REGIÕES
MURÇA: MARCELO HOMENAGEIA SOLDADO MILHÕES: ‘UM HERÓI ÚNICO E SINGULAR’
O Presidente da República homenageou hoje, em Valongo de Milhais, Murça, o soldado Milhões, que disse ter sido um “herói único e singular” da Primeira Guerra Mundial e, através dele, homenageou também as Forças Armadas.

O Presidente da República homenageou hoje, em Valongo de Milhais, Murça, o soldado Milhões, que disse ter sido um “herói único e singular” da Primeira Guerra Mundial e, através dele, homenageou também as Forças Armadas.
“Ele foi um herói único e singular que felizmente foi possível fazer a sua história”, afirmou o Chefe de Estado, que falava durante a inauguração da Casa Museu Soldado Milhões, criado na habitação onde Aníbal Augusto Milhais viveu na aldeia de Valongo que adotou o nome de Milhais em homenagem ao soldado português.
O Comandante Supremo das Forças Armadas disse que fez questão de se associar à homenagem, e de, através do soldado herói transmontano, homenagear também as Forças Armadas.
“Muitas vezes nós não somos justos em relação aos nossos heróis, não é só os nossos heróis militares, os heróis todos, não somos, distraímo-nos, mas em relação às Forças Armadas às vezes distraímo-nos na homenagem que lhes prestamos”, salientou.
Aníbal Augusto Milhais foi, salientou, “tão excecional” que até foi condecorado com a Ordem Militar de Torre e Espada, a mais importante condecoração portuguesa, “imposta à frente de 15 mil soldados no campo de batalha pelo futuro Marechal Gomes da Costa”.
“Isto é raríssimo”, frisou.
Aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa precisou que “a história de Portugal tem muitos heróis anónimos” e salientou que Milhões é um herói “de há 100 anos e que ficou na história e é admirado cá dentro e lá fora”.
E o agora museu é, para o Presidente, “uma casa que vale por muitas casas”, é a “Casa de Portugal e de Portugal projetado no mundo”.
Milhais, que passou a ser conhecido como Milhões e deu o nome à sua aldeia, foi um soldado raso que combateu na Primeira Guerra Mundial e ganhou fama quando se bateu sozinho contra os alemães para ajudar à retirada das forças aliadas, durante a Batalha de La Lys.
No domingo, dia 09 de abril assinalaram-se os 105 anos desta batalha que ocorreu na Flandres, Bélgica.
A sua casa na aldeia de Valongo de Milhais foi recuperada para ser transformada num centro interpretativo onde se pode conhecer a sua história, a vida da época na localidade e momentos da Grande Guerra.
O presidente da Câmara de Murça, Mário Artur Lopes, frisou que a Casa Museu tem como “missão perpetuar a memória do herói Soldado Milhões”.
Para o neto do soldado Eduardo Milhões Pinheiro, este é um “dia importante” porque é também “o dia em que o sonho da família é tornado realidade”.
“É naturalmente importante porque permitirá perpetuar a memória do meu avó e, através dele, de todos os outros militares que estando na Primeira Guerra Mundial permaneceram anónimos na história. E através da história do meu avó podemos evocar todo o sofrimento que passaram na Grande Guerra e, dessa forma, também educar as gerações vindouras”, frisou.
Por causa do estado de degradação, a habitação foi demolida e foi reconstruída, preservando os traços originais exteriores.
A casa foi cedida pela família de Aníbal Augusto Milhais, que há muitos anos reclamava a recuperação da habitação.
Milhais, que morreu em 1970, acabou por ficar conhecido como o soldado Milhões, um epíteto que nasceu com o elogio do seu comandante, Ferreira do Amaral: “Tu és Milhais, mas vales milhões”.
Foi em abril de 1918, durante a batalha de La Lys, e os seus atos de bravura valeram-lhe a mais alta condecoração militar nacional, a Ordem de Torre e Espada.
Após a guerra e a condecoração, o soldado regressou à sua terra natal, tornou-se agricultor, casou e teve nove filhos, sete dos quais chegaram à idade adulta
Aníbal Augusto Milhais morreu aos 75 anos em Valongo, a aldeia do concelho de Murça que adotou o nome de Milhais em sua homenagem.

Fotografia do Soldado Milhões pouco tempo antes de falecer aos 75 anos.

DESTAQUE
VIANA DO VASTELO: HOSPITAL CONTRATA MÉDICOS “TEMPORÁRIOS” – FNAM
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) denunciou hoje o “biscate” utilizado pela Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) para suprir a falta de médicos motivada pela recusa em exceder as 150 horas de trabalho extraordinário anual.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) denunciou hoje o “biscate” utilizado pela Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) para suprir a falta de médicos motivada pela recusa em exceder as 150 horas de trabalho extraordinário anual.
AFNAM classifica de “biscate” o recrutamento de médicos através de um “concurso por intermédio de uma empresa de trabalho temporário para suprir as falhas que não quer resolver por via da contratação de mais médicos sem termo”.
“Depois da tentativa de escalar médicos que já tinham manifestado indisponibilidade para fazer mais do que as 150 horas extraordinárias anuais legalmente previstas, o conselho de administração da ULSAM tornou pública a contratação de médicos avulso, para dois turnos noturnos, das 20:00 às 08:00, por um período máximo de 728 horas, pagos a 35,5 euros, por hora”, lê-se num comunicado hoje emitido pela FNAM.
Para a FNAM, “o valor oferecido para pagar as consequências da falta de médicos é um insulto a quem tem alegado falta de verbas para concretizar um programa de emergência para fixar médicos e salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), atribuindo “a responsabilidade deste absurdo, exclusivamente, ao Ministério da Saúde e ao Governo”.
“Este valor é muito superior ao que ganham os médicos nos primeiros anos da especialidade, cujo valor por hora é de 16,52 euros, ou dos internos, cujo valor, por hora, varia entre 9,54 euros e 11,73 euros ou, mesmo de um médico no topo da carreira, em 42 horas com dedicação exclusiva, cujo valor, por hora, pode chegar até 32,45 euros, o mais alto da tabela salarial em vigor e, ainda assim, mais baixo do que o conselho de administração da ULSAM está a oferecer para resolver o problema da falta de médicos”, sustenta a FNAM.
A agência Lusa contactou o conselho de administração da ULSAM, mas ainda não obteve resposta.
Para a FNAM, “este é um episódio revelador do modelo de trabalho que o Governo e as administrações hospitalares querem generalizar no SNS”.
“O anúncio com a oferta de biscate na ULSAM, que denunciamos, concretiza aquilo que a FNAM tem vindo a denunciar: o Ministério da Saúde e o Governo, ao recusarem as propostas dos médicos para defender a carreira médica e o futuro do SNS, são os responsáveis pelo desenvolvimento de um modelo de trabalho precário, com contratações a termo, ferido de direitos e incapaz de construir as equipas que o SNS precisa para estar à altura das necessidades dos utentes”, acrescenta o comunicado.
Para a FNAM, trata-se de “um modelo de trabalho que mais não é do que um decalque do modelo empresarial das companhias de ‘low cost'”.
“Não é útil para a salvaguarda do SNS, nem tão pouco é capaz de ser económico, uma vez que o recurso a empresas de trabalho temporário para suprir tarefas regulares e fixas dos diferentes serviços de saúde do SNS implica gastar até cerca de três vezes mais por hora”, sustenta.
A FNAM adianta que “o Ministério da Saúde, o Governo e os conselhos de administração pretendem reduzir custos fixos com trabalhadores, mesmo que isso signifique gastar mais dinheiro, investindo numa contratação avulsa, desprovida de direitos e de projeto”.
“É uma escolha política, e os principais lesados são os utentes. Recusamos e combateremos um modelo de trabalho precário, onde são aplicadas métricas já obsoletas no universo de produção fabril, quanto mais aplicadas à prática clínica, e que, para cúmulo do absurdo, acabam por sair mais caras aos utentes, que ficam simultaneamente com menos SNS e com uma gestão danosa dos recursos públicos”, frisa.
A FNAM garante que não vai “ceder à pressão” e nem vai “recuar”: “Dizemos ‘somos todos Viana do Castelo’ e ‘somos todos SNS’, sendo que tudo faremos para evitar a transformação do SNS numa plataforma precária de serviços de saúde”.
A FNAM assegura que vai continuar a “mobilizar os médicos para que se recusem a exceder o limite legal das 150 horas de trabalho suplementar, exercendo a profissão e assistindo os utentes sem estarem condicionados pela exaustão”.
DESTAQUE
AMÉRICO AGUIAR NOMEADO BISPO DE SETÚBAL
O bispo auxiliar de Lisboa e futuro cardeal Américo Aguiar foi hoje nomeado bispo de Setúbal, informou a Conferência Episcopal portuguesa (CEP).

O bispo auxiliar de Lisboa e futuro cardeal Américo Aguiar foi hoje nomeado bispo de Setúbal, informou a Conferência Episcopal portuguesa (CEP).
“O Papa Francisco nomeou hoje D. Américo Manuel Alves Aguiar como Bispo de Setúbal”, lê-se num comunicado da CEP.
Américo Aguiar, de 49 anos, tomará posse da sua nova diocese no dia 26 de outubro, data em que se completam 48 anos sobre a ordenação episcopal do primeiro bispo de Setúbal, Manuel Martins.
A diocese de Setúbal estava sem bispo titular desde o início de 2022, quando o atual presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas, foi nomeado bispo de Leiria-Fátima.
Américo Aguiar, que no próximo dia 30 de setembro será criado cardeal no consistório a realizar no Vaticano, é o quarto bispo de Setúbal, depois de Manuel Martins, Gilberto dos Reis Canavarro e José Ornelas.
Nascido em Leça do Balio, Matosinhos, em 12 de dezembro de 1973, Américo Aguiar foi ordenado padre em 2001 e bispo em 2019.
É presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, tendo sido o principal rosto da organização do encontro mundial de jovens com o Papa, que se realizou em Lisboa entre 01 e 06 de agosto deste ano.
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