INTERNACIONAL
VISITA DE ESTADO INÉDITA A CUBA
O Presidente da República inicia hoje uma visita de Estado inédita a Cuba, onde se reunirá com o chefe de Estado cubano, Raúl Castro, e poderá também encontrar-se com o líder histórico Fidel Castro. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
O Presidente da República inicia hoje uma visita de Estado inédita a Cuba, onde se reunirá com o chefe de Estado cubano, Raúl Castro, e poderá também encontrar-se com o líder histórico Fidel Castro.
Marcelo Rebelo de Sousa viajou para Havana na terça-feira em voos comerciais, com escala em Paris, mas o programa só começa hoje.
O chefe de Estado português foi convidado por Raúl Castro para visitar Cuba e aproveita a deslocação à Cimeira Ibero-Americana que vai decorrer entre sexta-feira e sábado, em Cartagena das Índias, na Colômbia, para responder agora a esse convite.
De acordo com o programa divulgado, além da componente institucional, esta visita tem também uma vertente cultural e dá especial atenção às relações económicas, incluindo o encerramento de um Fórum Empresarial Bilateral Portugal-Cuba, organizado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
Neste momento, Cuba atravessa um processo de gradual abertura económica e recentemente retomou relações diplomáticas com os Estados Unidos, que no entanto mantêm o embargo económico e financeiro iniciado há mais de meio século.
Hoje, Marcelo Rebelo de Sousa tem uma agenda intensa, mas com um espaço a seguir ao almoço, altura em que poderá decorrer o encontro com Fidel Castro, que não consta do programa oficial porque será reservado e depende do estado de saúde do antigo Presidente e primeiro-ministro de Cuba.
O Presidente da República começa a manhã com um passeio a pé pelo centro histórico de Havana, acompanhado pelo historiador Eusebio Leal, responsável pela reabilitação desta área da capital cubana.
A seguir, visita uma creche da organização não-governamental católica Padre Usera e inaugura uma biblioteca de língua portuguesa com o nome do escritor português Eça de Queirós, que foi cônsul nas antigas Antilhas Espanholas, entre 1872 e 1874.
Ao almoço, o Presidente da República encerra o fórum empresarial organizado pela AICEP, que antecede a 34.ª Feira Internacional de Havana (FIHAV), que pela primeira vez terá um pavilhão dedicado em exclusivo a Portugal.
A meio da tarde, Marcelo Rebelo de Sousa depõe uma coroa de flores no monumento nacional dedicado ao mártir da independência de Cuba em relação a Espanha José Martí.
Depois, é recebido com honras militares pelo Presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros de Cuba, Raúl Castro, com quem se reúne, seguindo-se um jantar oficial, no Palácio da Revolução.
Na quinta-feira, o programa do chefe de Estado inicia-se com uma visita à fábrica de charutos Cohiba (que substituiu no programa a visita ao Centro de Neurociências de Cuba, entretanto cancelada) e prossegue com uma intervenção numa conferência sobre “Portugal e a América Latina”, na Universidade de Havana.
Antes de viajar para a Colômbia, Marcelo Rebelo de Sousa está presente numa receção a emigrantes portugueses e de outros países lusófonos e visita uma exposição de filigrana portuguesa.
Nesta deslocação a Cuba acompanham o chefe de Estado português representantes de todos os grupos parlamentares – Luis Montenegro (PSD), Idália Serrão (PS), Hélder Amaral (CDS), António Filipe (PCP) e José Luis Ferreira (PEV) – à exceção do Bloco de Esquerda, partido que foi convidado, mas recusou integrar a comitiva sem querer, contudo, adiantar o motivo.
Depois da Cimeira Ibero-Americana de Cartagena, o Presidente da República participará com o primeiro-ministro, António Costa, na Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Brasília, entre 31 de outubro e 01 de novembro.
O antigo Presidente da República Jorge Sampaio esteve em Cuba em 1999, juntamente com o então primeiro-ministro António Guterres, mas não em visita de Estado, por ocasião de uma Cimeira Ibero-Americana.
LUSA
INTERNACIONAL
VACINAS SALVARAM 154 MILHÕES DE VIDAS EM 50 ANOS
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
Em comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e tosse convulsa.
De acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.
O estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e 52% em África.
Por si só, a vacinação contra o sarampo diminuiu 60% da mortalidade infantil à escala global.
A OMS destaca, ainda, que mais de 20 milhões de pessoas podem hoje andar graças à imunização contra a poliomielite.
“As vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo doenças antes temidas”, sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.
Os dados foram publicados num momento de retrocesso da vacinação, causado nomeadamente pela redução dos programas de imunização devido à pandemia da covid-19.
A OMS assinala que 67 milhões de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que necessitavam, o que contribuiu para um aumento de 84% dos casos globais de sarampo entre 2022 e 2023.
O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que hoje começou e termina na terça-feira.
INTERNACIONAL
ADVOGADOS DE TRUMP DECLARAM EX-PRESIDENTE INOCENTE NO INÍCIO DE JULGAMENTO
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Nas declarações iniciais do julgamento de Trump, os procuradores defenderam que o ex-presidente “orquestrou um esquema criminoso para subverter” as eleições presidenciais de 2016.
Os advogados de defesa alegaram que Trump está inocente, acrescentando que o gabinete do procurador distrital de Manhattan “nunca deveria ter aberto este caso”.
Um painel de jurados nova-iorquinos — 12 jurados e seis suplentes — tomou posse na passada sexta-feira, após quatro dias de seleção do júri, e começou hoje a participar naquele que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos EUA.
Trump é acusado de falsificar registos comerciais como parte de um alegado esquema para dissimular histórias que acreditava que poderiam prejudicar a sua campanha presidencial em 2016.
No centro das acusações está um pagamento de cerca de 100 mil euros feito à atriz pornográfica Stormy Daniels por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, para evitar que fosse conhecida uma relação extramatrimonial com o empresário.
Os procuradores dizem que Trump dissimulou a verdadeira natureza dos pagamentos falsificando documentos comerciais.
O ex-presidente nega ter tido um encontro sexual com Daniels e os seus advogados argumentam que os pagamentos feitos a Cohen foram despesas legais legítimas, declarando-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.
Um dos advogados de defesa de Donald Trump concentrou-se durante as declarações iniciais em repetir argumentos colocando em questão a credibilidade de uma das principais testemunhas da acusação: Michael Cohen.
O advogado Todd Blanche forneceu um extenso relato sobre o cadastro criminal de Cohen e sobre o facto de ele já ter sido condenado por mentir sob juramento.
Blanche acusou Cohen de ser “obcecado pelo ex-presidente”, dizendo que “o seu sustento financeiro depende da destruição da reputação de Trump.
“Não se pode tomar uma decisão séria sobre o presidente Trump confiando nas palavras de Michael Cohen”, argumentou Blanche.
Antecipando os prováveis ataques da defesa à sua principal testemunha, o procurador Matthew Colangelo reconheceu o cadastro criminal de Cohen, logo no início do julgamento.
Os advogados de defesa argumentaram ainda que Trump não teve nada a ver com os pagamentos feitos para evitar que histórias sobre a sua vida sexual se tornassem públicas, nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.
Blanche questionou em particular a insinuação feita pela acusação de que o pagamento a Stormy Daniels se destinava a tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais.
“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso chama-se democracia”, concluiu o advogado.
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