mortas’ que as rodeiam.

“Estes grânulos minerais não crescem de um dia para o outro, o que só pode significar uma coisa: são muito maiores, mais rígidos e, por isso, mais antigos do que os cemitérios de camadas mortas circundantes. Isto indica que as ‘ilhas’ não participam no fluxo no manto terrestre”, explicou outra autora, Sujania Talavera-Soza, da mesma universidade.

“Ao contrário do que nos ensinam os livros de geografia, o manto também não pode ser bem misturado. Há menos fluxo no manto terrestre do que pensamos”, acrescentou Talavera-Soza.

O conhecimento do manto terrestre é essencial para compreender a evolução do planeta e de outros fenómenos à superfície da Terra, como os vulcões e a formação de montanhas.

Para este tipo de investigação, os sismólogos aproveitam as oscilações provocadas por fortes sismos que ocorrem a grandes profundidades, como o que ocorreu na Bolívia em 1994 — 650 quilómetros abaixo da superfície — sem causar danos ou vítimas, e a descrição matemática da força destas oscilações.

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UNIVERSIDADE DE COIMBRA LANÇA LIVRO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ABELHAS DE PORTUGAL

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lançou um livro técnico para identificação de géneros de abelhas de Portugal.

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A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lançou um livro técnico para identificação de géneros de abelhas de Portugal.

A obra “Chaves Dicotómicas dos Géneros de Abelhas de Portugal. Hymenoptera: Anthophila”, uma adaptação e tradução de “Key to the Genera of European Bees (Hymenoptera: Anthophila)”, é o primeiro a ser publicado sobre o tema para Portugal e em português, revelou a FCTUC, em nota enviada à agência Lusa.

Produzido no âmbito dos projetos PolinizAÇÃO e EPIC-Bee, em colaboração com a Imprensa da Universidade de Coimbra, o livro já está disponível para ‘download’ gratuito.

“Desenvolvido como uma ferramenta para a identificação de géneros de abelhas, o livro destina-se principalmente a um público académico e técnico, constituindo um marco significativo no campo da entomologia e um contributo valioso para a conservação dos insetos polinizadores”, referiu a FCTUC.

A produção do livro técnico contou com o envolvimento de investigadores do FLOWer Lab do Centro de Ecologia Funcional e do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC, nomeadamente Hugo Gaspar, Sílvia Castro e João Loureiro.

“Este livro preenche uma lacuna de décadas na investigação sobre as abelhas selvagens em Portugal, uma vez que atualiza o conhecimento e aproxima-o da comunidade entomológica nacional através da adaptação e tradução para a língua portuguesa”, afirmou o entomólogo e aluno de doutoramento da FCTUC, Hugo Gaspar.

O trabalho “será extremamente útil não só para investigadores que trabalham no estudo e conservação de polinizadores, mas também para estudantes, naturalistas e para todos os que tiverem interesse em aprender sobre a identificação de abelhas”, acrescentou.

A obra contou também com a colaboração do investigador da Universidade do Porto, José Grosso-Silva, e da equipa de investigadores ligada ao Laboratório de Zoologia da Universidade de Mons (Bélgica), através dos projetos europeus Spring, Orbit e Epic-Bee.

A FCTUC declarou que este lançamento reforça o compromisso da Universidade de Coimbra em promover a ciência e desenvolver ferramentas de apoio à investigação científica e ao conhecimento sobre biodiversidade.

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