NACIONAL
ANTENAS SIRESP NÃO ARDERAM – GOVERNO MENTIU?
A trágica realidade que “apagaram” 64 vidas está, mais uma vez, envolta na polémica da operacionalidade do SIRESP. Membros do Governo afirmaram que as antenas também arderam e por isso o SIRESP não funcionou, mas será que arderam mesmo ? A Rádio Regional foi investigar.
Os incêndios de Pedrógrão Grande ficaram marcados pela polémica (mais uma) que questiona a operacionalidade da Rede de Comunicações SIRESP. De imediato o Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, informou os jornalistas que as antenas do SIRESP também tinham sido vítimas do fogo, que terão ardido, e que foi necessário recorrer a uma unidade móvel.
A Rádio Regional foi investigar, com todos os meios operacionais e técnicos de que dispõe, com ajuda de técnicos especializados e foi saber se afinal as ditas antenas do SIRESP arderam mesmo, ou se porventura a informação prestada pelos membros do governo aos jornalistas é afinal verdadeira ou falsa.
Apurou-se então que entre outras antenas, existem pelo menos 4 antenas SIRESP que cobrem contiguamente Concelhos de Pedrogão grande e Castanheira de Pera. As ditas antenas, regra geral estão instaladas junto de postos de vigia da GNR; e estão localizadas em: Ortiga, Lousã (Santo António da Neve/Coentral e Trevin), Alto do Pião (MEO e Posto de Vigia), e a quarta antena, para espanto, está precisamente instalada nas instalações da GNR de Pedrógão Grande, a 160 metros do Quartel dos Bombeiros também de Pedrogão Grande. Existem ainda mais antenas SIRESP nas redondezas, nomeadamente do Aeródromo de Lousã.
Na imagem seguinte podemos ver a antena SIRESP instalada no Quartel da GNR de Pedrogão Grande e que não ardeu (como aliás não ardeu nenhumas das 4 identificadas):
Ainda dentro da triangulação destas 4 antenas, estão as estradas EN236-1 (a estrada da morte onde morreram 35 pessoas consumidas pelas chamas) e a IC8; como se pode ver no mapa seguinte:
Conforme noticiado pelo Jornal I, numa publicação de hoje, as antenas do SIRESP terão ardido, segundo “informação” prestada pelas autoridades e membros do Governo; porém o que se verificou na realidade é que as antenas em questão não terão ardido, e nem sequer os cabos terão derretido; havendo sim registos de falta de energia, que em estações de ligação causaram a rotura da rede também por falta de gerador de emergência.
Tentamos obter uma reacção do SIRESP, numa tentativa de contacto com a Administração, que se mostrou infrutífero.
MG
NOTÍCIA/VÍDEO RELACIONADA (SIC):
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NACIONAL
NÚMERO DE ANDORINHAS EM PORTUGAL CAIU 40% EM 20 ANOS
O número de andorinhas em Portugal diminuiu 40% nos últimos 20 anos, uma queda representativa do “declínio generalizado” de diversas espécies de aves migradoras de longa distância, alertou hoje a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).
O número de andorinhas em Portugal diminuiu 40% nos últimos 20 anos, uma queda representativa do “declínio generalizado” de diversas espécies de aves migradoras de longa distância, alertou hoje a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).
Em comunicado, a SPEA afirma que, se nada mudar em breve, é preciso encontrar outro símbolo para a chegada da primavera.
E diz que também o cuco, o picanço-barreteiro e a rola-brava estão em declínio em Portugal, Espanha e na Europa em geral.
Os dados fazem parte do “Censo das Aves Comuns”, publicado hoje, que avaliou as tendências populacionais de 64 aves comuns em Portugal continental para o período 2004-2023. É feita também a comparação com o que se passa em Espanha e na Europa, quanto às mesmas aves.
“Em plena crise da biodiversidade, termos acesso a informação atualizada sobre o estado das nossas espécies de aves comuns é uma enorme mais-valia,” diz, citado no comunicado, Hany Alonso, técnico da SPEA e coordenador do Censo de Aves Comuns.
E acrescenta: “Ao olharmos para as aves comuns podemos compreender melhor o que se passa em nosso redor. Estas espécies vão ser as primeiras a dar-nos indicação de que alguma coisa não está bem”.
Segundo a SPEA, aves migradoras como as andorinhas têm sido afetadas pelas alterações climáticas, seja nos sinais que usam para iniciar a migração seja quanto à abundância de insetos para alimentar as crias.
A SPEA nota que, além das aves migradoras, também aves comuns nos meios agrícolas, como o pardal, o peneireiro e a milheirinha, estão em declínio nos últimos 20 anos, devido à “intensificação das práticas agrícolas”, que têm vindo a artificializar os campos, destruindo “os mosaicos tradicionais que permitiam que a biodiversidade florescesse”.
É preciso, acrescenta a SPEA, restaurar a natureza, implementar políticas que promovam práticas agrícolas sustentáveis, e fazer mudanças no ordenamento do território, no desenvolvimento energético, e nas avaliações de impacto.
NACIONAL
ELEIÇÕES EUROPEIAS: UM TERÇO NÃO VAI VOTAR POR FALTA DE INFORMAÇÃO
Os portugueses vão votar nas eleições europeias com base nos programas eleitorais (41%), segundo um estudo em que um terço dos inquiridos apontam para a ausência de informação e, por isso, não tenciona ir às urnas.
Os portugueses vão votar nas eleições europeias com base nos programas eleitorais (41%), segundo um estudo em que um terço dos inquiridos apontam para a ausência de informação e, por isso, não tenciona ir às urnas.
De acordo com um inquérito realizado entre 18 e 21 de março pela Euroconsumers, organização europeia de defesa do consumidor, e que abrangeu 1003 portugueses, 56% dos portugueses sentiam-se ainda mal informados sobre os programas eleitorais dos grupos políticos com assento no Parlamento Europeu.
Cerca de um terço dos inquiridos não pretende ir votar e justifica a ausência de informação disponível como um dos principais motivos, pode ler-se num comunicado divulgado nesta segunda-feira pela DECO PROteste, que faz parte desta entidade europeia.
“A decisão sobre o partido a votar é tomada com base na informação dos programas eleitorais (41%) ou seguindo a cor política que apoiam ao nível nacional”, apontam os resultados do inquérito realizado no âmbito das eleições ao PE.
As eleições para o PE decorrem entre 6 e 9 de junho nos 27 Estados-membros da União Europeia (UE).
Sobre a função e o modo de funcionamento da UE, apenas 24% dos portugueses mostram estar bem informados, face a 19% que revelaram um desconhecimento generalizado acerca da UE.
“As dúvidas mais marcantes relacionam-se com o modo como o número de deputados do PE é determinado e como são eleitos, a rotatividade entre países da presidência do Conselho Europeu e a forma de aprovação das diretivas”, destaca a Euroconsumers.
Entre os quatro países envolvidos no inquérito — Bélgica, Espanha, Itália e Portugal — os portugueses são os que avaliam mais positivamente a atuação da UE nos últimos cinco anos (39% em Portugal, face a 26% de média nos quatro países analisados).
Em especial elogiam a atuação durante a pandemia de Covid-19, cuja gestão 68% dos inquiridos portugueses consideram positiva, pode ler-se no comunicado.
“Em termos médios, nos quatro países, quando questionados sobre esta matéria em concreto, apenas 26% dos inquiridos avaliam positivamente a atividade global da UE nos últimos cinco anos, enquanto 34% a avaliam de forma negativa”, destaca a Euroconsumers.
Entre os aspetos mais criticados em Portugal sobre a atuação da UE estão a inflação e o custo de vida (73% avaliam negativamente em Portugal face a 65% em média nos quatro países), a imigração (52%; 63%), a guerra Israel/Palestina (45%; 53%) e a guerra na Ucrânia (36%;45%).
Já as maiores preocupações futuras dos inquiridos em Portugal, em que a confiança na UE é baixa, são a inflação e o aumento do custo de vida (71%, face a 64%, em média, do total dos 4 países), a guerra na Ucrânia (60%; 47%), uma possível nova guerra mundial (56%; 45%), o conflito entre Israel e a Palestina (51%; 40%) e as alterações climáticas (49%; 45%), sublinha a entidade europeia de defesa de consumidores na nota de imprensa.
O inquérito revela ainda que, sobre as ações que a UE tem vindo a tomar, os portugueses destacam como temas muito importantes a exigência que aquela tem feito às redes sociais para a proteção dos menores (80%), assim como medidas de cibersegurança mais restritivas que protegem os aparelhos conectados à Internet (76%).
“Os portugueses reconhecem a ação da UE em temas como as redes sociais, a abolição de taxas de roaming e a implementação de limites mais baixos nas emissões de Co2 pelos automóveis. No entanto, sentem que a informação é reduzida”, realça este organismo.
Já 83% dos portugueses (80% em média nos quatro países analisados) consideram que a UE deve ter sempre em conta o impacto das medidas que toma nas gerações futuras.
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