NACIONAL
TRABALHADORES DA TSF MARCAM GREVE DE 24 HORAS PARA 20 DE SETEMBRO
O plenário de trabalhadores da TSF aprovou hoje, por unanimidade, uma greve de 24 horas, no dia 20 de setembro, acusando a administração da Global Media Group de “desrespeito” pelos profissionais da rádio.
O plenário de trabalhadores da TSF aprovou hoje, por unanimidade, uma greve de 24 horas, no dia 20 de setembro, acusando a administração da Global Media Group de “desrespeito” pelos profissionais da rádio.
Em comunicado enviado hoje às redações, os trabalhadores da TSF revelam ter estado reunidos para analisar a situação que, de forma unânime, consideram ser “de reiterado desrespeito” pelos profissionais dos vários setores da rádio por parte da administração, que culminou, na semana passada com o afastamento do diretor.
“Depois de uma diminuição contínua dos recursos da rádio por responsabilidade de várias administrações, constata-se que também o atual Conselho de Administração (CA) não cumpriu os compromissos que assumiu, seja em relação ao investimento, seja pela não aplicação da proposta de ajustes salariais e do aumento do subsídio de refeição retroativo a janeiro de 2023”, pode ler-se no documento.
Segundo a nota, a proposta apresentada em junho e “não rejeitada” pelos trabalhadores pressupunha a continuação do diálogo negocial relativamente ao ano de 2024, mas a mesma permanece “num limbo tendo ficado sem resposta as diligências efetuadas pelo Sindicato dos Jornalistas e pelo Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual, no sentido de saber quando vai ser aplicada a proposta”.
O plenário de trabalhadores da TSF repudia a falta de resposta da Administração relativamente a este processo de negociação, lê-se na missiva.
Ainda de acordo com a nota dos trabalhadores, nos últimos meses “ocorreram casos de atraso no pagamento de salários, situações inadmissíveis agravadas, no caso do último mês, pela total ausência de aviso prévio ou justificação por parte da administração”.
“Este padrão de desrespeito pelos trabalhadores ganhou novos contornos com o anúncio da destituição do atual diretor da TSF e nomeação de um novo nome sem que fosse ouvido o Conselho de Redação da TSF”, denunciam.
Desta forma, o plenário de trabalhadores da TSF “não compreende e estranha a correlação que é feita no comunicado datado de 11 de setembro, onde se justificam as mudanças na gestão de topo do Grupo com a ‘opção estratégica, nomeadamente a de extinguir todas as situações executivas onde exista duplicação de funções’”.
Como informou a própria Administração, em comunicado datado de 08 de setembro, Domingos de Andrade cessou funções no CA e, com a extinção do cargo de Diretor-Geral Editorial da Global Media Group (GMG), “não se compreende onde existe duplicação de funções executivas”, refere a nota.
Mais ainda sublinham que a TSF, como admite a nota interna da Administração, surge como a exceção dentro da GMG, já que “todas as direções editoriais das diferentes marcas e títulos se manterão.”
De acordo com os trabalhadores, a “estranheza adensa-se quando a Administração avança com a substituição, no momento em que afirma querer promover um processo de consulta, reflexão e análise, extensível a todas as áreas do grupo, e que será um passo fundamental para a elaboração e conclusão do Plano Estratégico Global”.
O plenário de trabalhadores da TSF reitera a total confiança e solidariedade na atual Direção e, em especial, em Domingos de Andrade que, desde que assumiu funções, tem mantido “um escrupuloso respeito pela autonomia e pela liberdade editorial da redação, privilegiando, acima de quaisquer outros, o valor da notícia, de acordo com os princípios éticos do Código Deontológico”.
Os trabalhadores da TSF referem também “o papel determinante” de Domingos de Andrade na mudança de instalações do Centro de Produção do Porto, decisivo para a rádio, com o “menor impacto possível no funcionamento, numa altura em que a Administração não avançou com qualquer solução para essa mudança”.
Sublinha-se ainda, segundo os trabalhadores, como marca da atual direção, “a defesa intransigente das competências do Conselho de Redação fixadas na Lei”.
NACIONAL
NÚMERO DE ANDORINHAS EM PORTUGAL CAIU 40% EM 20 ANOS
O número de andorinhas em Portugal diminuiu 40% nos últimos 20 anos, uma queda representativa do “declínio generalizado” de diversas espécies de aves migradoras de longa distância, alertou hoje a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).
O número de andorinhas em Portugal diminuiu 40% nos últimos 20 anos, uma queda representativa do “declínio generalizado” de diversas espécies de aves migradoras de longa distância, alertou hoje a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).
Em comunicado, a SPEA afirma que, se nada mudar em breve, é preciso encontrar outro símbolo para a chegada da primavera.
E diz que também o cuco, o picanço-barreteiro e a rola-brava estão em declínio em Portugal, Espanha e na Europa em geral.
Os dados fazem parte do “Censo das Aves Comuns”, publicado hoje, que avaliou as tendências populacionais de 64 aves comuns em Portugal continental para o período 2004-2023. É feita também a comparação com o que se passa em Espanha e na Europa, quanto às mesmas aves.
“Em plena crise da biodiversidade, termos acesso a informação atualizada sobre o estado das nossas espécies de aves comuns é uma enorme mais-valia,” diz, citado no comunicado, Hany Alonso, técnico da SPEA e coordenador do Censo de Aves Comuns.
E acrescenta: “Ao olharmos para as aves comuns podemos compreender melhor o que se passa em nosso redor. Estas espécies vão ser as primeiras a dar-nos indicação de que alguma coisa não está bem”.
Segundo a SPEA, aves migradoras como as andorinhas têm sido afetadas pelas alterações climáticas, seja nos sinais que usam para iniciar a migração seja quanto à abundância de insetos para alimentar as crias.
A SPEA nota que, além das aves migradoras, também aves comuns nos meios agrícolas, como o pardal, o peneireiro e a milheirinha, estão em declínio nos últimos 20 anos, devido à “intensificação das práticas agrícolas”, que têm vindo a artificializar os campos, destruindo “os mosaicos tradicionais que permitiam que a biodiversidade florescesse”.
É preciso, acrescenta a SPEA, restaurar a natureza, implementar políticas que promovam práticas agrícolas sustentáveis, e fazer mudanças no ordenamento do território, no desenvolvimento energético, e nas avaliações de impacto.
NACIONAL
ELEIÇÕES EUROPEIAS: UM TERÇO NÃO VAI VOTAR POR FALTA DE INFORMAÇÃO
Os portugueses vão votar nas eleições europeias com base nos programas eleitorais (41%), segundo um estudo em que um terço dos inquiridos apontam para a ausência de informação e, por isso, não tenciona ir às urnas.
Os portugueses vão votar nas eleições europeias com base nos programas eleitorais (41%), segundo um estudo em que um terço dos inquiridos apontam para a ausência de informação e, por isso, não tenciona ir às urnas.
De acordo com um inquérito realizado entre 18 e 21 de março pela Euroconsumers, organização europeia de defesa do consumidor, e que abrangeu 1003 portugueses, 56% dos portugueses sentiam-se ainda mal informados sobre os programas eleitorais dos grupos políticos com assento no Parlamento Europeu.
Cerca de um terço dos inquiridos não pretende ir votar e justifica a ausência de informação disponível como um dos principais motivos, pode ler-se num comunicado divulgado nesta segunda-feira pela DECO PROteste, que faz parte desta entidade europeia.
“A decisão sobre o partido a votar é tomada com base na informação dos programas eleitorais (41%) ou seguindo a cor política que apoiam ao nível nacional”, apontam os resultados do inquérito realizado no âmbito das eleições ao PE.
As eleições para o PE decorrem entre 6 e 9 de junho nos 27 Estados-membros da União Europeia (UE).
Sobre a função e o modo de funcionamento da UE, apenas 24% dos portugueses mostram estar bem informados, face a 19% que revelaram um desconhecimento generalizado acerca da UE.
“As dúvidas mais marcantes relacionam-se com o modo como o número de deputados do PE é determinado e como são eleitos, a rotatividade entre países da presidência do Conselho Europeu e a forma de aprovação das diretivas”, destaca a Euroconsumers.
Entre os quatro países envolvidos no inquérito — Bélgica, Espanha, Itália e Portugal — os portugueses são os que avaliam mais positivamente a atuação da UE nos últimos cinco anos (39% em Portugal, face a 26% de média nos quatro países analisados).
Em especial elogiam a atuação durante a pandemia de Covid-19, cuja gestão 68% dos inquiridos portugueses consideram positiva, pode ler-se no comunicado.
“Em termos médios, nos quatro países, quando questionados sobre esta matéria em concreto, apenas 26% dos inquiridos avaliam positivamente a atividade global da UE nos últimos cinco anos, enquanto 34% a avaliam de forma negativa”, destaca a Euroconsumers.
Entre os aspetos mais criticados em Portugal sobre a atuação da UE estão a inflação e o custo de vida (73% avaliam negativamente em Portugal face a 65% em média nos quatro países), a imigração (52%; 63%), a guerra Israel/Palestina (45%; 53%) e a guerra na Ucrânia (36%;45%).
Já as maiores preocupações futuras dos inquiridos em Portugal, em que a confiança na UE é baixa, são a inflação e o aumento do custo de vida (71%, face a 64%, em média, do total dos 4 países), a guerra na Ucrânia (60%; 47%), uma possível nova guerra mundial (56%; 45%), o conflito entre Israel e a Palestina (51%; 40%) e as alterações climáticas (49%; 45%), sublinha a entidade europeia de defesa de consumidores na nota de imprensa.
O inquérito revela ainda que, sobre as ações que a UE tem vindo a tomar, os portugueses destacam como temas muito importantes a exigência que aquela tem feito às redes sociais para a proteção dos menores (80%), assim como medidas de cibersegurança mais restritivas que protegem os aparelhos conectados à Internet (76%).
“Os portugueses reconhecem a ação da UE em temas como as redes sociais, a abolição de taxas de roaming e a implementação de limites mais baixos nas emissões de Co2 pelos automóveis. No entanto, sentem que a informação é reduzida”, realça este organismo.
Já 83% dos portugueses (80% em média nos quatro países analisados) consideram que a UE deve ter sempre em conta o impacto das medidas que toma nas gerações futuras.
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