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CASO DE RUI PINTO MARCA REGRESSO DOS PROCESSOS MEDIÁTICOS AOS TRIBUNAIS

A decisão do julgamento de Rui Pinto é a única prevista para setembro entre os casos mais mediáticos da justiça portuguesa, que na sexta-feira retoma a atividade nos tribunais, entre greves e a aplicação de uma amnistia.

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A decisão do julgamento de Rui Pinto é a única prevista para setembro entre os casos mais mediáticos da justiça portuguesa, que na sexta-feira retoma a atividade nos tribunais, entre greves e a aplicação de uma amnistia.

Após cerca de três anos de julgamento, o caso Football Leaks tem a leitura do acórdão marcada para 11 de setembro, às 14:30, no Juízo Central Criminal de Lisboa.

O tribunal chegou a ter a decisão agendada para 13 de julho, mas adiou-a devido à lei da amnistia aprovada no âmbito da Jornada Mundial da Juventude, que apenas produz efeitos a partir de dia 01 de setembro e que pode abranger alguns dos 90 crimes imputados ao criador do Football Leaks.

Setembro deve também trazer novidades em dois casos que agitaram o país, mas que ainda estão em fase de instrução (fase facultativa que visa decidir, por um juiz de instrução criminal, se o processo segue e em que moldes para julgamento): o acidente com o ex-ministro Eduardo Cabrita que causou a morte de uma pessoa na A6, em 2021, e o segundo processo sobre a morte do ucraniano Ihor Homeniuk nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa, em 2020.

O antigo ministro da Administração Interna volta a ser ouvido no tribunal de Évora no dia 04, na continuação do debate instrutório, em que Eduardo Cabrita começou a ser inquirido no final de junho. Já o segundo processo sobre a morte de Ihor Homeniuk, que visa cinco arguidos — entre os quais um ex-diretor de Fronteiras do SEF -, viu as diligências pedidas na instrução serem rejeitadas, com o debate instrutório a poder arrancar no dia 12.

Já o julgamento do ex-secretário de Estado Miguel Alves tem início marcado para 14 de setembro, no tribunal de Viana do Castelo, após greves de funcionários judiciais terem causado sucessivos adiamentos. O antigo governante está acusado do crime de prevaricação, num caso que remonta à sua passagem pela presidência da Câmara Municipal de Caminha e cuja acusação provocou, no final do ano passado, a sua demissão do Governo.

Contudo, os maiores processos da justiça nacional continuam sem data para começar, nomeadamente, a Operação Marquês e o caso Universo Espírito Santo, quase 10 anos após a detenção de José Sócrates (novembro de 2014) e a resolução do BES (agosto de 2014).

O primeiro conheceu já a decisão de pronúncia para julgamento do ex-primeiro-ministro José Sócrates em abril de 2021, mas o julgamento não deve arrancar antes de 2024, uma vez que decorrem prazos para as defesas do antigo governante e do empresário Carlos Santos Silva contestarem a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa e eventual recurso.

Por sua vez, o processo do Grupo Espírito Santo (GES), no qual Ricardo Salgado é o principal arguido, apenas teve a decisão instrutória há um mês. O ex-banqueiro responde por 65 crimes, entre os quais associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada e branqueamento, tendo já sido condenado a oito anos de prisão num outro processo extraído da Operação Marquês.

A aguardar início de julgamento estão o Caso EDP – no qual o ex-ministro Manuel Pinho, a mulher, Alexandra Pinho, e Ricardo Salgado foram acusados — e a Operação Lex, que está ainda mais atrasada, porque voltou em março a ser separado no Supremo Tribunal de Justiça, esperando-se ainda uma decisão sobre os recursos apresentados contra a separação do caso que visa os antigos desembargadores Vaz das Neves, Rui Rangel e Fátima Galante.

Outro processo sem data de julgamento é o do antigo deputado Duarte Lima no homicídio de Rosalina Ribeiro, no Brasil, em 2009. O julgamento até esteve para arrancar no final de 2022, mas entretanto a juíza foi afastada e registaram-se dificuldades na notificação de testemunhas, quando já se passaram quase 14 anos desde a morte da antiga companheira do milionário Lúcio Tomé Feteira.

Além destes processos, a justiça enfrenta ainda neste regresso as greves dos funcionários judiciais e a aplicação da amnistia para jovens até aos 30 anos, aprovada no âmbito da vinda do Papa Francisco a Portugal, que vai também sobrecarregar a atividade dos tribunais.

Longe ainda de chegarem às salas de audiências estão muitos outros casos mediáticos, cujas investigações continuam nas mãos do Ministério Público.

Entre estes contam-se o caso que visa os ex-administradores da EDP António Mexia e João Manso Neto, ligado aos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual e cuja investigação começou em 2012; o processo Tutti Frutti, envolvendo elementos de PS e PSD e que é investigado desde 2016; o caso CGD, que em 2021 atingiu o empresário Joe Berardo; o caso Cartão Vermelho, que nesse ano levou à saída de Luís Filipe Vieira da presidência do Benfica; ou a investigação anunciada em 2022 à concessão da nacionalidade portuguesa ao milionário russo Roman Abramovich, ao abrigo do regime para descendentes de judeus sefarditas.

NACIONAL

RAMALHO EANES AFIRMA QUE PCP QUERIA ESTABELECER UM REGIME TOTALITÁRIO

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

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O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

Ramalho Eanes falava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma aula-debate sobre o 25 de Abril com alunos de escolas secundárias e universidades, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

A propósito dos antecedentes do 25 de Novembro de 1975, o general e primeiro Presidente eleito em democracia começou por referir que não queria “tecer considerações nenhumas sobre o PCP” e que teve “ótimas relações com Álvaro Cunhal”, um homem que “muito estimava” e “muito considerava”.

“Mas naquela altura o PCP, talvez acossado pela extrema-esquerda, preparava-se efetivamente para estabelecer em Portugal um regime totalitário”, afirmou, acrescentando: “Não tenho dúvidas”.

Citando Melo Antunes, Eanes sustentou que na altura era necessário “reinstitucionalizar o aparelho militar” para que se opusesse “a qualquer tentativa armada de conquista do poder”.

“Por razões diversas, e como as coisas se agudizavam, surgiu o Documento dos Nove, que o Conselho da Revolução todo praticamente subscreveu e que foi subscrito por milhares de oficiais. Isso demonstrou que a instituição militar estava muito mal, estava desinstitucionalizada, tinha de uma maneira geral perdido a sua fidelidade ao povo e à democracia e tinha criado fidelidades perversas em relação às filiações partidárias”, prosseguiu.

Em concreto sobre os acontecimentos de 25 de Novembro, Eanes disse que houve “uma ofensiva militar”, no seu entender “organizada levianamente pela extrema-esquerda, mas em que o PCP não podia ter deixado de intervir”, perante a qual ele e outros militares foram obrigados a agir.

“Tivemos essa ação, enfim, e repito que podia ter levado a uma guerra civil e que foi indispensável o 25 de Novembro. Repito: foi indispensável, para que as promessas de honra dos militares à população fossem realizadas”, defendeu.

Segundo Eanes, o desfecho do 25 de Novembro deveu-se aos “militares que se tinham mantido fieis à promessa de honra que tinham feito à população, que era devolver-lhes a liberdade, mas a liberdade sem condicionamentos” e que “resolveram, perante uma insurreição armada responder — bom, e a uma insurreição armada, naturalmente, só se responde com armas”.

“O 25 de Abril foi único, foi fundador. É ele que concede a liberdade aos portugueses. É ele que devemos festejar, comemorar e sobretudo refletir. Mas não devemos esquecer a perturbação natural que se seguiu, em que houve um combate de ideologias, de modelos de sociedade, em que houve um PREC que criou uma situação insustentável, uma situação de medo e uma situação que nos levou perto de uma guerra civil”, declarou.

Nesta aula-debate, Eanes relatou que estava em Angola e recebeu a notícia do 25 de Abril sem surpresa, porque “tinha participado nas diferentes reuniões que se tinham realizado para organizar uma resposta ao regime”, com “grande alegria” e “grande esperança”, porque “os portugueses iam ter a liberdade” e “finalmente, acabar-se-ia a guerra” colonial.

“Mas não tive dúvidas nenhumas de que a descolonização iria ser trágica, como foi. Aliás, eu digo isto com à vontade, com grande à vontade. Eu sei que muita gente vai contar que acha que a descolonização foi uma coisa maravilhosa. Não foi”, considerou.

Na sua opinião, foi trágica porque “deixou aqueles países, Angola e Moçambique, numa situação de guerra que durou anos e que destruiu tudo” e porque “fez regressar ao continente muitos angolanos”.

“Eles tinham nascido em Angola, eles eram angolanos, não conheciam outra pátria que não fosse aquela, não tinham outra terra que não fosse aquela, terra em que tinham os seus mortos, em que tinham tido nascido os seus filhos, e de repente são obrigados, perdendo tudo, a regressar a uma terra que tinha sido a dos seus antepassados, mas que eles não conheciam, que eles não amavam. São os retornados”, acrescentou.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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