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CNPD QUER MAIS PROTECÇÃO COM O NOME DOS CLIENTES NAS REDES INTELIGENTES

A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) quer identificar o consumo de energia elétrica nas redes inteligentes de distribuição através do código de ponto de entrega, omitindo o nome do cliente final, para evitar usos indevidos de informação.

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No seu parecer à proposta de regulamento dos serviços a prestar no âmbito das redes inteligentes de distribuição de energia elétrica, que esteve em consulta pública, a CNPD afrima que as redes inteligentes de distribuição de energia elétrica importam um “elevado risco” para os dados pessoais dos clientes finais, “que a legislação vigente não previne”, permitindo a criação e análise de perfis de comportamento dos consumidores finais “com impacto significativo sobre a vida privada” dos mesmos.

“Tal impacto não se reflete apenas no ‘marketing’ adaptado ao perfil do cliente ou no risco de discriminação do preço a cobrar pelo serviço de distribuição e fornecimento de energia, como também no risco de utilização indevida da informação e de pretensão da sua utilização para os fins de investigação criminal”, lê-se no parecer da comissão, datado de quinta-feira e publicado na págian de internet da CNPD.

A comissão, presidida pro Filipa Calvão, diz ainda que “sobretudo, o conjunto massivo de informação sobre hábitos ou características e estado de saúde das pessoas que a georreferenciação e a Internet das Coisas permite recolher, potencia o risco de combinação ou relacionamento dos diferentes tipos de dados pessoais, tornando imperiosa a adoção de medidas mitigadoras” de tais impactos.

Entre essas medidas, a comissão defende que a identificação do consumo (na plataforma eletrónica de disponibilização dos dados ou por outro meio eletrónico) não seja feita pelo nome do cliente final, mas antes pelo código de ponto de entrega, considerando que o articulado do projeto de regulamentação é “suscetível de gerar confusão quanto ao fundamento de licitude [legalidade] dos acessos” aos dados pessoais.

A CNPD recomenda ainda, no parecer, que seja expressamente referido no projeto de regulamento que os dados pessoais de consumo são utilizados apenas para finalidades específicas e que os acessos pelos comercializadores apenas podem ter em vista o cumprimento dos deveres legais impostos no contexto das redes inteligentes ou para faturação.

A proposta de regulamento dos serviços das redes inteligentes de distribuição de energia elétrica determina que os comercializadores e entidades terceiras com acesso aos dados de consumo expressamente autorizados pelo titular dos dados “têm o direito de recolher, tratar e armazenar esses dados para implementar os serviços previstos na regulamentação do setor elétrico e para os fins previstos no contrato de prestação de serviço” celebrado com o cliente.

Quanto aos dados de consumo, a proposta define que os clientes são os proprietários dos dados recolhidos nas instalações de consumo integradas nas redes inteligentes e que têm o direito de autorizar o acesso a esses dados, mas para efeitos do cumprimento das suas obrigações contratuais de leitura, verificação e faturação, os comercializadores “têm direito de acesso aos dados de consumo recolhidos das instalações integradas em redes inteligentes das quais sejam os respetivos operadores ou comercializadores”.

A proposta de regulamento estabelece o enquadramento da prestação dos serviços no âmbito das redes inteligentes de distribuição de energia elétrica, nomeadamente os requisitos para a integração de instalações elétricas nas redes inteligentes, a comunicação dos operadores de rede sobre a disponibilização dos serviços das redes inteligentes, os dados a utilizar para faturação, ou a leitura e disponibilização dos dados de consumo aos comercializadores e entidades terceiras.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), no preâmbulo da proposta de diploma, lembra que o objetivo do novo regulamento é aumentar a concorrência no mercado retalhista de energia, desenvolver novos serviços de energia para consumidores, promover a eficiência energética e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, além de aumentar a eficiência na gestão e operação das redes.

Segundo dados divulgados em janeiro pela ERSE, estão instalados em Portugal cerca de 1,5 milhões de contadores inteligentes, a maior parte dos quais integrados, ou em vias de integração, em redes inteligentes totalmente funcionais, um número representa cerca de 25% dos clientes finais de eletricidade.

A EDP Distribuição terá instalado cerca de 1,5 milhões de contadores inteligentes, desde 2007 quando arrancaram projetos piloto destas redes, descontinuando a instalação de contadores convencionais, além de pequenos operadores de rede de distribuição em baixa tensão – CELER, A Lord, Cooperativa Elétrica S. Simão de Novais – que substituiram também contadores.

As redes inteligentes são elementos de rede de distribuição de energia e sistemas informáticos que permitem integrar de modo eficiente o comportamento e as ações de todos os utilizadores a ela ligados.

Para que um cliente de eletricidade possa beneficiar das vantagens das redes inteligentes precisa de ter instalado no seu local de consumo um aparelho de registo que comunique à distância e o operador da rede necessita de uma infraestrutura para a recolha e processamento da informação recebida.

LUSA

NACIONAL

RAMALHO EANES AFIRMA QUE PCP QUERIA ESTABELECER UM REGIME TOTALITÁRIO

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

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O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

Ramalho Eanes falava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma aula-debate sobre o 25 de Abril com alunos de escolas secundárias e universidades, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

A propósito dos antecedentes do 25 de Novembro de 1975, o general e primeiro Presidente eleito em democracia começou por referir que não queria “tecer considerações nenhumas sobre o PCP” e que teve “ótimas relações com Álvaro Cunhal”, um homem que “muito estimava” e “muito considerava”.

“Mas naquela altura o PCP, talvez acossado pela extrema-esquerda, preparava-se efetivamente para estabelecer em Portugal um regime totalitário”, afirmou, acrescentando: “Não tenho dúvidas”.

Citando Melo Antunes, Eanes sustentou que na altura era necessário “reinstitucionalizar o aparelho militar” para que se opusesse “a qualquer tentativa armada de conquista do poder”.

“Por razões diversas, e como as coisas se agudizavam, surgiu o Documento dos Nove, que o Conselho da Revolução todo praticamente subscreveu e que foi subscrito por milhares de oficiais. Isso demonstrou que a instituição militar estava muito mal, estava desinstitucionalizada, tinha de uma maneira geral perdido a sua fidelidade ao povo e à democracia e tinha criado fidelidades perversas em relação às filiações partidárias”, prosseguiu.

Em concreto sobre os acontecimentos de 25 de Novembro, Eanes disse que houve “uma ofensiva militar”, no seu entender “organizada levianamente pela extrema-esquerda, mas em que o PCP não podia ter deixado de intervir”, perante a qual ele e outros militares foram obrigados a agir.

“Tivemos essa ação, enfim, e repito que podia ter levado a uma guerra civil e que foi indispensável o 25 de Novembro. Repito: foi indispensável, para que as promessas de honra dos militares à população fossem realizadas”, defendeu.

Segundo Eanes, o desfecho do 25 de Novembro deveu-se aos “militares que se tinham mantido fieis à promessa de honra que tinham feito à população, que era devolver-lhes a liberdade, mas a liberdade sem condicionamentos” e que “resolveram, perante uma insurreição armada responder — bom, e a uma insurreição armada, naturalmente, só se responde com armas”.

“O 25 de Abril foi único, foi fundador. É ele que concede a liberdade aos portugueses. É ele que devemos festejar, comemorar e sobretudo refletir. Mas não devemos esquecer a perturbação natural que se seguiu, em que houve um combate de ideologias, de modelos de sociedade, em que houve um PREC que criou uma situação insustentável, uma situação de medo e uma situação que nos levou perto de uma guerra civil”, declarou.

Nesta aula-debate, Eanes relatou que estava em Angola e recebeu a notícia do 25 de Abril sem surpresa, porque “tinha participado nas diferentes reuniões que se tinham realizado para organizar uma resposta ao regime”, com “grande alegria” e “grande esperança”, porque “os portugueses iam ter a liberdade” e “finalmente, acabar-se-ia a guerra” colonial.

“Mas não tive dúvidas nenhumas de que a descolonização iria ser trágica, como foi. Aliás, eu digo isto com à vontade, com grande à vontade. Eu sei que muita gente vai contar que acha que a descolonização foi uma coisa maravilhosa. Não foi”, considerou.

Na sua opinião, foi trágica porque “deixou aqueles países, Angola e Moçambique, numa situação de guerra que durou anos e que destruiu tudo” e porque “fez regressar ao continente muitos angolanos”.

“Eles tinham nascido em Angola, eles eram angolanos, não conheciam outra pátria que não fosse aquela, não tinham outra terra que não fosse aquela, terra em que tinham os seus mortos, em que tinham tido nascido os seus filhos, e de repente são obrigados, perdendo tudo, a regressar a uma terra que tinha sido a dos seus antepassados, mas que eles não conheciam, que eles não amavam. São os retornados”, acrescentou.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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