REGIÕES
TORRES VEDRAS: ESPERAM-SE MEIO MILHÃO DE VISITANTES NO CARNAVAL
Mais de meio milhão de visitantes é esperado no Carnaval de Torres Vedras, que celebra 100 anos, no retomar dos festejos após a pandemia de covid-19, foi hoje divulgado.

Mais de meio milhão de visitantes é esperado no Carnaval de Torres Vedras, que celebra 100 anos, no retomar dos festejos após a pandemia de covid-19, foi hoje divulgado.
“Esperamos receber mais pessoas por ser o ano do centenário e depois de dois anos de pandemia em que não houve eventos organizados”, afirmou à agência Lusa Rui Penetra, presidente do conselho de administração da empresa municipal Promotorres, apontando para “mais de meio milhão” de visitantes, número atingido na edição de 2020.
Dada a afluência de pessoas esperadas entre os dias 17 e 22, a organização aposta este ano no reforço da segurança e do socorro, dispondo de um posto médico avançado.
“As unidades locais de saúde não são construídas a pensar na afluência a estes eventos e a organização tem de dar resposta a meio milhão de pessoas e às dificuldades conhecidas do Centro Hospitalar do Oeste”, explicou.
Assim, além do posto de socorro, vai ser montado um posto médico avançado no pavilhão da Expotorres, com médicos, enfermeiros, equipamento de suporte avançado de vida, trauma e pequena cirurgia, além de 32 camas, no âmbito de uma parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa.
Cinco equipas de socorrismo vão estar espalhadas pelo recinto do evento nas noites de maior afluência (sábado, dia 18, e segunda-feira, dia 20), sendo reduzidas a três nas restantes.
Também para prestar assistência aos visitantes do Carnaval, os bombeiros locais vão ter disponíveis sete equipas diurnas e três noturnas, reforçadas por três ambulâncias de outras corporações vizinhas para assegurar o transporte para hospitais fora do concelho.
Quanto à segurança, vai ser reforçado o sistema de videovigilância, com 16 câmaras espalhadas pelo recinto, e a PSP vai ter um dispositivo de meio milhar de agentes e 40 viaturas nos vários dias.
A organização decidiu manter a dimensão do recinto, que em 2020 foi alargado para permitir uma maior dispersão de participantes.
O Carnaval de Torres Vedras conta com o maior orçamento de sempre, cerca de 930 mil euros, mais 130 mil euros do que o da edição de 2020.
“Deve-se a um aumento dos custos resultantes da subida da inflação, do investimento nos carros alegóricos e da segurança e socorro, áreas em que o investimento ascende a 150 mil euros”, explicou o responsável.
Com o tema do centenário dos festejos, o Carnaval arranca no dia 17 com o corso escolar, com nove mil crianças e jovens, de manhã, e a chegada e entronização dos reis acompanhada de um espetáculo multimédia alusivo à data, à noite.
Depois de dois anos sem festejos devido à pandemia de covid-19, regressam os habituais corsos diurnos e noturnos, em que desfilam seis carros alegóricos, conhecidos pela sátira político-social, e milhares de foliões mascarados espontâneos, muitos dos quais disfarçados de matrafonas (homens mascarados de mulheres), como é típico no concelho de Torres Vedras, no distrito de Lisboa.
O evento volta a ter quatro palcos de animação noturna ao ar livre, onde atuam os artistas Miguel Bravo, no dia 18 (sábado), e Ruth Marlene, no dia 20 (segunda-feira), além de vários ‘dj’, até às 04:00, continuando a animação até de manhã nos bares e discotecas da cidade.
Em março, o Carnaval de Torres Vedras, conhecido como “o mais português de Portugal” por manter as tradições do entrudo português, foi inscrito no Património Cultural Imaterial Nacional.
Nos últimos anos, o evento tem atraído cerca de meio milhão de visitantes nos cinco dias em que ocorre e gerado receitas de cerca de 10 milhões de euros na economia local.

DESTAQUE
VIANA DO VASTELO: HOSPITAL CONTRATA MÉDICOS “TEMPORÁRIOS” – FNAM
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) denunciou hoje o “biscate” utilizado pela Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) para suprir a falta de médicos motivada pela recusa em exceder as 150 horas de trabalho extraordinário anual.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) denunciou hoje o “biscate” utilizado pela Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) para suprir a falta de médicos motivada pela recusa em exceder as 150 horas de trabalho extraordinário anual.
AFNAM classifica de “biscate” o recrutamento de médicos através de um “concurso por intermédio de uma empresa de trabalho temporário para suprir as falhas que não quer resolver por via da contratação de mais médicos sem termo”.
“Depois da tentativa de escalar médicos que já tinham manifestado indisponibilidade para fazer mais do que as 150 horas extraordinárias anuais legalmente previstas, o conselho de administração da ULSAM tornou pública a contratação de médicos avulso, para dois turnos noturnos, das 20:00 às 08:00, por um período máximo de 728 horas, pagos a 35,5 euros, por hora”, lê-se num comunicado hoje emitido pela FNAM.
Para a FNAM, “o valor oferecido para pagar as consequências da falta de médicos é um insulto a quem tem alegado falta de verbas para concretizar um programa de emergência para fixar médicos e salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), atribuindo “a responsabilidade deste absurdo, exclusivamente, ao Ministério da Saúde e ao Governo”.
“Este valor é muito superior ao que ganham os médicos nos primeiros anos da especialidade, cujo valor por hora é de 16,52 euros, ou dos internos, cujo valor, por hora, varia entre 9,54 euros e 11,73 euros ou, mesmo de um médico no topo da carreira, em 42 horas com dedicação exclusiva, cujo valor, por hora, pode chegar até 32,45 euros, o mais alto da tabela salarial em vigor e, ainda assim, mais baixo do que o conselho de administração da ULSAM está a oferecer para resolver o problema da falta de médicos”, sustenta a FNAM.
A agência Lusa contactou o conselho de administração da ULSAM, mas ainda não obteve resposta.
Para a FNAM, “este é um episódio revelador do modelo de trabalho que o Governo e as administrações hospitalares querem generalizar no SNS”.
“O anúncio com a oferta de biscate na ULSAM, que denunciamos, concretiza aquilo que a FNAM tem vindo a denunciar: o Ministério da Saúde e o Governo, ao recusarem as propostas dos médicos para defender a carreira médica e o futuro do SNS, são os responsáveis pelo desenvolvimento de um modelo de trabalho precário, com contratações a termo, ferido de direitos e incapaz de construir as equipas que o SNS precisa para estar à altura das necessidades dos utentes”, acrescenta o comunicado.
Para a FNAM, trata-se de “um modelo de trabalho que mais não é do que um decalque do modelo empresarial das companhias de ‘low cost'”.
“Não é útil para a salvaguarda do SNS, nem tão pouco é capaz de ser económico, uma vez que o recurso a empresas de trabalho temporário para suprir tarefas regulares e fixas dos diferentes serviços de saúde do SNS implica gastar até cerca de três vezes mais por hora”, sustenta.
A FNAM adianta que “o Ministério da Saúde, o Governo e os conselhos de administração pretendem reduzir custos fixos com trabalhadores, mesmo que isso signifique gastar mais dinheiro, investindo numa contratação avulsa, desprovida de direitos e de projeto”.
“É uma escolha política, e os principais lesados são os utentes. Recusamos e combateremos um modelo de trabalho precário, onde são aplicadas métricas já obsoletas no universo de produção fabril, quanto mais aplicadas à prática clínica, e que, para cúmulo do absurdo, acabam por sair mais caras aos utentes, que ficam simultaneamente com menos SNS e com uma gestão danosa dos recursos públicos”, frisa.
A FNAM garante que não vai “ceder à pressão” e nem vai “recuar”: “Dizemos ‘somos todos Viana do Castelo’ e ‘somos todos SNS’, sendo que tudo faremos para evitar a transformação do SNS numa plataforma precária de serviços de saúde”.
A FNAM assegura que vai continuar a “mobilizar os médicos para que se recusem a exceder o limite legal das 150 horas de trabalho suplementar, exercendo a profissão e assistindo os utentes sem estarem condicionados pela exaustão”.
DESTAQUE
AMÉRICO AGUIAR NOMEADO BISPO DE SETÚBAL
O bispo auxiliar de Lisboa e futuro cardeal Américo Aguiar foi hoje nomeado bispo de Setúbal, informou a Conferência Episcopal portuguesa (CEP).

O bispo auxiliar de Lisboa e futuro cardeal Américo Aguiar foi hoje nomeado bispo de Setúbal, informou a Conferência Episcopal portuguesa (CEP).
“O Papa Francisco nomeou hoje D. Américo Manuel Alves Aguiar como Bispo de Setúbal”, lê-se num comunicado da CEP.
Américo Aguiar, de 49 anos, tomará posse da sua nova diocese no dia 26 de outubro, data em que se completam 48 anos sobre a ordenação episcopal do primeiro bispo de Setúbal, Manuel Martins.
A diocese de Setúbal estava sem bispo titular desde o início de 2022, quando o atual presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas, foi nomeado bispo de Leiria-Fátima.
Américo Aguiar, que no próximo dia 30 de setembro será criado cardeal no consistório a realizar no Vaticano, é o quarto bispo de Setúbal, depois de Manuel Martins, Gilberto dos Reis Canavarro e José Ornelas.
Nascido em Leça do Balio, Matosinhos, em 12 de dezembro de 1973, Américo Aguiar foi ordenado padre em 2001 e bispo em 2019.
É presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, tendo sido o principal rosto da organização do encontro mundial de jovens com o Papa, que se realizou em Lisboa entre 01 e 06 de agosto deste ano.
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