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NACIONAL

A “DOUTORA RARÍSSIMA” AFINAL É REINCIDENTE

É uma notícia SAPO 24, e revela que já antes, a Presidente da Raríssimas, Paula Brito e Costa terá deixado outra instituição alegadamente devido às mesmas “práticas”, ou seja, 36 mil euros em viagens não autorizadas.

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É uma notícia SAPO 24, e revela que já antes, a Presidente da Raríssimas, Paula Brito e Costa terá deixado outra instituição alegadamente devido às mesmas “práticas”, ou seja, 36 mil euros em viagens não autorizadas.

Paula Brito e Costa, ex-presidente da associação Raríssimas, deixou em marco deste ano a presidência da Federação de Doenças Raras, que fundou e liderou desde 2008, depois de terem sido encontradas despesas não autorizadas pela direcção. No ano passado, esta associação gastou mais de 36 mil euros em viagens.

A agora ex-presidente da Raríssimas, suspeita de usar o dinheiro da associação para benefício próprio, foi confrontada, em março, com despesas não autorizadas que fez na Federação de Doenças Raras (FEDRA), entidade que fundou em 2008 e que desde sempre presidiu, até suspender o mandato, em março deste ano.

Luís Quaresma, vice-presidente da direção da FEDRA, explica ao SAPO 24 que, no início deste ano, Paula Brito e Costa “foi questionada sobre uma série de despesas que foram feitas sem autorização da direção”.

Na Assembleia Geral em que essas questões foram apresentadas, em março deste ano, a ex-presidente da Raríssimas e da FEDRA “não quis continuar e suspendeu o seu mandato”, conta Luís Quaresma ao SAPO 24.

A situação foi também denunciada por uma dirigente da FEDRA, por carta, ao Instituto Nacional de Reabilitação e à Segurança Social. Todavia, sublinha Luís Quaresma, algumas das despesas em questão “não se pode considerar como despesas em benefício pessoal; foram despesas feitas por técnicos da Raríssimas, que a FEDRA ia pagar.” E foi esse pagamento que a federação não achou ser da sua responsabilidade.

“Ou seja, não houve um benefício próprio, houve um aproveitamento da FEDRA em benefício da Raríssimas, o que não configura propriamente um ilícito — é uma questão mais interna”, explica o vice-presidente da federação. Em causa, está o facto de a “federação não deixar que seja beneficiado um associado em detrimento dos outros”, diz. E acrescenta “se alguém tem de ir ao estrangeiro em representação da federação, deve ser a FEDRA a definir quem”.

Na denúncia foi posta em causa uma viagem ao Brasil, em 2013. Paula Brito da Costa, como dirigente da federação, terá ido ao Brasil, acompanhada pelo marido, tendo também usufruído de um spa, no valor de quase 400 euros, e do aluguer de um automóvel da marca BMW.

A denúncia feita pela então secretária da direção da FEDRA, Piedade Líbano Monteiro, foi enviada à unidade de desenvolvimento social do Instituto da Segurança Social (ISS) e também ao Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), que depende do Ministério do Trabalho.

“Defendemos a dignidade e a transparência acima de tudo, principalmente porque somos uma instituição de solidariedade social. De facto, permanece por explicar despesas com viagens e estadia no estrangeiro da presidente da associação Rarissímas e para as quais não me sinto apta para dar parecer favorável.”, escreveu Piedade Líbano Monteiro na denúncia enviada à ISS e ao INR, citada pela TVI.

Esta carta, porém, parece estar em parte incerta. Questionado pela TVI, que teve acesso à denúncia da FEDRA, o presidente do Instituto da Segurança Social disse não haver registo da entrada desta queixa. Mais: pediu ao canal de televisão que reenviasse a carta àquela entidade, depois de recusar uma entrevista.

Já sobre a situação da Raríssimas, denunciada por uma reportagem da jornalista Ana Leal, o ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, disse esta segunda-feira, 11 de dezembro, que também a Segurança Social não teve conhecimento de quaisquer denúncias de gestão danosa na associação até esta terça-feira presidida por Paula Brito e Costa.

“Nem eu nem a minha equipa tivemos qualquer informação sobre denúncias de gestão danosa pela associação Raríssimas. Nunca foi entregue a mim ou ao Instituto de Segurança Social denúncias sobre uma eventual gestão danosa”, disse Vieira da Silva, acrescentando que as informações recebidas foram sobre alegadas irregularidades estatutárias e não “atos de gestão danosa”.

FEDRA gastou mais de 36 mil euros em deslocações em 2016:

Uma das questões levantadas na reportagem da TVI foi o valor que a ex-dirigente da Raríssimas alocava a deslocações. Na FEDRA, no ano passado, foram gastos 36.834,77 euros em deslocações, pode ver-se nas demonstrações financeiras da federação.

No orçamento para 2017, feito ainda com Paula Brito e Costa na direção da FEDRA, estava previsto o gasto de 23 mil euros em deslocações. Valor que, diz Luís Quaresma, não chegou a ser atingido.

O vice-presidente da FEDRA acusa Paula Brito e Costa de dar “uma grande importância a deslocações ao estrangeiro”, enquanto “a atual direção acha que é mais importante apoiar os associados internamente”, explica por telefone ao SAPO 24.

Por causa dessa mudança de foco, aponta Luís Quaresma, a FEDRA passou de um orçamento que previa “23 mil euros em deslocações para 3.250 euros, que são as deslocações internas para visitas aos associados e eventualmente, se houver um congresso internacional que achemos interessante; mas nunca os vinte e tal mil euros que estavam previstos para 2017 e que penso que não foram sequer atingidos, nem pouco mais ou menos”, diz o dirigente.

Quanto à denúncia de que Paula Brito e Costa alegadamente usava o carro da FEDRA como viatura própria para ser ressarcida das deslocações na Raríssimas e o carro da Raríssimas para ser ressarcida na FEDRA, Luís Quaresma diz que a federação não tem conhecimento do esquema.

“Na FEDRA sabemos o que pagamos, não sabemos o que a Raríssimas paga. E provavelmente vice-versa”, conclui.

“Deixámos que as coisas aparecessem feitas”:

Luís Quaresma reconhece que, até 2014, a FEDRA foi deixada ao cuidado de Paula Brito e Costa. “A FEDRA até 2014 esteve muito parada, a sede era nas instalações da Raríssimas, ela era simultaneamente presidente das duas”, diz. Era Paula quem “ia fazendo as coisas andar”, razão por que, Luís Quaresmas admite que a restante direção deixou “que as coisas aparecessem feitas”. “As outras associações e os outros dirigentes deixaram um pouco a coisa andar”, confessa o dirigente.

Depois de Paula Brito e Costa ter suspendido o mandato, numa reunião com os associados, os restantes membros da direção puseram a sua saída em cima da mesa, porém, diz o vice-presidente da Federação, os associados mantiveram a confiança nos outros membros, pedindo “procedimentos que impeçam que haja de novo qualquer aproveitamento dentro da federação”.

Luís Quaresma garante, então, que neste momento a FEDRA “está a funcionar, está a apoiar as suas associadas e a fazer a formação dos seus dirigentes”.

Apesar de Paula Brito e Costa já não pertencer à FEDRA, a Raríssimas continua a “ser associada”, e, sublinha o vice-presidente, a federação espera que a Raríssimas continue a fazer parte daquela entidade.

“Respeitamos muito a Raríssimas enquanto nossa associada”, diz o dirigente, que faz parte da ASBIHP, a Associação de Spina Bífida e Hidrocefalia de Portugal.

Para além de Paula Brito e Costa, presidente da direção, também António Manuel dos Santos Veiga, segundo vogal, suspendeu o mandato a 30 de março deste ano. Todavia, permanecem representantes da Raríssimas quer na Mesa da Assembleia Geral — João Correia (presidente) e António Trigo (vice-presidente) —, quer no Conselho Fiscal — António Trindade Nunes (presidente).

Os órgãos sociais da FEDRA são constituídos por representantes de várias associações portuguesas de doenças raras. Esta federação, fundada em 2008, reúne quatorze associadas, entre elas a Raríssimas.

Reportagem põe gestão da Raríssimas em causa:

A TVI divulgou no sábado uma reportagem sobre a gestão da associação Raríssimas — Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras, financiada por subsídios do Estado e donativos. A investigação mostra documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente da sua presidente, Paula Brito e Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro em compra de vestidos e vários gastos pessoais.

Na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que o Ministério Público está a investigar a Raríssimas, após uma denúncia anónima relativa a alegadas irregularidades na gestão financeira e ao uso indevido de dinheiros da associação pela sua presidente.

Também na segunda-feira, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou que vai “avaliar a situação” da Raríssimas e “agir em conformidade”, após a denúncia de alegadas irregularidades na gestão financeira e de uso indevido de dinheiros da associação pela sua presidente.

Antes da posição do ministério, a direção da Raríssimas divulgou um comunicado na rede social Facebook no qual diz que as acusações apresentadas na reportagem são “insidiosas e baseadas em documentação apresentada de forma descontextualizada”, afirmando que as despesas da presidente em representação da associação estão registadas “contabilisticamente e auditadas, tendo sido aprovadas por todos os órgãos da direção”.

A direção da Raríssimas destaca ainda que, “contrariamente ao que foi dito na reportagem, não está em causa a sustentabilidade financeira” da associação.

Quanto aos valores de vencimentos que a reportagem mostra, diz a Raríssimas que “foram artificialmente inflacionados” e que os ordenados que paga se baseiam na “tabela salarial definida pela CNIS — Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social”.

Esta terça-feira, o jornal ‘Expresso’ avança que Paula Brito e Costa se demitiu da Raríssimas.

Pedro Soares Botelho | Sapo 24 | Expresso

Veja Ainda: A VERDADEIRA HISTÓRIA DA “DOUTORA RARÍSSIMA”

Veja Ainda: PRESIDENTE DA “RARÍSSIMAS” DEMITIU-SE

Veja Ainda: MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGA RARÍSSIMAS

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Veja ainda: ESTADO ENTREGOU À RARÍSSIMAS 5 MILHÕES DE EUROS EM 5 ANOS

Veja o reveja a Reportagem TVI:
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NACIONAL

ALERTAS DA PROTEÇÃO CIVIL NÃO CHEGAM AOS CLIENTES DIGI E NOWO – ANEPC

Quando os portugueses estão em perigo a Proteção Civil alerta por SMS os cidadãos em zonas de risco. O serviço é – ou devia ser – transversal e generalizado a qualquer telemóvel, mas por questões administrativas nem todos são alertados. Os alertas por SMS são um “remendo” enquanto serviço “Cell Broadcast” ainda não passou do papel. Mas quando tudo falha é o “rádio a pilhas” que realmente faz a diferença e salva vidas. A Rádio Regional vai explicar-lhe tudo neste trabalho de Vítor Fernandes.

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Quando os portugueses estão em perigo a Proteção Civil alerta por SMS os cidadãos em zonas de risco. O serviço é – ou devia ser – transversal e generalizado a qualquer telemóvel do mais simples ao mais moderno independentemente da operadora do qual esteja registado. Mas por questões contratuais os clientes da Nowo e DIGI estão de fora dos Alertas PROCIV. Os alertas por SMS são por enquanto apenas um “remendo” enquanto o verdadeiro serviço de alertas de emergência denominado “Cell Broadcast” ainda não passou do papel. Mas quando tudo falha é o “rádio a pilhas” que realmente faz a diferença e salva vidas. A Rádio Regional vai explicar-lhe tudo neste trabalho de Vítor Fernandes.


Recentemente Portugal esteve sob alerta laranja e vermelho devido às condições meteorológicas de risco para os cidadãos. Mais de 700 ocorrências resultantes de chuva intensa, granizo, fenómenos de vento extremo e ondulação marítima que levou à limitação da normal atividade humana.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) envia alertas de segurança por SMS aos cidadãos localizados nas zonas de risco. A Lei de Bases da Proteção Civil  é claro quanto à “obrigação especial de colaboração” das operadoras de telecomunicações e estações de rádio/televisão (leia-se comunicação social) relativamente à difusão de informação relevante às populações em risco.

Regularmente e sempre que se justifica os cidadãos recebem SMS com alertas e recomendações da Proteção Civil (PROCIV). As condições meteorológicas de risco verificadas recentemente em Portugal levaram à emissão de alertas aos clientes da NOS, MEO e Vodafone nas zonas de risco, contudo, clientes da NOWO (ex-Cabovisão) e da DIGI garantem que não receberam os referidos alertas.

A Rádio Regional questionou a ANEPC. Relativamente à DIGI esclareceram “iniciou atividade no território nacional, a operadora DIGI, a qual disporá de uma rede própria, estando a ANEPC a trabalhar com a operadora no sentido de finalizar as questões técnicas necessárias à difusão de avisos geolocalizados por SMS aos clientes da mesma” sobre a NOWO nada esclareceu.

A ANACOM contradiz a ANEPC “A DIGI é titular do direito de utilização de frequências do espectro hertziano e por isso instalou rede própria de serviço móvel nacional assegurado pelas antenas [três mil antenas em novembro de 2024] instaladas que já cobrem a generalidade da população nacional (…) a Nowo [adquidida pela DIGI] adquiriu em leilão o direito de utilização de frequências por 67 milhões de euros” esclareceu fonte da autoridade das comunicações.

A DIGI iniciou a sua atividade comercial licenciada em Maio de 2022 e em 2024 já dispunha de serviço fixo (televisão, dados, voz fixa) e rede própria com cobertura nacional 4G e parcialmente 5G.

A NOWO (ex-Cabovisão entretanto adquirida pela DIGI) iniciou atividade comercial licenciada em 1993 com serviço fixo (televisão, dados, voz fixa) tendo lançado o serviço móvel 3G e 4G em 2010.

Também a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) que tem tutela parcial no setor esclareceu a Rádio Regional que a DIGI procedeu ao registo de “Operadores de Distribuição” em 14-10-2024 e a Nowo em 08-07-2010.

A Rádio Regional sabe que nos primeiros dias de 2025 e por adjudicação direta a ANEPC contratou com a NOS, MEO e Vodafone o serviço de “SMS em massa” (alertas) pelo valor aproximado de 122 mil euros (NOS) 47 mil euros (MEO) e 124 mil euros (Vodafone). As operadoras DIGI e NOWO ficaram de fora deste procedimento.

A DIGI não respondeu oficialmente a tempo útil aos vários pedidos de esclarecimento da Rádio Regional, porém “isto é o cartel a funcionar [referindo-se à NOS, MEO e Vodafone] todos os dias boicotam o nosso trabalho porque somos verdadeira concorrência (…) todos os dias aparecem cabos cortados ou equipamentos destruídos em muitas zonas críticas e só quem é deste meio sabe como fazer estas coisas” disse funcionário da DIGI que pediu anonimato.


A SOLUÇÃO CHAMA-SE “CELL BROADCAST”

A “Difusão Celular” ou originalmente conhecida como “Cell Broadcast” é internacionalmente a solução técnica consensual para aplicações de notificação massiva de emergência.

Tecnologicamente trata-se de um serviço móvel cujo método de envio/receção de alertas funciona em todos os standards, desde o 2G ao 5G e é tecnicamente mais eficiente do que o envio de SMS.

Enquanto que o envio de SMS pressupõe que o cliente tenha rede do qual é assinante e que tenha memória livre no seu equipamento para receber mensagens e notificações ativas, porque no fundo é uma mensagem igual a tantas outras que se recebem a todo o momento, desde as mais importantes da vida pessoal e/ou profissional até às promoções do supermercado. Com o aparecimento das aplicações como Wahtsapp, Telegram, Signal e chats das redes sociais as SMS perderam relevância de outros tempos.

O envio de alertas por Difusão Celular é feito por células de rádio e por isso a receção é instantânea e sobrepõe-se a todos os serviços ou atividade do telefone. Quando recebido o alerta o telefone difunde um aviso sonoro diferente e audível (mesmo em modo de silêncio). A receção é garantida porque não depende dos recursos de memória do telemóvel e chega a todos os telemóveis, seja qual for a operadora do cidadão nacional ou estrangeiro que se encontre na área de cobertura de risco.

A solução de SMS, atualmente usada pela ANEPC, deixa de fora os utilizadores não nacionais em roaming, algo que na Difusão Celular não se coloca dado que não distingue números nacionais de números não nacionais.

Considerando a arquitetura técnica da Difusão Celular uma mensagem demora até 10 segundos desde emitida até ser recebida por milhões de telemóveis ao mesmo tempo. Tem ainda a vantagem dos custos de envio serem muito baixos e daí que comercialmente não seja uma opção para os prestadores de serviços de telecomunicações.

Em Portugal a Vodafone, Meo e NOS já usaram este serviço, mas porque comercialmente não é rentável acabaram por o descontinuar, preferindo assim faturar centenas de milhares de euros no envio de SMS, mesmo não sendo a solução adequada e não ser garantida de receção pelos cidadãos.

No seguimento de alguns desastres naturais que ocorreram no Brasil e cujos alertas, também por SMS, não chegaram à universo da população, o uso da “Difusão Celular” para alertas de Segurança Nacional passou a ser obrigatório por Lei. Ontem dia 29 de janeiro as autoridades se proteção civil estrearam este serviço relativamente à previsão de chuvas fortes “A ideia é que o cidadão seja informado, mesmo que não tenha se cadastrado em qualquer plataforma. A mensagem sobrepõe qualquer funcionalidade dos aparelhos celulares e o nosso grande objetivo é salvar vidas. Sempre que necessário, vamos utilizar essa ferramenta”, explicou Rodrigo Gonçalves, subsecretário de Defesa Civil conforme noticiado pela comunicação social Brasileira.

A Rádio Regional questionou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil relativamente ao uso desta tecnologia universal e tecnologicamente adequada “estamos a analisar o recurso à Difusão Celular” disse fonte desta autoridade de Proteção Civil.


QUANDO TUDO FALHA O “RÁDIO A PILHAS” SALVA VIDAS … É GRÁTIS !

A Lei de Bases da Proteção Civil é clara na forma como se refere às estações emissoras de rádio e televisão (leia-se comunicação social tradicional) como parceiros da missão de proteger as populações. Além dos operadores de telecomunicações e do poder tecnológico é consensual o papel da comunicação social, determinante e grátis  – porque o superior interesse dever de informar assim exige – no alerta às populações.

Em todos os desastres naturais e nas guerras (Ucrânia por exemplo) cenários em que tudo falha, o rádio a pilhas desempenhou um papel indispensável no “kit de sobrevivência”.

A lei da Rádio impõe obrigações especiais aos operadores de radiodifusão que operam no espectro hertziano – e sem qualquer contrapartida – o dever de cooperar com as autoridades de segurança e proteção civil.


Vítor Fernandes

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BOMBAS AUTOMÁTICAS DE INSULINA DISPONÍVEIS NAS FARMÁCIAS NOS PRÓXIMOS DIAS

As farmácias iniciam nos próximos dias a dispensa das bombas automáticas de insulina para o tratamento da diabetes tipo 1, depois de concluída a necessária atualização dos sistemas informáticos e a rede logística para permitir a disponibilização aos utentes.

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As farmácias iniciam nos próximos dias a dispensa das bombas automáticas de insulina para o tratamento da diabetes tipo 1, depois de concluída a necessária atualização dos sistemas informáticos e a rede logística para permitir a disponibilização aos utentes.

“Esperamos que nos próximos dias a situação esteja estabilizada e que já seja possível fazer essa encomenda através das farmácias”, adiantou à Lusa a presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Ema Paulino.

Em 21 de janeiro, foi publicada a portaria que criou o regime excecional de comparticipação dos dispositivos médicos de perfusão subcutânea contínua de insulina (PSCI) e dos respetivos consumíveis, permitindo que possam ser adquiridos nas farmácias comunitárias, uma medida que era reivindicada pelas associações representativas dos diabéticos.

A portaria do Ministério da Saúde, que entra em vigor na sexta-feira, justificou a medida com a necessidade de “melhorar o desempenho do processo atual” com o objetivo de garantir a disponibilização das bombas automáticas de insulina a um maior número de utentes e com maior celeridade.

Até agora essas bombas eram disponibilizadas através dos centros de tratamento.

“Neste momento, estamos a preparar o processo, que é algo complexo, uma vez que implica atribuir códigos informáticos a cada uma das bombas e a cada um dos consumidores das bombas”, adiantou Ema Paulino.

Além disso, está a ser adaptada a cadeia logística, ou seja, estão a ser “criadas as pontes” entre a indústria, os distribuidores farmacêuticos e as próprias farmácias, referiu a presidente da ANF, ao adiantar que também “é preciso assegurar o sistema de prescrição”.

“Os códigos que estão a ser criados para as bombas e para os consumíveis também vão ser os códigos que vão ser utilizados pelos médicos prescritores para poderem passar as receitas”, explicou.

“A informação que tenho é que não demorará mais de uma a duas semanas para todo o sistema estar estabilizado”, estimou a presidente da ANF, ao salientar que está também a ser preparada formação adicional para as equipas das farmácias no sentido de prestarem esclarecimentos aos utentes sobre os dispositivos.

A prescrição destes dispositivos só poderá ser realizada por especialistas em medicina interna, endocrinologia e pediatria, desde que devidamente autorizados e identificados pelos centros de tratamento, reconhecidos pela Direção-Geral da Saúde no âmbito da consulta onde o utente é acompanhado.

Segundo a portaria, os dispositivos médicos abrangidos por este regime excecional são comparticipados a 100% pelo Estado no seu preço, quando destinados a beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dispensados em farmácia de oficina.

O programa integrado de tratamento das pessoas com diabetes tipo 1 pretende garantir a disponibilização destes dispositivos a todos os potenciais beneficiários com desenvolvimento progressivo até 2026.

Segundo a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), que tem exigido a disponibilização das bombas nas farmácias, a sua utilização pode proporcionar uma melhor compensação, assim como uma redução em 80% do número de picadas nos dedos e 95% do número de injeções que uma pessoa com diabetes tipo 1 tem de dar por ano, contribuindo para uma melhoria significativa da qualidade de vida.

A APDP estima que serão mais de 30.000 as pessoas que vivem com diabetes tipo 1 em Portugal, 5.000 das quais serão crianças e jovens.

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o sistema imunológico da própria pessoa compromete o funcionamento das células do pâncreas que produzem insulina.

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