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ESPECIALISTAS DIZEM QUE O AQUECIMENTO GLOBAL PODERÁ SUBIR 3 GRAUS

As atuais emissões de gases com efeito de estufa podem levar a um aquecimento global de três graus, o dobro do acordado, diz a especialista Thelma Krug, para quem o limite para o aquecimento é “quanto mais baixo melhor”.

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As atuais emissões de gases com efeito de estufa podem levar a um aquecimento global de três graus, o dobro do acordado, diz a especialista Thelma Krug, para quem o limite para o aquecimento é “quanto mais baixo melhor”.

Thelma Krug é vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), organização científica criada no âmbito da ONU e que entre hoje e 01 de fevereiro junta na Universidade do Algarve cerca de 260 especialistas em alterações climáticas, numa reunião técnica para avançar com a elaboração do sexto relatório de avaliação. No IPCC há três grupos de trabalho e em Faro está reunido o grupo II, a analisar os impactos das alterações climáticas nos ecossistemas e nas atividades humanas.

Em entrevista à Agência Lusa Thelma Krug, especialista na área de ambiente e florestas, lembrou o relatório do IPCC de outubro de 2018, no qual se alertava para grandes alterações climáticas se os Estados deixarem as temperaturas subirem acima de 1,5 graus celsius em relação à época pré-industrial, limite definido no Acordo de Paris, sobre redução de emissões, como o patamar desejável para a contenção do aquecimento global.

Mas, diz Thelma Krug, as contribuições que cada país determinou “não estão numa trajetória de limitar o aquecimento a um nível baixo”.

“Hoje, se somarmos todas as contribuições que foram colocados na mesa por todos os países, estamos muito mais numa trajetória de um aquecimento de três graus celsius, praticamente o dobro do que estaríamos a tentar alcançar para minimizar os potenciais impactos” das alterações climáticas, afirmou a vice-presidente do IPCC.

“O que esperamos é que os países, ao serem confrontados com este resultado, entendam que têm de fazer mais, a mensagem que estamos a dar é a de que não está a ser suficiente”, salientou Thelma Krug.

A especialista não quer fazer previsões, porque o futuro depende do nível de aquecimento a que se chegue, mas tem a certeza que “cada bocadinho de aquecimento conta”, e que “os impactos que ocorrem com diferentes níveis de aquecimento podem ser muito substantivos”.

Sem otimismos, Thelma Krug lembra que já há espécies ou sistemas fragilizados para os quais o futuro não é promissor. Lembra o degelo das grandes camadas de gelo do Ártico, lembra os corais que estão comprometidos e quase “levados à extinção”, e reafirma que o objetivo tem de ser limitar o aquecimento. A 1,5 graus? Thelma Krug responde: “Quanto mais baixo melhor”.

É essa a mensagem que, diz, o IPCC procura fazer chegar aos governos, com dados sobre custos e impactos das alterações climáticas, dizendo que o melhor é reduzir as emissões muito rapidamente.

E em relação aos governos que estão ainda a negar as alterações climáticas? A responsável não comenta políticas de países, mas diz que o IPCC reconhece que há muito trabalho a ser feito por governos locais e regionais e que isso traz “um certo alívio”.

“A mensagem dos cientistas é muito clara, seria muito melhor que começássemos uma grande transformação em todos os setores, no sentido de reduzir significativamente as emissões de gases com efeito de estufa”, disse à Lusa, acrescentando que as temperaturas já subiram um grau e que a situação atual é “critica”.

Limitar o aquecimento global a 1,5ºC (graus celsius) no final do século implica emissões zero de gases em 2050 o que exigiria “um grande esforço já”.

E se em 2050 não se chegar a essas emissões neutras de gases, diz a responsável que vai ser mais difícil, que vai ser preciso tarefas em larga escala, como grandes reflorestamentos. O melhor, diz, era “começar a pensar-se nas grandes alternativas para a redução de emissões”.

Questões que os cientistas discutem na Universidade do Algarve, naquela que é a terceira e penúltima reunião do grupo II, os que estão a produzir o relatório sobre impactos, vulnerabilidades e adaptação às alterações climáticas.

Nas palavras de Thelma Krug a inovação da reunião de Faro é que foi disponibilizada para comentários de especialistas uma primeira minuta de relatório, tendo agora os participantes “mais de 16.000 comentários” para analisar.

O relatório final será apresentado em outubro de 2021. Todas as contribuições dos três grupos de trabalho do IPCC são submetidas para aprovação dos governos no próximo ano (grupo I em abril, grupo III em setembro e grupo II em outubro). No ano seguinte será entregue um relatório síntese dos outros três, com os resultados científicos mais significativos dos três grupos de trabalho.

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INTERNACIONAL

VACINAS SALVARAM 154 MILHÕES DE VIDAS EM 50 ANOS

As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.

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As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.

Em comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e tosse convulsa.

De acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.

O estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e 52% em África.

Por si só, a vacinação contra o sarampo diminuiu 60% da mortalidade infantil à escala global.

A OMS destaca, ainda, que mais de 20 milhões de pessoas podem hoje andar graças à imunização contra a poliomielite.

“As vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo doenças antes temidas”, sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.

Os dados foram publicados num momento de retrocesso da vacinação, causado nomeadamente pela redução dos programas de imunização devido à pandemia da covid-19.

A OMS assinala que 67 milhões de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que necessitavam, o que contribuiu para um aumento de 84% dos casos globais de sarampo entre 2022 e 2023.

O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que hoje começou e termina na terça-feira.

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INTERNACIONAL

ADVOGADOS DE TRUMP DECLARAM EX-PRESIDENTE INOCENTE NO INÍCIO DE JULGAMENTO

Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.

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Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.

Nas declarações iniciais do julgamento de Trump, os procuradores defenderam que o ex-presidente “orquestrou um esquema criminoso para subverter” as eleições presidenciais de 2016.

Os advogados de defesa alegaram que Trump está inocente, acrescentando que o gabinete do procurador distrital de Manhattan “nunca deveria ter aberto este caso”.

Um painel de jurados nova-iorquinos — 12 jurados e seis suplentes — tomou posse na passada sexta-feira, após quatro dias de seleção do júri, e começou hoje a participar naquele que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos EUA.

Trump é acusado de falsificar registos comerciais como parte de um alegado esquema para dissimular histórias que acreditava que poderiam prejudicar a sua campanha presidencial em 2016.

No centro das acusações está um pagamento de cerca de 100 mil euros feito à atriz pornográfica Stormy Daniels por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, para evitar que fosse conhecida uma relação extramatrimonial com o empresário.

Os procuradores dizem que Trump dissimulou a verdadeira natureza dos pagamentos falsificando documentos comerciais.

O ex-presidente nega ter tido um encontro sexual com Daniels e os seus advogados argumentam que os pagamentos feitos a Cohen foram despesas legais legítimas, declarando-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.

Um dos advogados de defesa de Donald Trump concentrou-se durante as declarações iniciais em repetir argumentos colocando em questão a credibilidade de uma das principais testemunhas da acusação: Michael Cohen.

O advogado Todd Blanche forneceu um extenso relato sobre o cadastro criminal de Cohen e sobre o facto de ele já ter sido condenado por mentir sob juramento.

Blanche acusou Cohen de ser “obcecado pelo ex-presidente”, dizendo que “o seu sustento financeiro depende da destruição da reputação de Trump.

“Não se pode tomar uma decisão séria sobre o presidente Trump confiando nas palavras de Michael Cohen”, argumentou Blanche.

Antecipando os prováveis ataques da defesa à sua principal testemunha, o procurador Matthew Colangelo reconheceu o cadastro criminal de Cohen, logo no início do julgamento.

Os advogados de defesa argumentaram ainda que Trump não teve nada a ver com os pagamentos feitos para evitar que histórias sobre a sua vida sexual se tornassem públicas, nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.

Blanche questionou em particular a insinuação feita pela acusação de que o pagamento a Stormy Daniels se destinava a tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais.

“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso chama-se democracia”, concluiu o advogado.

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